Sobre vozes da rua e gigantes que despertam: retratos de um imaginário
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/BUBD-AKJR34 |
Resumo: | A pesquisa tem como objeto estudar a interpretação, amplamente difundida, sobre a máxima "O Gigante Acordou", que fez parte da campanha das jornadas de junho de 2013, como sintoma da imagem dominante que o brasileiro tem de si mesmo, geralmente associada aoatraso e à corrupção. A narrativa da tradição política nacional como a experiência linear da sonolência coloca em evidência a tentativa do imaginário social predominante de ressaltar repetidamente a corrupção, e suas diversas formas de realização do privado sobre o público,como continuum histórico, característica peculiar e estrutural da nossa herança ibérica e formação patrimonial. Assombrada pela obsessão de um passado que não quer passar, a política brasileira é, assim, reificada como lugar único ou privilegiado de satisfação de interesses pessoais, de malandragens e roubalheiras. Tudo se passa como se a história da cidadania, no Brasil, fosse uma grande narrativa única e linear da corrupção congênita do Estado que funcionaria, até os dias de hoje, como uma maldição, uma entidade demiúrgica que tudo explica e tudo assimila. A partir desse imaginário social que não nasce em junho de 2013, mas que ali encontra condições favoráveis para se expressar e desenvolver a proposta é investigar a bandeira anticorrupção que culminou naquele contexto, suas implicações e importância para compreender as jornadas, assim como a solução normativa dada às vozes da rua, condensada, especialmente, no projeto de uma nova constituinte exclusiva e soberana para tratar do tema da reforma política no Brasil. |
id |
UFMG_6d302654a5b411e6625f123773636855 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-AKJR34 |
network_acronym_str |
UFMG |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFMG |
repository_id_str |
|
spelling |
Monica Sette LopesErnane Salles da Costa Junior2019-08-13T10:53:05Z2019-08-13T10:53:05Z2016-09-30http://hdl.handle.net/1843/BUBD-AKJR34A pesquisa tem como objeto estudar a interpretação, amplamente difundida, sobre a máxima "O Gigante Acordou", que fez parte da campanha das jornadas de junho de 2013, como sintoma da imagem dominante que o brasileiro tem de si mesmo, geralmente associada aoatraso e à corrupção. A narrativa da tradição política nacional como a experiência linear da sonolência coloca em evidência a tentativa do imaginário social predominante de ressaltar repetidamente a corrupção, e suas diversas formas de realização do privado sobre o público,como continuum histórico, característica peculiar e estrutural da nossa herança ibérica e formação patrimonial. Assombrada pela obsessão de um passado que não quer passar, a política brasileira é, assim, reificada como lugar único ou privilegiado de satisfação de interesses pessoais, de malandragens e roubalheiras. Tudo se passa como se a história da cidadania, no Brasil, fosse uma grande narrativa única e linear da corrupção congênita do Estado que funcionaria, até os dias de hoje, como uma maldição, uma entidade demiúrgica que tudo explica e tudo assimila. A partir desse imaginário social que não nasce em junho de 2013, mas que ali encontra condições favoráveis para se expressar e desenvolver a proposta é investigar a bandeira anticorrupção que culminou naquele contexto, suas implicações e importância para compreender as jornadas, assim como a solução normativa dada às vozes da rua, condensada, especialmente, no projeto de uma nova constituinte exclusiva e soberana para tratar do tema da reforma política no Brasil.La recherche a pour but d'étudier l'interprétation, largement diffusée, sur la maxime Le Géant s'est réveillé, qui a faisait partie de la campagne du movement protestataire de 2013, comme le symptôme de l'image dominante que le brésilien a de soi même, généralement associée au retard et à la corruption. Le récit de la tradition politique nationale comme l'expérience linéaire de la somnolence met en évidence la tentative de l'imaginaire social prédominant de souligner, à plusieurs reprises, la corruption, et ses plusieurs façons de réalisation du privé sur le public comme "continuum" historique, une caractéristique singulier et structurel de lhéritage ibérique et la formation patrimoniale nationale. Hantée par l'obsession d'un passé qui ne veut pas passer, la politique brésilienne est, ainsi, réifié comme lieu unique ou privilégié de la satisfaction des intérêts personnels et de "malandragens". Tout se passe comme si l'histoire de la citoyenneté, au Brésil, était une grand récit unique et linéaire de la corruption congénitale de l'État qui fonctionnerait, jusqu'à nos jours, comme une malédiction, une entité démiurgique qui tout explique et tout assimile. À partir de cet imaginaire sociale - qui n'est pas née en juin 2013, mais qui y trouve les conditions favorables de s'exprimer et de se développer -, on se propose détudier le drapeau anti-corruption qui a apparu dans ce contexte là, ses implications et son importance pour comprendre le mouvement protestataire de 2013, et aussi la solution normative donné aux "voix de la rue", condensée em particulier dans le projet d'une nouvelle assemblée constituante exclusive et souveraine pour régler la question de la réforme politique au Brésil.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGParticipação popularDireitoReforma constitucional Brasil 2013CorrupçãoReforma ConstitucionalJornadas de JunhoCorrupçãoSobre vozes da rua e gigantes que despertam: retratos de um imaginárioinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALtese_ufmg_ernane.pdfapplication/pdf2278774https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-AKJR34/1/tese_ufmg_ernane.pdf0931321eb033e3c8d65069e9989578f0MD51TEXTtese_ufmg_ernane.pdf.txttese_ufmg_ernane.pdf.txtExtracted texttext/plain479813https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-AKJR34/2/tese_ufmg_ernane.pdf.txt2e7457d60166bff2c3339d5ab07a5b0aMD521843/BUBD-AKJR342019-11-14 22:41:46.07oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-AKJR34Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-15T01:41:46Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Sobre vozes da rua e gigantes que despertam: retratos de um imaginário |
title |
Sobre vozes da rua e gigantes que despertam: retratos de um imaginário |
spellingShingle |
Sobre vozes da rua e gigantes que despertam: retratos de um imaginário Ernane Salles da Costa Junior Reforma Constitucional Jornadas de Junho Corrupção Participação popular Direito Reforma constitucional Brasil 2013 Corrupção |
title_short |
Sobre vozes da rua e gigantes que despertam: retratos de um imaginário |
title_full |
Sobre vozes da rua e gigantes que despertam: retratos de um imaginário |
title_fullStr |
Sobre vozes da rua e gigantes que despertam: retratos de um imaginário |
title_full_unstemmed |
Sobre vozes da rua e gigantes que despertam: retratos de um imaginário |
title_sort |
Sobre vozes da rua e gigantes que despertam: retratos de um imaginário |
author |
Ernane Salles da Costa Junior |
author_facet |
Ernane Salles da Costa Junior |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Monica Sette Lopes |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Ernane Salles da Costa Junior |
contributor_str_mv |
Monica Sette Lopes |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Reforma Constitucional Jornadas de Junho Corrupção |
topic |
Reforma Constitucional Jornadas de Junho Corrupção Participação popular Direito Reforma constitucional Brasil 2013 Corrupção |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Participação popular Direito Reforma constitucional Brasil 2013 Corrupção |
description |
A pesquisa tem como objeto estudar a interpretação, amplamente difundida, sobre a máxima "O Gigante Acordou", que fez parte da campanha das jornadas de junho de 2013, como sintoma da imagem dominante que o brasileiro tem de si mesmo, geralmente associada aoatraso e à corrupção. A narrativa da tradição política nacional como a experiência linear da sonolência coloca em evidência a tentativa do imaginário social predominante de ressaltar repetidamente a corrupção, e suas diversas formas de realização do privado sobre o público,como continuum histórico, característica peculiar e estrutural da nossa herança ibérica e formação patrimonial. Assombrada pela obsessão de um passado que não quer passar, a política brasileira é, assim, reificada como lugar único ou privilegiado de satisfação de interesses pessoais, de malandragens e roubalheiras. Tudo se passa como se a história da cidadania, no Brasil, fosse uma grande narrativa única e linear da corrupção congênita do Estado que funcionaria, até os dias de hoje, como uma maldição, uma entidade demiúrgica que tudo explica e tudo assimila. A partir desse imaginário social que não nasce em junho de 2013, mas que ali encontra condições favoráveis para se expressar e desenvolver a proposta é investigar a bandeira anticorrupção que culminou naquele contexto, suas implicações e importância para compreender as jornadas, assim como a solução normativa dada às vozes da rua, condensada, especialmente, no projeto de uma nova constituinte exclusiva e soberana para tratar do tema da reforma política no Brasil. |
publishDate |
2016 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2016-09-30 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2019-08-13T10:53:05Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2019-08-13T10:53:05Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1843/BUBD-AKJR34 |
url |
http://hdl.handle.net/1843/BUBD-AKJR34 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFMG |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
instname_str |
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
instacron_str |
UFMG |
institution |
UFMG |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFMG |
collection |
Repositório Institucional da UFMG |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-AKJR34/1/tese_ufmg_ernane.pdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-AKJR34/2/tese_ufmg_ernane.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
0931321eb033e3c8d65069e9989578f0 2e7457d60166bff2c3339d5ab07a5b0a |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1803589226435969024 |