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Eli Iola Gurgel AndradeMariangela Leal CherchigliaAdriano Max Moreira ReisCeleste Rodrigues de SouzaThais Caroline Gurgel2019-08-12T03:31:23Z2019-08-12T03:31:23Z2011-02-18http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8H2MF5Introdução: A doença renal crônica (DRC) consiste na perda lenta progressiva e irreversível das funções glomerular, tubular e endócrina dos rins. Em seu estágio mais avançado, chamado, insuficiência renal crônica terminal, os rins não conseguem mais manter o equilíbrio hidroeletrolítico do organismo. Nesse estágio, a sobrevivência do paciente somente pode ser garantida através de seu ingresso em uma das terapias renais substitutivas hemodiálise, diálise peritoneal e transplante. A anemia, em pacientes com doença renal crônica, está associada ao aumento da morbidade e da mortalidade, à progressão mais rápida para doença renal em estágio final e à piora da qualidade de vida. Atualmente, os agentes estimulantes da eritropoiese representam o tratamento padrão para a anemia na DRC, sendo a eritropoetina o medicamento mais usado desta classe. O SUS é o principal financiador das terapias renais e de eritropoetina, entre outros medicamentos de alto custo aos pacientes no Brasil. Objetivos: Analisar a utilização de eritropoetina humana recombinante por pacientes do Sistema Único de Saúde, incidentes em hemodiálise nos anos de 2002 e 2003, no Brasil. Resultados: A coorte estudada foi constituída por 32.136 pacientes, dos quais 60% fizeram uso de eritropoetina. A maioria dos pacientes que utilizaram o medicamento era do sexo masculino, residia na região Sudeste; concentrava-se nos grupos etários inferiores a 65 anos, não apresentava nefropatia diabética como causa de DRC, ingressou em hemodiálise fazendo uso de cateter venoso central e se tratava em unidades de diálise do setor privado, localizadas em municípios com IDH médio ou alto. O tempo médio e o tempo mediano de acompanhamento desses pacientes no estudo foram de 20 meses e 26% deles foram a óbito durante o tempo do estudo. Sexo masculino; grupo etário abaixo de 65 anos; diabetes como causa primária de doença renal crônica; fístula arteriovenosa ao iniciar hemodiálise e residir em outras unidades federativas em relação ao Mato Grosso foram fatores associados ao uso de eritropoetina. Conclusão: O estudo apontou equidade no acesso ao medicamento, considerando presença de nefropatia diabética, mas encontrou iniquidades considerando o sexo, grupo etário, acesso vascular inicial na hemodiálise e fragilidades estruturais em estados com menor organização política e econômica. É necessário rever as políticas de atenção ao doente renal, a alocação de recursos para os estados e municípios e o manejo da anemia, segundo o perfil farmacoterapêutico dos pacientes, de forma a garantir redução das iniquidades observadas na utilização da eritropoetina. .Introduction: The chronic kidney disease (CKD) is characterized by irreversible slow loss of kidney functions. In advanced stage, called end-stage renal disease, the kidney is unable of keep the hydro-electrolytic balance of the body. In this stage, patient survival can only be achieved through one of the renal replacement therapies hemodialysis, peritoneal dialysis or kidney transplantation. Anemia in CKD patients is associated with increase in morbidity and mortality, worsening CKD and decrease in quality of life. Currently, the erythropoiesisstimulating agents represent the standard treatment for anemia in CKD and erythropoietin is the most widely used drug in this class. The Brazilian Unified Health System is the main funder of the renal replacement therapies, erythropoietin and other high cost medicines for patients in Brazil. Objective: to analyze erythropoietin utilization by patients entering on hemodialysis in 2002 through 2003 period in Brazil. Results: The cohort analyzed consisted of 32,136 patients. 60% used erythropoietin. The patients treated with erythropoietin were majority male, concentrated in age groups below 65 years, residents of the Southeast region, did not have diabetic nephropathy as cause of CKD, entered by hemodialysis using central venous catheter and were dialyzed by private healthcare facilities localized in municipalities with high or medium HDI. Mean time and median time of patients follow up were 20 months and 26% progressed to death at the end of the study. Male; age group below 65 years; diabetic renal failure; arteriovenous fistula at the beginning of hemodialysis and to live in other states of Brazil compared to Mato Grosso were erythropoietin use predictors. Conclusion: The study reported equity in access to medicine considering presence of diabetic nephropathy, but also reported inequities in access to medicine considering gender, age group, initial vascular access for hemodialysis and structural weaknesses in states with less economic and political organization. Chronic kidney disease healthcare policies, resources allocation for states and municipalities and anemia management according to patient pharmacotherapeutic profile should be revised in order to ensure the reduction of the observed inequities.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGInsuficiência renal crônica/terapiaSistema Único de SaúdeSaúde públicaDiálise renalEritropoetina/Uso terapêuticoEstudos de coortesEquidade no acessoAvaliação de serviços de saúdeDesigualdades em saúdeacessoAnemiaEquidade noDiálise renalEritropoetina/uso terapêuticoAvaliação de serviços de saúdeUtilização de eritropoetina por pacientes do sistema único de saúde incidentes em hemodiálise no brasil, 2002- 2003info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALthais_caroline_gurgel.pdfapplication/pdf2187301https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8H2MF5/1/thais_caroline_gurgel.pdfc5e3a5c509d60d3d564a6f19991408bbMD51TEXTthais_caroline_gurgel.pdf.txtthais_caroline_gurgel.pdf.txtExtracted texttext/plain110371https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8H2MF5/2/thais_caroline_gurgel.pdf.txt0a647b0a1a88ec7ad873df62c8888ab7MD521843/BUOS-8H2MF52019-11-14 11:04:56.896oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-8H2MF5Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T14:04:56Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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