Os becos sem saída da sustentabilidade no turismo: efeitos ambientais e sociais do crescimento urbano no distrito Serra do Cipó, Santana do Riacho/ MG

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cristiana Gomes Ferreira Lopes
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/30110
Resumo: O turismo é recorrentemente exaltado como vetor de desenvolvimento para diferentes setores da sociedade, porém, após décadas do seu advento no distrito da Serra do Cipó, Santana do Riacho/MG, objeto de estudo desta pesquisa, ele engendrou um crescimento econômico com lucros individuais e custos sociais e ambientais coletivos. A crítica empreendida se volta às concepções hegemônicas que reverberam a afirmação de que o turismo conduza ao desenvolvimento, inclusive sustentável. Com o objetivo de analisar os efeitos ambientais e sociais do turismo no seu contexto mais amplo: a (re)produção capitalista do espaço, a pesquisa busca escrutinar as relações entre turismo, sustentabilidade, crescimento urbano e segundas residências. O percurso teórico proposto busca localizar o turismo nas suas determinações históricas, reafirmando que ele deve ser estudado no contexto da mercantilização progressiva de todos os aspectos da vida. A base metodológica contempla a etnografia, observação participante, entrevistas não-diretivas, aplicação de questionários, participação/observações em reuniões públicas institucionais e conselhos municipais. Desvela-se como um dos becos sem saída da sustentabilidade no turismo, a sobreposição do turismo residencial ao convencional impulsionada pela perspectiva hegemônica cuja centralidade está na urbanização, construção e comercialização de segundas residências como melhor alternativa econômica para o lugar. Dentre os efeitos sociais e ambientais analisados destacam-se a precarização das relações de trabalho, as ameaças à permanência dos moradores nativos, a produção de espaços de exclusão/segregação pelo poder aquisitivo dos usuários e a deterioração das qualidades ambientais do/no espaço. Os efeitos positivos do turismo tendem a abranger aspectos econômicos atrelados sobretudo a geração de renda e empregos. No entanto, a longo prazo, o seu crescimento apresenta uma série de déficits estruturais e geram uma situação de risco ambiental e social para a comunidade local. O enfrentamento das questões ambientais do/no distrito não avançará se as desigualdades e exclusão social na (re)produção capitalista do espaço seguirem sendo amortecidas por discursos superficiais de geração de emprego e renda. A despeito da importância dos movimentos ecológicos, destacam-se suas limitações no enfrentamento aos efeitos nefastos do turismo, para questionar suas relações constitutivas com os preceitos econômicos neoliberais, a reprodução das desigualdades sociais e as dinâmicas de uso e ocupação do solo degradantes ambientalmente. Conhecer mais e melhor os becos sem saída que incidem no debate ambiental é necessário para impulsionar a ruptura com a ideologia ecológica do turismo sustentável e a emergência de outras possibilidades para o desenvolvimento do/no distrito Serra do Cipó.
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Com o objetivo de analisar os efeitos ambientais e sociais do turismo no seu contexto mais amplo: a (re)produção capitalista do espaço, a pesquisa busca escrutinar as relações entre turismo, sustentabilidade, crescimento urbano e segundas residências. O percurso teórico proposto busca localizar o turismo nas suas determinações históricas, reafirmando que ele deve ser estudado no contexto da mercantilização progressiva de todos os aspectos da vida. A base metodológica contempla a etnografia, observação participante, entrevistas não-diretivas, aplicação de questionários, participação/observações em reuniões públicas institucionais e conselhos municipais. Desvela-se como um dos becos sem saída da sustentabilidade no turismo, a sobreposição do turismo residencial ao convencional impulsionada pela perspectiva hegemônica cuja centralidade está na urbanização, construção e comercialização de segundas residências como melhor alternativa econômica para o lugar. Dentre os efeitos sociais e ambientais analisados destacam-se a precarização das relações de trabalho, as ameaças à permanência dos moradores nativos, a produção de espaços de exclusão/segregação pelo poder aquisitivo dos usuários e a deterioração das qualidades ambientais do/no espaço. Os efeitos positivos do turismo tendem a abranger aspectos econômicos atrelados sobretudo a geração de renda e empregos. No entanto, a longo prazo, o seu crescimento apresenta uma série de déficits estruturais e geram uma situação de risco ambiental e social para a comunidade local. O enfrentamento das questões ambientais do/no distrito não avançará se as desigualdades e exclusão social na (re)produção capitalista do espaço seguirem sendo amortecidas por discursos superficiais de geração de emprego e renda. A despeito da importância dos movimentos ecológicos, destacam-se suas limitações no enfrentamento aos efeitos nefastos do turismo, para questionar suas relações constitutivas com os preceitos econômicos neoliberais, a reprodução das desigualdades sociais e as dinâmicas de uso e ocupação do solo degradantes ambientalmente. Conhecer mais e melhor os becos sem saída que incidem no debate ambiental é necessário para impulsionar a ruptura com a ideologia ecológica do turismo sustentável e a emergência de outras possibilidades para o desenvolvimento do/no distrito Serra do Cipó.Tourism has been recurrently exalted as a vector of development for different sectors of society, but after decades of its advent in the district of Serra do Cipó, Santana do Riacho/MG, the object of study of this research, it has generated economic growth with individual and social and environmental costs. The critique undertaken turns to the hegemonic conceptions that reverberate the affirmation that tourism leads to development, including sustainable development. With the objective of analyzing the environmental and social effects of tourism in its broader context: the capitalist (re) production of space, research seeks to scrutinize the relationships between tourism, sustainability, urban growth and second homes. The proposed theoretical path seeks to locate tourism in its historical determinations, reaffirming that it must be studied in the context of the progressive commodification of all aspects of life. The methodological basis includes ethnography, participant observation, non-directive interviews, application of questionnaires, participation/observations in public institutional meetings and municipal councils. It is revealed as one of the dead ends of sustainability in tourism, the overlap of residential and conventional tourism driven by the hegemonic perspective whose centrality lies in the urbanization, construction and commercialization of second homes as the best economic alternative for the place. Among the analyzed social and environmental effects are the precariousness of labor relations, the threats to the permanence of the native inhabitants, the production of spaces of exclusion/segregation by the purchasing power of the users and the deterioration of the environmental qualities of/in the space. The positive effects of tourism tend to cover economic aspects linked mainly to the generation of income and jobs. However, in the long term, its growth presents a number of structural deficits and creates a situation of environmental and social risk for the local community. Addressing environmental issues in the district will not advance if inequalities and social exclusion in the capitalist (re)production of space continue to be cushioned by superficial discourses of employment and income generation. In spite of the importance of the ecological movements, their limitations in facing the harmful effects of tourism, to question their constitutive relations with the neoliberal economic precepts, the reproduction of the social inequalities and the dynamics of use and occupation of the soil environmentally degrading stand out. Knowing more and better the dead ends that focus on the environmental debate is necessary to boost the rupture with the ecological ideology of sustainable tourism and the emergence of other possibilities for the development of/in the Serra do Cipó district.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em GeografiaUFMGBrasilIGC - DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIATurismoSustentabilidadeCrescimento urbanoSegundas residênciasOs becos sem saída da sustentabilidade no turismo: efeitos ambientais e sociais do crescimento urbano no distrito Serra do Cipó, Santana do Riacho/ MGinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALCristiana_G_F_Lopes_Tese_maio_2019_com_correções_versão final.pdfCristiana_G_F_Lopes_Tese_maio_2019_com_correções_versão final.pdfAbertoapplication/pdf11344160https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30110/1/Cristiana_G_F_Lopes_Tese_maio_2019_com_corre%c3%a7%c3%b5es_vers%c3%a3o%20final.pdfdd891c19693db4b5dbe1a53f9c138a20MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30110/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD52TEXTCristiana_G_F_Lopes_Tese_maio_2019_com_correções_versão final.pdf.txtCristiana_G_F_Lopes_Tese_maio_2019_com_correções_versão final.pdf.txtExtracted texttext/plain829573https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30110/3/Cristiana_G_F_Lopes_Tese_maio_2019_com_corre%c3%a7%c3%b5es_vers%c3%a3o%20final.pdf.txt27ed21acbe933e2141b45bc034e89d8aMD531843/301102019-11-14 12:24:00.135oai:repositorio.ufmg.br:1843/30110TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T15:24Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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