Folhas de Annona crassiflora Mart. (Annonaceae) no controle de Haemonchus contortus

• Autor(a) principal: Marco Antonio Martins Caldeira
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/NCAP-ANLN2M
• topic: Fitoterapia; Parasitose; Cerrado; Ovinos; Produção animal

A produção de ruminantes é importante para economia de diferentes regiões agrícolas. Entretanto um dos grandes obstáculos para a criação são as helmintoses gastrintestinais, que causam grandes perdas na produtividade. A resistência aos anti-helmínticos convencionais dificulta o controle desses nematódeos principalmente em pequenos ruminantes. Dessa forma, a busca por novas formas de controle é fundamental e a fitoterapia tem sido destaque como alternativa. A literatura etnofarmacológica tem registrado propriedades medicinais de e anti-helmíntica em plantas do gênero Annona. Annona crassiflora, conhecida como panã, é espécie de presente no Cerrado e importante para produção de frutos saborosos. Nesta pesquisa, os objetivos foram avaliar a composição fitoquímica das folhas dessa planta e seus efeitosin vitro e in vitro para o controle do nematódeo Haemonchus contortus em ovinos. Os cromatogramas em HPLC do extrato aquoso (EA), extrato etanólico (EE) e extrato de acetato de etila (AE) de A. crassiflora indicaram a presença de flavonoides. Os teores de tanino para o AE, EE e AE foram 6,93; 12,05 e 0,64%, respectivamente. No teste de inibição da eclodibilidade,o extrato etanólico foi o mais efetivo, com CL90 de apenas 8,96 mg/mL. Entretanto, após a remoção dos taninos, o extrato aquoso foi o mais eficaz, apresentando CL90 de 4,27 mg/mL. Ao avaliar a inibição do desenvolvimento larval, o EA apresentou CL90 69,14 mg/g de coprocultura. No testes in vivo, foram fornecidas folhas secas de A. crassiflora a 2,75g (ms) /kg durante três dias, entretanto não foram constatadas eficácias na redução de ovos por grama de fezes e alterações no ganho de peso e parâmetros fisiológicos sanguíneos, comparando-se com o grupo de borregos não tratados. Neste estudo verificou-se alta eficácia para inibição da eclodibilidade e do desenvolvimento larval de H. contortus e após a remoção dos taninos, os extratos foram mais eficientes. Futuros estudos devem avaliar a administração da planta ou de seus extratos em maiores períodos ou maiores doses e em formulações protegidas da ação ruminal para promover melhor redução do OPG em animais com hemoncose.