Avaliação do cortisol salivar no paciente em estado crítico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Romulo Carvalho Vaz de Mello
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/ECJS-76RGWE
Resumo: O paciente em estado crítico apresenta alterações na síntese e liberação do cortisol, com grandes elevações nos níveis séricos, que são proporcionais à gravidade do quadro. Alguns pacientes, todavia, apresentam resposta adrenal que é inadequada ao estresse pelo qual o organismo está passando, estando o cortisol elevado, porém em um nível insuficiente para exercer efeito benéfico sobre a homeostase, quadro denominado insuficiência adrenal relativa. Estes pacientes evoluem com doença mais grave, e maiores índices de mortalidade. Hoje, a avaliação da glândula adrenal no paciente crítico é realizada pela dosagem do cortisol sérico total, incluindo fração livre e ligada a proteínas. A avaliação pelo cortisol livre sérico parece ser mais fidedigna que a dosagem do cortisol sérico total, por se tratar da fração ativa do hormônio, e por não sofrer influência das variações nos níveis de proteínas, comuns nestes pacientes. A dosagem do cortisol salivar é um excelente índice da fração livre do cortisol. O objetivo deste estudo foi avaliar os valores de cortisol sérico e salivar no paciente em estado crítico, verificando a correlação entre os valores, e a correlação com o prognóstico. Foram selecionados sessenta e seis pacientes divididos em 3 grupos: vinte e sete pacientes com sepse grave em unidade de terapia intensiva, vinte pacientes em pós-operatório estável em unidade de terapia intensiva, e dezenove pacientes sadios como controle. A correlação entre o cortisol sérico e salivar foi forte, com valor de r de Pearson de 0,89, e valores elevados do cortisol sérico e salivar se associaram a maior mortalidade. Os valores de cortisol salivar apresentaram elevações mais muito mais pronunciadas e relação aos níveis basais, por não estar ligado a proteínas, e apresentaram melhor associação com a mortalidade.
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