A relação entre o funcionamento executivo e o desenvolvimento da linguagem aos 24 meses de idade.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ravena Almeida de Oliveira
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/46520
Resumo: As funções executivas têm despertado grande interesse em pesquisas da psicologia do desenvolvimento nos últimos anos. As funções executivas possuem três habilidades cognitivas principais, dentre elas, a memória de trabalho, o controle inibitório e a flexibilidade cognitiva. Além disso, muitos estudos na literatura têm evidenciado a relação entre diferentes componentes da linguagem e o desenvolvimento executivo. Dessa forma, o presente estudo tem como objetivo investigar a associação entre o desenvolvimento da linguagem e as funções executivas em crianças de 24 meses de idade. Para isso, trinta e nove crianças brasileiras (16 meninas) com desenvolvimento típico participaram do presente estudo. Foram realizadas em média três sessões de avaliação com a criança, com duração de aproximadamente 60 minutos cada. As crianças foram submetidas às Escalas Bayley de Desenvolvimento do Bebê e da Criança Pequena - Terceira Edição (Bayley, 2018), além de duas tarefas de funções executivas- Stroop-forma (Poulin-Dubois, Blaye, Coutya & Bialystok, 2011) e A-não-B com deslocamento invisível (Diamond, Prevor, Callender & Druin, 1997). Adicionalmente, os pais ou responsáveis da criança responderam a um breve questionário socioeconômico (ABEP, 2018) e ao Inventário de Desenvolvimento Comunicativo MacArthur - Palavras e Sentenças(CDI) (Teixeira, 2000). Os resultados indicaram que os participantes do presente estudo apresentaram, em média, desempenho médio na escala cognitiva de acordo com as normas da Bayley. O mesmo ocorreu nas escalas de linguagem receptiva e linguagem expressiva da Bayley. Além disso, nenhuma criança apresentou escore inferior a -1 DP abaixo da média na escala cognitiva. No entanto, o mesmo não ocorreu para as escalas de linguagem receptiva e expressiva. As análises de correlação sugeriram que a linguagem expressiva da criança avaliada pela escala de linguagem expressiva da Bayley correlacionou-se significativamente com a tarefa A-não-B com deslocamento invisível (r = 0,37). Por outro lado, o vocabulário expressivo da criança avaliado pelo Inventário de Desenvolvimento Comunicativo MacArthur- Palavras e Sentenças (CDI) e a linguagem receptiva da criança avaliada pela escala de linguagem receptiva da Bayley correlacionaram-se significativamente com a tarefa Stroop-forma (r = 0,46 e 0,55, respectivamente). Em conjunto, nossos resultados foram consistentes com os resultados de outros estudos encontrados na literatura e evidenciam alguma consistência com a hipótese de Vygotsky e Luria (1994) de que a linguagem contribui para que a criança crie ferramentas mentais que auxiliem na adaptação do comportamento, pensamentos e emoções, diante de situações que exigem habilidades cognitivas, como, por exemplo, planejamento ou tomada de decisão.
id UFMG_6fe17b070031a71cdc477f61ce461f7a
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/46520
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Cláudia Cardoso Martinshttp://lattes.cnpq.br/9555963022676364Cláudia Cardoso MartinsMarcela Mansur AlvesMaria Luísa Magalhães Nogueirahttp://lattes.cnpq.br/7409018395370369Ravena Almeida de Oliveira2022-10-24T13:19:24Z2022-10-24T13:19:24Z2020-02-27http://hdl.handle.net/1843/46520As funções executivas têm despertado grande interesse em pesquisas da psicologia do desenvolvimento nos últimos anos. As funções executivas possuem três habilidades cognitivas principais, dentre elas, a memória de trabalho, o controle inibitório e a flexibilidade cognitiva. Além disso, muitos estudos na literatura têm evidenciado a relação entre diferentes componentes da linguagem e o desenvolvimento executivo. Dessa forma, o presente estudo tem como objetivo investigar a associação entre o desenvolvimento da linguagem e as funções executivas em crianças de 24 meses de idade. Para isso, trinta e nove crianças brasileiras (16 meninas) com desenvolvimento típico participaram do presente estudo. Foram realizadas em média três sessões de avaliação com a criança, com duração de aproximadamente 60 minutos cada. As crianças foram submetidas às Escalas Bayley de Desenvolvimento do Bebê e da Criança Pequena - Terceira Edição (Bayley, 2018), além de duas tarefas de funções executivas- Stroop-forma (Poulin-Dubois, Blaye, Coutya & Bialystok, 2011) e A-não-B com deslocamento invisível (Diamond, Prevor, Callender & Druin, 1997). Adicionalmente, os pais ou responsáveis da criança responderam a um breve questionário socioeconômico (ABEP, 2018) e ao Inventário de Desenvolvimento Comunicativo MacArthur - Palavras e Sentenças(CDI) (Teixeira, 2000). Os resultados indicaram que os participantes do presente estudo apresentaram, em média, desempenho médio na escala cognitiva de acordo com as normas da Bayley. O mesmo ocorreu nas escalas de linguagem receptiva e linguagem expressiva da Bayley. Além disso, nenhuma criança apresentou escore inferior a -1 DP abaixo da média na escala cognitiva. No entanto, o mesmo não ocorreu para as escalas de linguagem receptiva e expressiva. As análises de correlação sugeriram que a linguagem expressiva da criança avaliada pela escala de linguagem expressiva da Bayley correlacionou-se significativamente com a tarefa A-não-B com deslocamento invisível (r = 0,37). Por outro lado, o vocabulário expressivo da criança avaliado pelo Inventário de Desenvolvimento Comunicativo MacArthur- Palavras e Sentenças (CDI) e a linguagem receptiva da criança avaliada pela escala de linguagem receptiva da Bayley correlacionaram-se significativamente com a tarefa Stroop-forma (r = 0,46 e 0,55, respectivamente). Em conjunto, nossos resultados foram consistentes com os resultados de outros estudos encontrados na literatura e evidenciam alguma consistência com a hipótese de Vygotsky e Luria (1994) de que a linguagem contribui para que a criança crie ferramentas mentais que auxiliem na adaptação do comportamento, pensamentos e emoções, diante de situações que exigem habilidades cognitivas, como, por exemplo, planejamento ou tomada de decisão.Executive functions have aroused great interest in research in developmental psychology in recent years. Executive functions have three main cognitive skills, among them, working memory, inhibitory control and cognitive flexibility. In addition, many studies in the literature have shown the relationship between different components of language and executive development. Thus, the present study aims to investigate the association between language development and executive functions in children aged 24 months. For this, thirty-nine Brazilian children (16 girls) with typical development participated in the present study. On average, three assessment sessions were carried out with the child, lasting approximately 60 minutes each. The children were submitted to the Bayley Baby and Toddler Development Scales - Third Edition (Bayley, 2018), in addition to two executive function tasks - Stroop form (Poulin-Dubois, Blaye, Coutya & Bialystok, 2011) and A-not-B with invisible displacement (Diamond, Prevor, Callender & Druin, 1997). In addition, the child's parents or guardians answered a brief socioeconomic questionnaire (ABEP, 2018) and the MacArthur Communicative Development Inventory - Words and Sentences (CDI) (Teixeira, 2000). The results indicated that the participants in the present study had, on average, average performance on the cognitive scale according to Bayley standards. The same occurred on Bayley's receptive and expressive language scales. In addition, no child had a score below -1 SD below the average on the cognitive scale. However, the same did not happen for the receptive and expressive language scales. Correlation analyzes suggested that the child's expressive language assessed by Bayley's expressive language scale correlated significantly with the A-not-B task with invisible displacement (r = 0.37). On the other hand, the child's expressive vocabulary assessed by the MacArthur Communicative Development Inventory - Words and Sentences (CDI) and the child's receptive language assessed by the Bayley receptive language scale correlated significantly with the Stroop-form task (r = 0.46 and 0.55, respectively). Together, our results were consistent with the results of other studies found in the literature and show some consistency with the hypothesis of Vygotsky and Luria (1994) that language contributes for the child to create mental tools that help in adaptation of behavior, thoughts and emotions, in situations that require cognitive skills, such as planning or decision making.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-graduação em Psicologia: Cognição e ComportamentoUFMGBrasilFAF - DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIAPsicologia - TesesLinguagem - TesesCrianças - Desenvolvimento - TesesCognição - TesesFunções executivasLinguagemDesenvolvimentoCriançasA relação entre o funcionamento executivo e o desenvolvimento da linguagem aos 24 meses de idade.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALA relação entre o funcionamento executivo e o desenvolvimento da linguagem aos 24 meses de idade..pdfA relação entre o funcionamento executivo e o desenvolvimento da linguagem aos 24 meses de idade..pdfapplication/pdf1061083https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/46520/1/A%20rela%c3%a7%c3%a3o%20entre%20o%20funcionamento%20executivo%20e%20o%20desenvolvimento%20da%20linguagem%20aos%2024%20meses%20de%20idade..pdf30bbee4103c252d4e3c02d105a19fc81MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/46520/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD521843/465202022-10-24 10:19:25.042oai:repositorio.ufmg.br:1843/46520TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-10-24T13:19:25Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv A relação entre o funcionamento executivo e o desenvolvimento da linguagem aos 24 meses de idade.
title A relação entre o funcionamento executivo e o desenvolvimento da linguagem aos 24 meses de idade.
spellingShingle A relação entre o funcionamento executivo e o desenvolvimento da linguagem aos 24 meses de idade.
Ravena Almeida de Oliveira
Funções executivas
Linguagem
Desenvolvimento
Crianças
Psicologia - Teses
Linguagem - Teses
Crianças - Desenvolvimento - Teses
Cognição - Teses
title_short A relação entre o funcionamento executivo e o desenvolvimento da linguagem aos 24 meses de idade.
title_full A relação entre o funcionamento executivo e o desenvolvimento da linguagem aos 24 meses de idade.
title_fullStr A relação entre o funcionamento executivo e o desenvolvimento da linguagem aos 24 meses de idade.
title_full_unstemmed A relação entre o funcionamento executivo e o desenvolvimento da linguagem aos 24 meses de idade.
title_sort A relação entre o funcionamento executivo e o desenvolvimento da linguagem aos 24 meses de idade.
author Ravena Almeida de Oliveira
author_facet Ravena Almeida de Oliveira
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Cláudia Cardoso Martins
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/9555963022676364
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Cláudia Cardoso Martins
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Marcela Mansur Alves
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Maria Luísa Magalhães Nogueira
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/7409018395370369
dc.contributor.author.fl_str_mv Ravena Almeida de Oliveira
contributor_str_mv Cláudia Cardoso Martins
Cláudia Cardoso Martins
Marcela Mansur Alves
Maria Luísa Magalhães Nogueira
dc.subject.por.fl_str_mv Funções executivas
Linguagem
Desenvolvimento
Crianças
topic Funções executivas
Linguagem
Desenvolvimento
Crianças
Psicologia - Teses
Linguagem - Teses
Crianças - Desenvolvimento - Teses
Cognição - Teses
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Psicologia - Teses
Linguagem - Teses
Crianças - Desenvolvimento - Teses
Cognição - Teses
description As funções executivas têm despertado grande interesse em pesquisas da psicologia do desenvolvimento nos últimos anos. As funções executivas possuem três habilidades cognitivas principais, dentre elas, a memória de trabalho, o controle inibitório e a flexibilidade cognitiva. Além disso, muitos estudos na literatura têm evidenciado a relação entre diferentes componentes da linguagem e o desenvolvimento executivo. Dessa forma, o presente estudo tem como objetivo investigar a associação entre o desenvolvimento da linguagem e as funções executivas em crianças de 24 meses de idade. Para isso, trinta e nove crianças brasileiras (16 meninas) com desenvolvimento típico participaram do presente estudo. Foram realizadas em média três sessões de avaliação com a criança, com duração de aproximadamente 60 minutos cada. As crianças foram submetidas às Escalas Bayley de Desenvolvimento do Bebê e da Criança Pequena - Terceira Edição (Bayley, 2018), além de duas tarefas de funções executivas- Stroop-forma (Poulin-Dubois, Blaye, Coutya & Bialystok, 2011) e A-não-B com deslocamento invisível (Diamond, Prevor, Callender & Druin, 1997). Adicionalmente, os pais ou responsáveis da criança responderam a um breve questionário socioeconômico (ABEP, 2018) e ao Inventário de Desenvolvimento Comunicativo MacArthur - Palavras e Sentenças(CDI) (Teixeira, 2000). Os resultados indicaram que os participantes do presente estudo apresentaram, em média, desempenho médio na escala cognitiva de acordo com as normas da Bayley. O mesmo ocorreu nas escalas de linguagem receptiva e linguagem expressiva da Bayley. Além disso, nenhuma criança apresentou escore inferior a -1 DP abaixo da média na escala cognitiva. No entanto, o mesmo não ocorreu para as escalas de linguagem receptiva e expressiva. As análises de correlação sugeriram que a linguagem expressiva da criança avaliada pela escala de linguagem expressiva da Bayley correlacionou-se significativamente com a tarefa A-não-B com deslocamento invisível (r = 0,37). Por outro lado, o vocabulário expressivo da criança avaliado pelo Inventário de Desenvolvimento Comunicativo MacArthur- Palavras e Sentenças (CDI) e a linguagem receptiva da criança avaliada pela escala de linguagem receptiva da Bayley correlacionaram-se significativamente com a tarefa Stroop-forma (r = 0,46 e 0,55, respectivamente). Em conjunto, nossos resultados foram consistentes com os resultados de outros estudos encontrados na literatura e evidenciam alguma consistência com a hipótese de Vygotsky e Luria (1994) de que a linguagem contribui para que a criança crie ferramentas mentais que auxiliem na adaptação do comportamento, pensamentos e emoções, diante de situações que exigem habilidades cognitivas, como, por exemplo, planejamento ou tomada de decisão.
publishDate 2020
dc.date.issued.fl_str_mv 2020-02-27
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2022-10-24T13:19:24Z
dc.date.available.fl_str_mv 2022-10-24T13:19:24Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/46520
url http://hdl.handle.net/1843/46520
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-graduação em Psicologia: Cognição e Comportamento
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv FAF - DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/46520/1/A%20rela%c3%a7%c3%a3o%20entre%20o%20funcionamento%20executivo%20e%20o%20desenvolvimento%20da%20linguagem%20aos%2024%20meses%20de%20idade..pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/46520/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 30bbee4103c252d4e3c02d105a19fc81
cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589192211496960