A ontologia marxiana como caminho para uma ciência emancipatória: breve resgate histórico da epistemologia burguesa e a necessidade de sua superação
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/45094 |
Resumo: | This theoretical essay aims to expose how science and its epistemology exclude the possibility of apprehending the movement of the real, that is, knowing the essence of phenomena beyond the appearances of social relations, in the same way as it reinforces the sociometabolism of capital. In order to reach this goal, the path we want to trace runs through the historical trajectory of the theory of knowledge, seeking to understand the reasons why the main theories have emerged, developed and assumed a relevant role for the social sciences. We will see that, since the emergence of the social sciences, its connection was first of all with concepts that depart from categories that cover the exploitation of workers to the detriment of a mutual social development that did not occur - although such researchers had a genuine concern with history shows us the barbarous consequences of human life under the aegis of private ownership of the means of production - and, secondly, it was linked to the abstract criterion of neutrality and specialization, a science intentionally tied to reproduction of the hegemonic system. Thus, we will also try to understand how these historical trajectories culminated in the subservience or submission of such theories to the capitalist sociability. We understand that there is a close relationship between the way in which sociological paradigms are appropriated by researchers and their institutions, in order to act in the reproduction and legitimation of the hegemonic productive system, thus contributing to contemporary science being divided, ideological and a- historical and therefore incapable of promoting the humanization of humanity. This is because all capitalist production is destined to generate exchange value, so that science is not based on human need, but on its potential for exploitation of more value. Among the conditions for confronting capitalist science, Karl Marx left us the logic of capital and historical and dialectical materialism as a means capable of demonstrating the contradictions of life in this society, by recovering ontology as the first philosophy for the establishment of possibility of knowing and overcoming the necessity of an a priori method as a presupposition for the scientific doing. In their place, the categories of totality, contradiction and historicity assume a guiding character for the researcher, not to delimit it, but to keep him attentive to the categories that the object, in its entirety, will demand. It will be through historical and dialectical materialism that we will seek to achieve the objective proposed in this essay by using the above categories to investigate the main theories whose worldview influenced the different paradigms of the social sciences. |
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A ontologia marxiana como caminho para uma ciência emancipatória: breve resgate histórico da epistemologia burguesa e a necessidade de sua superaçãoCiênciaOntologiaEpistemologiaOntologiaEpistemologiaThis theoretical essay aims to expose how science and its epistemology exclude the possibility of apprehending the movement of the real, that is, knowing the essence of phenomena beyond the appearances of social relations, in the same way as it reinforces the sociometabolism of capital. In order to reach this goal, the path we want to trace runs through the historical trajectory of the theory of knowledge, seeking to understand the reasons why the main theories have emerged, developed and assumed a relevant role for the social sciences. We will see that, since the emergence of the social sciences, its connection was first of all with concepts that depart from categories that cover the exploitation of workers to the detriment of a mutual social development that did not occur - although such researchers had a genuine concern with history shows us the barbarous consequences of human life under the aegis of private ownership of the means of production - and, secondly, it was linked to the abstract criterion of neutrality and specialization, a science intentionally tied to reproduction of the hegemonic system. Thus, we will also try to understand how these historical trajectories culminated in the subservience or submission of such theories to the capitalist sociability. We understand that there is a close relationship between the way in which sociological paradigms are appropriated by researchers and their institutions, in order to act in the reproduction and legitimation of the hegemonic productive system, thus contributing to contemporary science being divided, ideological and a- historical and therefore incapable of promoting the humanization of humanity. This is because all capitalist production is destined to generate exchange value, so that science is not based on human need, but on its potential for exploitation of more value. Among the conditions for confronting capitalist science, Karl Marx left us the logic of capital and historical and dialectical materialism as a means capable of demonstrating the contradictions of life in this society, by recovering ontology as the first philosophy for the establishment of possibility of knowing and overcoming the necessity of an a priori method as a presupposition for the scientific doing. In their place, the categories of totality, contradiction and historicity assume a guiding character for the researcher, not to delimit it, but to keep him attentive to the categories that the object, in its entirety, will demand. It will be through historical and dialectical materialism that we will seek to achieve the objective proposed in this essay by using the above categories to investigate the main theories whose worldview influenced the different paradigms of the social sciences.Este ensaio teórico tem como objetivo expor como a ciência e seu epistemologismo afastam a possibilidade de apreender o movimento do real, isto é, conhecer a essência dos fenômenos para além das aparências das relações sociais, na mesma medida em que reforça o sociometabolismo do capital. Para atingir este objetivo, o caminho que pretendemos traçar perpassa a trajetória histórica da teoria do conhecimento, buscando compreender as razões pelas quais as principais teorias surgiram, se desenvolveram e assumiram um papel relevante para as ciências sociais. Veremos que desde o surgimento das ciências sociais, sua vinculação se deu, num primeiro momento, à conceitos que partem de categorias que encobrem a exploração dos trabalhadores em detrimento de um desenvolvimento social mútuo que não ocorreu - embora tais pesquisadores tivessem uma preocupação genuína com o entendimento das mudanças daquele período, a história nos mostra as consequências bárbaras da vida humana sob a égide da propriedade privada dos meios de produção - e, num segundo momento, vinculou-se ao critério abstrato da neutralidade e da especialização, uma ciência atada intencionalmente à reprodução do sistema hegemônico. Assim, buscaremos também compreender como essas trajetórias históricas culminaram na subserviência ou na submissão de tais teorias à sociabilidade capitalista. Compreendemos que há uma estreita relação entre a forma como os paradigmas sociológicos são apropriados pelos pesquisadores e suas instituições, em face de atuarem na reprodução e legitimação do sistema produtivo hegemônico, contribuindo, portanto, para que a ciência contemporânea seja parcelar, ideológica e a-histórica e, por conseguinte, incapaz de promover a humanização da humanidade. Isso porque que toda produção capitalista se destina a gerar valor de troca, de maneira que a ciência não se respalda na necessidade humana, mas em seu potencial de exploração de mais-valor. Dentre as condições para o enfrentamento da ciência capitalista, Karl Marx deixou-nos a lógica do capital e o materialismo histórico e dialético como meio com capacidade de demonstrar as contradições da vida nesta sociedade, ao recuperar a ontologia como filosofia primeira para o estabelecimento da possibilidade de conhecer e superar a necessidade de um método a priori como pressuposto para o fazer científico. No seu lugar, as categorias totalidade, contradição e historicidade assumem um caráter direcionador para o pesquisador, não para delimitá-lo, mas para mantê-lo atento às categorias que o objeto, em sua integridade, irá demandar. Será por meio do materialismo histórico e dialético que buscaremos atingir o objetivo proposto neste ensaio, utilizando as categorias acima para investigar as principais teorias cuja visão de mundo influenciaram os diferentes paradigmas das ciências sociais.Universidade Federal de Minas GeraisBrasilFCE - DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVASUFMG2022-09-12T13:38:44Z2022-09-12T13:38:44Z2017info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObjectapplication/pdf978-9974-8434-7-9http://hdl.handle.net/1843/45094porCongresso ALASJanaynna de Moura FerrazBárbara Katherine Faris BiondiniDeise Luiza da Silva Ferrazinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMG2022-09-12T13:38:44Zoai:repositorio.ufmg.br:1843/45094Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oairepositorio@ufmg.bropendoar:2022-09-12T13:38:44Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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