Adaptação e propriedades psicométricas do frequency of suicidal ideation inventory–fsii-br para adolescentes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fernanda Júlia Santos Dias
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/34082
Resumo: O suicídio é um grave problema de saúde pública mundial e ocupa o terceiro lugar em causa morte em pessoas entre 15 e 29 anos. Atualmente, são amplos os esforços despendidos para a diminuição destes números. O comportamento suicida faz parte de um contínuo. Inicia-se com a ideação suicida, passa pelo planejamento, tentativas e culmina com o ato de se matar. A ideação suicida é definida por pensamentos, imagens e vozes relacionados à intenção de se matar. Pesquisas indicam a importância da identificação das peculiaridades envolvidas no comportamento suicida, para o desenvolvimento de estratégias eficazes de prevenção e intervenção neste fenômeno. Instrumentos de autorrelato, avaliações breves e de fácil aplicação tendem a ser mais acessíveis e isto pode aumentar a adesão pelos profissionais envolvidos no trabalho de identificação do comportamento suicida. Contudo, pouca atenção tem sido dada ao desenvolvimento e à adaptação de instrumentos de avaliação da ideação suicida na adolescência, especialmente, no Brasil. Dessa forma, o presente estudo teve por objetivo a adaptação e a avaliação das propriedades psicométricas do Frequency of Suicidal Ideation Inventory (FSII-Br) para adolescentes. Um grupo de 10 adolescentes entre 12 e 18 anos participou do grupo focal, utilizado para avaliar a aplicabilidade e adequação do instrumento FSII-Br para adolescentes. Para avaliar as propriedades psicométricas de validade e confiabilidade do instrumento FSII-Br, participaram 626 adolescentes escolares com idade entre 12 e 18 anos. A amostra foi proveniente de quatro escolas públicas de Belo Horizonte e Divinópolis/MG. Para mensurar a estabilidade do inventário FSII-Br, um grupo de 104 adolescentes, alunos de duas escolas públicas, foi avaliado duas vezes em um intervalo de um mês. Os instrumentos de avaliação utilizados foram: questionário socioeconômico, Frequence of Suicidal Ideation Inventory (FSII-Br) e Inventário de Depressão Infantil (CDI). A aplicabilidade e adequação do instrumento foram analisados pela pontuação média dos participantes para instrução 20 (DP= 0,00) e para itens 18,90 (1,19) no questionário, e pela congruência entre as respostas interpretativas dos adolescentes e os significados dos itens. Os participantes assinalaram uma pontuação média máxima, portanto de forma consensual, o comitê definiu que não seria necessário realizar alteração no conteúdo dos itens. Os resultados de validade foram obtidos pelo cálculo da Análise Fatorial Confirmatória que apresentou escores padronizados estatisticamente significativos para todos os itens (item 1 = 0,89; item 2 = 0,89; item 3 = 0,88; item 4 = 0,95; item 5 = 0,85), apresentando índice de erro abaixo 0,28 (item 5). Também demonstrou evidência de validade através dos indicadores de qui-quadrado de 9,70 (DF = 4) (X2/DF = 2,43), Normed Fit Index (NFI) = 0,99, Comparative Fit Index (CFI) = 0,99 e Root Mean Square Residual of Approximation (RMSEA) < 0,05. A validade convergente avaliada por meio do cálculo do coeficiente de correlação de Pearson entre os escores do CDI e do FSII-Br foi positiva e significativa (r = 0,70, p<0,001) que explica 49% da variância expressa no instrumento que avalia sintomas depressivos. A evidência de confiabilidade do instrumento foi obtida pela análise da consistência interna, calculada pelo Alpha de Cronbach (α) = 0,90. A estabilidade temporal foi analisada pela condução de correlação de Pearson entre a primeira e a segunda testagem, r = 0,78 (p<0,001). O instrumento demonstrou estabilidade do construto ao ser aplicado em dois momentos distintos, por meio da consistência das respostas em tempos diferentes. Para avaliar a relação entre ideação suicida e fatores associados foram utilizados o teste T, Análise de Variância (ANOVA) e Análise de Regressão Logística. As médias calculadas em cada item e na somatória obtida nos escores do FSII-Br foram todas significativamente maiores para as meninas quando comparadas às medias dos meninos: item 1 (t (624) = 4,86; p < 0,001), item 2 (t(624)= 5,62; p < 0,001), item 3 t(624) = 4,48; p < 0,001), item 4 (t(624) = 3,55; p < 0,001) e item 5 (t(624) = 6,54; p < 0,001). O índice de ideação suicida encontrado nesta amostra foi de 69% sendo 51,30% para o sexo masculino e 77,30% para o sexo feminino. A diferença entre a escolaridade da mãe e o resultado médio em ideação suicida nos adolescentes não foi significativa [F (6,602) = 0,377, p = 0,89)]. As análises de regressão logística avaliaram as diferenças entre a presença e a ausência de ideação suicida mostraram que sexo (odd ratio = 3,11, 95% CI = 2,11-4,59, p < 0,001), divórcio dos pais (odd ratio = 1,73, 95% CI =1,12-2,67, p < 0,05) e presença de transtornos mentais (odd ratio = 2,61, 95% CI =1,44-4,75, p < 0,01) estão positivamente relacionados com a ideação suicida nos últimos 12 meses. Foram encontradas evidências robustas de adequação, validade fatorial, validade convergente e estabilidade temporal. Indicando o FSII-Br como um instrumento de qualidade e eficaz na avaliação da ideação suicida em adolescente entre 12 e 18 anos. Outras pesquisas devem ser realizadas para investigar a aplicabilidade do FSII-Br em outros grupos.
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Instrumentos de autorrelato, avaliações breves e de fácil aplicação tendem a ser mais acessíveis e isto pode aumentar a adesão pelos profissionais envolvidos no trabalho de identificação do comportamento suicida. Contudo, pouca atenção tem sido dada ao desenvolvimento e à adaptação de instrumentos de avaliação da ideação suicida na adolescência, especialmente, no Brasil. Dessa forma, o presente estudo teve por objetivo a adaptação e a avaliação das propriedades psicométricas do Frequency of Suicidal Ideation Inventory (FSII-Br) para adolescentes. Um grupo de 10 adolescentes entre 12 e 18 anos participou do grupo focal, utilizado para avaliar a aplicabilidade e adequação do instrumento FSII-Br para adolescentes. Para avaliar as propriedades psicométricas de validade e confiabilidade do instrumento FSII-Br, participaram 626 adolescentes escolares com idade entre 12 e 18 anos. A amostra foi proveniente de quatro escolas públicas de Belo Horizonte e Divinópolis/MG. 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Outras pesquisas devem ser realizadas para investigar a aplicabilidade do FSII-Br em outros grupos.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-graduação em Psicologia: Cognição e ComportamentoUFMGBrasilFAF - DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIAIdeação suicidaAdolescentesAvaliaçãoAdaptaçãoPropriedades psicométricasAdaptação e propriedades psicométricas do frequency of suicidal ideation inventory–fsii-br para adolescentesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALADAPTAÇÃO E PROPRIEDADES PSICOMÉTRICAS DO FREQUENCY OF SUICIDAL IDEATION INVENTORY –FSII-BR PARA ADOLESCENTES.pdfADAPTAÇÃO E PROPRIEDADES PSICOMÉTRICAS DO FREQUENCY OF SUICIDAL IDEATION INVENTORY –FSII-BR PARA ADOLESCENTES.pdfapplication/pdf3269645https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34082/1/ADAPTA%c3%87%c3%83O%20E%20PROPRIEDADES%20PSICOM%c3%89TRICAS%20DO%20FREQUENCY%20OF%20SUICIDAL%20IDEATION%20INVENTORY%20%e2%80%93FSII-BR%20PARA%20ADOLESCENTES.pdfdb39814155fbd2ea3b75856d6ce20baaMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34082/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD521843/340822020-08-31 15:14:17.908oai:repositorio.ufmg.br:1843/34082TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2020-08-31T18:14:17Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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