Efeitos da manipulação da regra do drible no desempenho e comportamento tático de jovens jogadores de basquetebol durante a realização de pequenos jogos 3x3

• Autor(a) principal: Tomaz Lemos Nascimento Rosso
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/49396
• topic: Comportamento tático; Desempenho esportivo; Análise de desempenho; Treinamento esportivo; Metodologia de treinamento; Basquetebol; Tática; Atletas

As manipulações de configurações nos pequenos jogos (PJ) têm atraído grande atenção dos pesquisadores na área do treinamento esportivo. A possibilidade de promover o treinamento técnico, tático e físico simultaneamente, o maior envolvimento e motivação dos jogadores e, ainda, a perspectiva de enfatizar conteúdos específicos, destacam esse meio de treinamento. Poucos estudos focaram nos efeitos da proibição do drible durante a realização de PJ no basquetebol, uma estratégia comum na prática do treinamento dessa modalidade esportiva. Esses estudos verificaram o impacto em variáveis técnicas, físicas e fisiológicas, sendo que, os PJ sem drible geram o aumento nas respostas fisiológicas e na quantidade de passes realizados. Por outro lado, nenhum estudo verificou as consequências da manipulação da regra do drible em variáveis que representam o desempenho técnico-tático (eficácia das ações e qualidade das tomadas de decisão) e o comportamento tático (tipo de ações utilizadas para criar oportunidades de pontuação). O objetivo deste estudo foi verificar os efeitos da manipulação do drible em PJ 3x3 regular, com limitação de drible e sem drible sobre o comportamento tático e desempenho técnico-tático individual de jogadores da categoria Sub-16. Participaram do estudo 18 jogadores da categoria Sub-16 que competiam a nível nacional. Realizou-se um estudo piloto para o cálculo amostral e para a definição da limitação de dribles que seria aplicada no estudo principal. Ocorreram 36 PJ no estudo principal, sendo 12 regulares, 12 com limitação de dois dribles e 12 sem drible. A duração foi de 4 minutos, com 4 minutos de intervalo, em ordem aleatória e em meia quadra reduzida (8,4x15m). O comportamento tático foi avaliado por meio do instrumento DCE e o desempenho técnico-tático por meio IAD-BB. O tratamento dos dados contou com a análise descritiva (média, desvio padrão e frequências relativa e absoluta), a análise de GEE (General Estimated Equations – p≤0,05) e o cálculo do tamanho de efeito por meio do V de Cramer. Utilizou-se o software SPSS 20.0 para realização do GEE e o programa Excel para o cálculo do tamanho de efeito. Constatou-se que a proibição do drible oferece mais oportunidades para comportamentos dos atacantes sem bola e maior desempenho nos passes. A limitação de dribles cede oportunidades para comportamentos dos atacantes com e sem bola e maior o desempenho nos arremessos. Por outro lado, o PJ regular apresenta mais chances de comportamentos individuais com bola. Conclui-se que a manipulação da regra do drible impactou a utilização de comportamentos táticos referentes às ações individuais ou de grupo, bem como o desempenho técnico-tático individual (eficácia e tomada de decisão) dos jogadores de basquetebol da categoria Sub-16.