Dimensão subjetiva da gestão de bibliotecas universitárias
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/BUOS-AP8QDS |
Resumo: | Pesquisas recentes da Escola de Ciência da Informação da UFMG empreendidas por estudiosos como Paula (2005; 2012), Araújo (2013) e Sá (2015) comprovaram ser possível captar e compreender a subjetividade presente nos processos decisórios por meio da abordagem clínica da informação. Essa abordagem estimula um olhar atento para as informações, captando as dimensões simbólico-afetivas que as perpassam, visando uma análise mais aprofundada dos comos e porquês dos fenômenos investigados. Por meio da sua utilização, a presente pesquisa visou investigar a possível participação constitutiva da subjetividade na tomada de decisão diante dos desafios da gestão de bibliotecas de uma universidade federal. Para tanto, utilizou como método de coleta de dados a entrevista em profundidade e, posteriormente, analisou o conteúdo por meio da investigação dos processos de simbolização das falas dos sujeitos reconstrução do real (das informações coletadas) a partir dos fragmentos (dimensões simbólico-afetivas) pelos quais ele se apresenta. Para auxiliar nessa investigação, foram utilizados dicionários de símbolos e foi realizado um exercício de amplificação dos significados neles encontrados, baseando-se nas falas de cada entrevistado e no contexto no qual cada um está inserido. Por meio da análise das entrevistas, percebeu-se que os desafios relatados pelos gestores são praticamente os mesmos atendimento ao usuário, recursos insuficientes e, sobretudo, gestão de pessoas ; o que muda é a maneira como cada um lida com essas contingências -, que parece interferir, por sua vez, nos processos decisórios. Observou-se que os dados sobre gênero e idade dos gestores pouco ou nada afetam a maneira como eles lidam com os processos decisórios relatados. Por outro lado, percebeu-se que as experiências que cada entrevistado teve tanto em família quanto profissionalmente até chegar ao cargo, os anseios, limitações, experiências e afetos desses sujeitos parecem interferir na maneira como os gestores tomam decisões, com maior ou menor flexibilidade no cumprimento das regras, com mais autoridade ou mais diplomacia, com maior ou menor distanciamento emocional dos desafios enfrentados. Observou-se também que as decisões são tomadas mais intuitivamente do que racionalmente não apenas nas situações de urgência criadas pelos gestores, mas também naquelas nas quais se observa a inexistência de regras pré-definidas ou de exigências para cumpri-las. Evidenciou-se, portanto, a presença da subjetividade na gestão de bibliotecas universitárias. |
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Claudio Paixao Anastacio de PaulaIris Barbosa GoulartMonica Erichsen NassifEliane Cristina de Freitas RochaCarla Gomes Pedrosa2019-08-11T01:57:10Z2019-08-11T01:57:10Z2017-05-04http://hdl.handle.net/1843/BUOS-AP8QDSPesquisas recentes da Escola de Ciência da Informação da UFMG empreendidas por estudiosos como Paula (2005; 2012), Araújo (2013) e Sá (2015) comprovaram ser possível captar e compreender a subjetividade presente nos processos decisórios por meio da abordagem clínica da informação. Essa abordagem estimula um olhar atento para as informações, captando as dimensões simbólico-afetivas que as perpassam, visando uma análise mais aprofundada dos comos e porquês dos fenômenos investigados. Por meio da sua utilização, a presente pesquisa visou investigar a possível participação constitutiva da subjetividade na tomada de decisão diante dos desafios da gestão de bibliotecas de uma universidade federal. Para tanto, utilizou como método de coleta de dados a entrevista em profundidade e, posteriormente, analisou o conteúdo por meio da investigação dos processos de simbolização das falas dos sujeitos reconstrução do real (das informações coletadas) a partir dos fragmentos (dimensões simbólico-afetivas) pelos quais ele se apresenta. Para auxiliar nessa investigação, foram utilizados dicionários de símbolos e foi realizado um exercício de amplificação dos significados neles encontrados, baseando-se nas falas de cada entrevistado e no contexto no qual cada um está inserido. Por meio da análise das entrevistas, percebeu-se que os desafios relatados pelos gestores são praticamente os mesmos atendimento ao usuário, recursos insuficientes e, sobretudo, gestão de pessoas ; o que muda é a maneira como cada um lida com essas contingências -, que parece interferir, por sua vez, nos processos decisórios. Observou-se que os dados sobre gênero e idade dos gestores pouco ou nada afetam a maneira como eles lidam com os processos decisórios relatados. Por outro lado, percebeu-se que as experiências que cada entrevistado teve tanto em família quanto profissionalmente até chegar ao cargo, os anseios, limitações, experiências e afetos desses sujeitos parecem interferir na maneira como os gestores tomam decisões, com maior ou menor flexibilidade no cumprimento das regras, com mais autoridade ou mais diplomacia, com maior ou menor distanciamento emocional dos desafios enfrentados. Observou-se também que as decisões são tomadas mais intuitivamente do que racionalmente não apenas nas situações de urgência criadas pelos gestores, mas também naquelas nas quais se observa a inexistência de regras pré-definidas ou de exigências para cumpri-las. Evidenciou-se, portanto, a presença da subjetividade na gestão de bibliotecas universitárias.Recent studies from the UFMG Information Science School developed by Paula (2005; 2012), Araújo (2013) and Sá (2015) have demonstrated that it is possible to capture and understand the subjectivity present in the decision-making processes through the clinical approach to information. This approach stimulates a careful look at the information, capturing the symbolic-affective dimensions that permeate them, aiming at a more in-depth analysis of the 'hows' and the 'whys' of the investigated phenomena. Using this approach, this study aimed to investigate the possible constitutive participation of subjectivity in decision making when facing the challenges of the management of libraries of a federal university. In-depth interviews were used for data collection and, in hermeneutics, the content was analyzed by investigating the processes of symbolization that permeate the subjects speeches - reconstruction of the real (of the gathered information) from the fragments (symbolic-affective dimensions) by which it presents itself. In order to enable this investigation, dictionaries of symbols were used and the meanings found in them were amplified according to the content of the interviews and the contexts in which the participants were immersed. The analysis of the interviews showed that the challenges reported by the managers are practically the same: customer service, insufficient resources and, above all, personnel management. What changes is the way each one deals with these contingencies - which seems to interfere in decision-making processes. It was observed that data on gender and age of the managers interviewed did not affect how they deal with the reported decision-making processes. On the other hand, the experiences each interviewee had (both in the family and professionally) until they reached this position - the anxieties, limitations, experiences and affects of these subjects - seem to interfere in the way managers make decisions, with greater or less flexibility in compliance with rules, with more authority or more diplomacy, with greater or less emotional distance from the challenges faced. It was also observed that decisions are made more intuitively than rationally, not only in situations of urgency "created" by the managers, but also in those in which there are no pre-defined rules or requirements to comply with them. Therefore, it was possible to evidentiate the presence of subjectivity in the management of university libraries.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGProcesso decisórioBibliotecas universitárias AdministraçãoCiência da InformaçãoSubjetividadeGerenciamento da informaçãoGestão de bibliotecas universitáriasAbordagem clínica da informaçãoSubjetividadeSimbolizaçãoDimensão subjetiva da gestão de bibliotecas universitáriasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_carla_pedrosa_05_06_2017.pdfapplication/pdf1537855https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-AP8QDS/1/disserta__o_carla_pedrosa_05_06_2017.pdfb1f4316232d3367b0250fdac3ff03590MD51TEXTdisserta__o_carla_pedrosa_05_06_2017.pdf.txtdisserta__o_carla_pedrosa_05_06_2017.pdf.txtExtracted texttext/plain341753https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-AP8QDS/2/disserta__o_carla_pedrosa_05_06_2017.pdf.txtcd38d5120e1754b219da28d7f287c696MD521843/BUOS-AP8QDS2019-11-14 10:42:38.897oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-AP8QDSRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T13:42:38Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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