Efeito do nitrogênio e do cobre na formação da martensita em aços inoxidáveis austeníticos e sua influência sobre o fenômeno de delayed cracking

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marta Ribeiro dos Santos
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/MAPO-7REMF9
Resumo: Neste trabalho procurou-se avaliar a formação da martensita induzida por deformação nas operações de conformação, as tensões residuais nas bordas dos copos conformados como os principais fatores relacionados à susceptibilidade de ocorrência do fenômeno de Delayed Cracking em aços inoxidáveis austeníticos. Foram empregados quatro tipos de aços inoxidáveis austeníticos com diferentes composições químicas. Foi observado que todos os aços manifestaram o fenômeno de Delayed Cracking em diferentes razões de embutimento após um período de observação de 24h. Essas razões foram os parâmetros utilizados para caracterizar o fenômeno e foram chamadas de Razões Limite de Embutimento do Delayed Cracking (LDR-DC). Verificou-se que o aumento dos teores de nitrogênio, níquel e cobre nos aços inoxidáveis austeníticos resultou em diminuição da propensão à ocorrência do fenômeno de Delayed Cracking, traduzida pela elevação dos valores de LDR-DC, devido ao fato de que esses elementos aumentam a estabilidade da austenita em relação à transformação martensítica. A avaliação das superfícies das trincas dos aços revelou padrão de trincamento característicos de fratura frágil, apresentando aspectos de fratura transgranular e intergranular (algumas vezes presentes lado a lado) e em alguns casos, de clivagem. Durante seu percurso, as colônias de trincas características do fenômeno desenvolveram e se uniram na forma de degraus, sem ramificação, e avançaram por dentro dos pacotes de martensita. As tensões residuais (fator mecânico) presentes nos copos após a conformação e a alta quantidade de martensita induzida por deformação formada devido à deformação associada às operações de embutimento e reembutimento (fatores metalúrgicos) foram os responsáveis pela ocorrência do fenômeno de Delayed Cracking.
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