Efeito de um programa domiciliar de exercício aeróbico na função pulmonar, qualidade de vida e capacidade funcional de adultos com fibrose cística

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bruno Porto Pessoa
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/58022
Resumo: Introdução: A fibrose cística (FC) é uma doença genética, autossômica recessiva, causada por um defeito em proteína chamada Cystic Fibrosis Transmembrane Conductance Regulator. A ausência ou mal funcionamento dessa proteína causa desidratação e aumento da viscosidade da secreção das células epiteliais exócrinas, acometendo o funcionamento de múltiplos órgãos. A intolerância ao exercício é uma característica marcante dessa doença e é um preditor prognóstico. Diante disso, o impacto que FC causa na tolerância ao exercício deve ser avaliado anualmente por meio de testes de exercício padronizados. O teste modificado de Shuttle (TMS) é um teste de campo incremental, simples e bom indicador da aptidão física para essa população. Porém, tem a limitação de avaliar somente os membros inferiores deixar de fora a participação dos membros superiores, muito utilizados nas atividades cotidianas. O Glittre-ADL Test (TGlittre) é um teste multitarefas que mimetiza atividades de vida diária. Esse teste vem sendo utilizado em criança com FC nos últimos anos. Entretanto ele ainda não foi testado na população adulta. Devido a intolerância ao exercício reduzir a sobrevida dos indivíduos com FC, o exercício físico tornou uma importante modalidade terapêutica para essa população, já que melhora a aptidão física, a qualidade de vida e reduz a taxa de declínio da função pulmonar. Apesar desses benefícios a taxa de adesão é baixa e precisa ser melhorada. Uma das estratégias para melhorar a adesão são os exercícios domiciliares, porém o conhecimento sobre essa modalidade de exercício ainda é pequeno, principalmente em adultos com FC. Objetivos: Avaliar o efeito de um programa domiciliar de exercício aeróbico na função pulmonar, qualidade de vida e capacidade funcional indivíduos adultos com FC. Ademais, avaliar o desempenho de adultos com FC no TGlittre, comparar com as respostas do TMS e verificar as variáveis que se associam com os desfechos desses testes. Métodos: Trata-se de um estudo longitudinal quase-experimental realizado no ambulatório de FC adulto de um centro de referência localizado em um hospital público de Belo Horizonte - MG-Brasil. A amostra foi composta de indivíduos adultos com o diagnóstico confirmado de FC e aptos a realizarem o treinamento físico. Inicialmente foram coletados os dados demográficos, que incluía sexo, idade, peso, estatura e índice de massa corpórea. Em seguida todos os participantes realizaram o exame de espirometria, onde foram coletadas as variáveis capacidade vital forçada (CVF), volume expiratório forçado de primeiro segundo (VEF1) e fluxo expiratório forçado entre 25% e 75% da CVF (FEF25-75%), sendo todas expressas em percentual do previsto e a relação VEF1/CVF. Após 10 minutos de descanso foi avaliada a capacidade funcional dos participantes por meio do TGlittre e do TMS. A seguir, os participantes responderam um questionário de qualidade de vida específico para FC chamado Questionário de Qualidade de Vida em FC Revisado (CFQ-R). Os indivíduos foram então aconselhados a aumentar a quantidade física aeróbica semanal por um período de seis meses. A meta era realizar a atividade 5 vezes por semana com duração de 30 minutos cada sessão. Várias opções de atividades físicas foram dadas pelos pesquisadores. Os indivíduos eram livres para escolherem a atividade de acordo com sua preferência. Todos os participantes receberam um diário onde deveriam anotar todos os treinos realizados. Contatos telefônicos foram feitos pelos pesquisadores a cada 15 dias para encorajar a realização dos exercícios propostos. Os participantes foram reavaliados com três meses e seis meses após o início do programa. Ao final dos seis meses e de acordo com a adesão ao programa os indivíduos foram divididos em três grupos: grupo treinou (T) (taxa de adesão ≥ 71,5%), grupo treinou parcial (TP) (taxa de adesão de 71,5 e 43%) e grupo não treinou (NT) (taxa de adesão < 43%). As comparações desses grupos foram utilizadas como resultado na presente tese. Resultados: 36 indivíduos adultos com FC foram avaliados. O tempo do TGlittre foi de 2,38 ± 0,33 min correspondente a 102% do previsto. Já a distância percorrida no TMS foi de 801,38 ± 266,36 correspondentes a 68,10% do previsto. O percentual médio da frequência cardíaca máxima atingida no TGlittre foi de 75,49% e de 89,37% no TMS. O desfecho do TGlittre não se associou de maneira estatisticamente significante com nenhuma das variáveis estudadas (idade, IMC, função pulmonar). Houve uma associação moderada entre distância percorrida no TMS e a CVF (r = 0,73 e p < 0,0001), CVF% (r = 0,69 e p < 0,0001), VEF1 (r = 0,69 e p < 0,0001) e VEF1% (r = 0,58 e p < 0,0001). Dos 36 indivíduos, 20 (55%) apresentaram dessaturacão após o TGlittre e 26 (72,22%) no TMS. Após esses resultados os indivíduos foram divididos em três grupos de acordo com a adesão ao programa proposto, sendo 11(30,55%) no grupo T, 12 (33,33%) no grupo TP e 13 (36,11%) no grupo NT. Não houve diferença entre os grupos em relação as variáveis antropométricas. Com relação as variáveis espirométricas não houve diferença entre os grupos no basal. Porém houve diferença estaticamente significativa entre o grupo T e NT nas variáveis CVF% (77,00 ± 16,42 versus 54,96 ±15,02), VEF1% (63,00 ± 21,34 versus 36,33 ± 10,05), VEF1/CVF (0,72 ± 0,13 versus 0,55 ± 0,07) e FEF25-75% (41,50 ± 30,98 versus 13,11 ± 5,28) três meses após o programa. Houve aumento de 8% do basal até o sexto mês no valor da CVF% e de 7,2% no VEF1% no decorrer do estudo no grupo T o que não foi observado nos demais grupos. Houve melhora da qualidade de vida no grupo T em vários domínios do questionário em comparação ao grupo TP e NT no decorrer do programa. Em relação a capacidade funcional houve diferença estatisticamente significativa e maior na distância percorrida no TMS no grupo T em relação ao NT na reavaliação de três e seis meses. Conclusão: Indivíduos adultos com FC têm boa capacidade funcional para atividades de vida diária avaliada pelo TGlittre apesar de apresentarem redução da capacidade de exercício avaliado pelo TMS. O desempenho no TGlittre não sofre influências da idade, IMC e função pulmonar. Já o TMS sofre influência da função pulmonar. A dessaturação induzida pelo exercício tem alta prevalência entre os indivíduos adultos com FC. O programa de exercício domiciliar de seis meses tem efeitos positivos sobre a função pulmonar, qualidade de vida e capacidade funcional de adultos com FC.
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Porém, tem a limitação de avaliar somente os membros inferiores deixar de fora a participação dos membros superiores, muito utilizados nas atividades cotidianas. O Glittre-ADL Test (TGlittre) é um teste multitarefas que mimetiza atividades de vida diária. Esse teste vem sendo utilizado em criança com FC nos últimos anos. Entretanto ele ainda não foi testado na população adulta. Devido a intolerância ao exercício reduzir a sobrevida dos indivíduos com FC, o exercício físico tornou uma importante modalidade terapêutica para essa população, já que melhora a aptidão física, a qualidade de vida e reduz a taxa de declínio da função pulmonar. Apesar desses benefícios a taxa de adesão é baixa e precisa ser melhorada. Uma das estratégias para melhorar a adesão são os exercícios domiciliares, porém o conhecimento sobre essa modalidade de exercício ainda é pequeno, principalmente em adultos com FC. Objetivos: Avaliar o efeito de um programa domiciliar de exercício aeróbico na função pulmonar, qualidade de vida e capacidade funcional indivíduos adultos com FC. Ademais, avaliar o desempenho de adultos com FC no TGlittre, comparar com as respostas do TMS e verificar as variáveis que se associam com os desfechos desses testes. Métodos: Trata-se de um estudo longitudinal quase-experimental realizado no ambulatório de FC adulto de um centro de referência localizado em um hospital público de Belo Horizonte - MG-Brasil. A amostra foi composta de indivíduos adultos com o diagnóstico confirmado de FC e aptos a realizarem o treinamento físico. Inicialmente foram coletados os dados demográficos, que incluía sexo, idade, peso, estatura e índice de massa corpórea. 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Todos os participantes receberam um diário onde deveriam anotar todos os treinos realizados. Contatos telefônicos foram feitos pelos pesquisadores a cada 15 dias para encorajar a realização dos exercícios propostos. Os participantes foram reavaliados com três meses e seis meses após o início do programa. Ao final dos seis meses e de acordo com a adesão ao programa os indivíduos foram divididos em três grupos: grupo treinou (T) (taxa de adesão ≥ 71,5%), grupo treinou parcial (TP) (taxa de adesão de 71,5 e 43%) e grupo não treinou (NT) (taxa de adesão < 43%). As comparações desses grupos foram utilizadas como resultado na presente tese. Resultados: 36 indivíduos adultos com FC foram avaliados. O tempo do TGlittre foi de 2,38 ± 0,33 min correspondente a 102% do previsto. Já a distância percorrida no TMS foi de 801,38 ± 266,36 correspondentes a 68,10% do previsto. O percentual médio da frequência cardíaca máxima atingida no TGlittre foi de 75,49% e de 89,37% no TMS. O desfecho do TGlittre não se associou de maneira estatisticamente significante com nenhuma das variáveis estudadas (idade, IMC, função pulmonar). Houve uma associação moderada entre distância percorrida no TMS e a CVF (r = 0,73 e p < 0,0001), CVF% (r = 0,69 e p < 0,0001), VEF1 (r = 0,69 e p < 0,0001) e VEF1% (r = 0,58 e p < 0,0001). Dos 36 indivíduos, 20 (55%) apresentaram dessaturacão após o TGlittre e 26 (72,22%) no TMS. Após esses resultados os indivíduos foram divididos em três grupos de acordo com a adesão ao programa proposto, sendo 11(30,55%) no grupo T, 12 (33,33%) no grupo TP e 13 (36,11%) no grupo NT. Não houve diferença entre os grupos em relação as variáveis antropométricas. Com relação as variáveis espirométricas não houve diferença entre os grupos no basal. Porém houve diferença estaticamente significativa entre o grupo T e NT nas variáveis CVF% (77,00 ± 16,42 versus 54,96 ±15,02), VEF1% (63,00 ± 21,34 versus 36,33 ± 10,05), VEF1/CVF (0,72 ± 0,13 versus 0,55 ± 0,07) e FEF25-75% (41,50 ± 30,98 versus 13,11 ± 5,28) três meses após o programa. Houve aumento de 8% do basal até o sexto mês no valor da CVF% e de 7,2% no VEF1% no decorrer do estudo no grupo T o que não foi observado nos demais grupos. Houve melhora da qualidade de vida no grupo T em vários domínios do questionário em comparação ao grupo TP e NT no decorrer do programa. Em relação a capacidade funcional houve diferença estatisticamente significativa e maior na distância percorrida no TMS no grupo T em relação ao NT na reavaliação de três e seis meses. Conclusão: Indivíduos adultos com FC têm boa capacidade funcional para atividades de vida diária avaliada pelo TGlittre apesar de apresentarem redução da capacidade de exercício avaliado pelo TMS. 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Ao final dos seis meses e de acordo com a adesão ao programa os indivíduos foram divididos em três grupos: grupo treinou (T) (taxa de adesão ≥ 71,5%), grupo treinou parcial (TP) (taxa de adesão de 71,5 e 43%) e grupo não treinou (NT) (taxa de adesão < 43%). As comparações desses grupos foram utilizadas como resultado na presente tese. Resultados: 36 indivíduos adultos com FC foram avaliados. O tempo do TGlittre foi de 2,38 ± 0,33 min correspondente a 102% do previsto. Já a distância percorrida no TMS foi de 801,38 ± 266,36 correspondentes a 68,10% do previsto. O percentual médio da frequência cardíaca máxima atingida no TGlittre foi de 75,49% e de 89,37% no TMS. O desfecho do TGlittre não se associou de maneira estatisticamente significante com nenhuma das variáveis estudadas (idade, IMC, função pulmonar). Houve uma associação moderada entre distância percorrida no TMS e a CVF (r = 0,73 e p < 0,0001), CVF% (r = 0,69 e p < 0,0001), VEF1 (r = 0,69 e p < 0,0001) e VEF1% (r = 0,58 e p < 0,0001). Dos 36 indivíduos, 20 (55%) apresentaram dessaturacão após o TGlittre e 26 (72,22%) no TMS. Após esses resultados os indivíduos foram divididos em três grupos de acordo com a adesão ao programa proposto, sendo 11(30,55%) no grupo T, 12 (33,33%) no grupo TP e 13 (36,11%) no grupo NT. Não houve diferença entre os grupos em relação as variáveis antropométricas. Com relação as variáveis espirométricas não houve diferença entre os grupos no basal. Porém houve diferença estaticamente significativa entre o grupo T e NT nas variáveis CVF% (77,00 ± 16,42 versus 54,96 ±15,02), VEF1% (63,00 ± 21,34 versus 36,33 ± 10,05), VEF1/CVF (0,72 ± 0,13 versus 0,55 ± 0,07) e FEF25-75% (41,50 ± 30,98 versus 13,11 ± 5,28) três meses após o programa. Houve aumento de 8% do basal até o sexto mês no valor da CVF% e de 7,2% no VEF1% no decorrer do estudo no grupo T o que não foi observado nos demais grupos. Houve melhora da qualidade de vida no grupo T em vários domínios do questionário em comparação ao grupo TP e NT no decorrer do programa. Em relação a capacidade funcional houve diferença estatisticamente significativa e maior na distância percorrida no TMS no grupo T em relação ao NT na reavaliação de três e seis meses. Conclusão: Indivíduos adultos com FC têm boa capacidade funcional para atividades de vida diária avaliada pelo TGlittre apesar de apresentarem redução da capacidade de exercício avaliado pelo TMS. O desempenho no TGlittre não sofre influências da idade, IMC e função pulmonar. Já o TMS sofre influência da função pulmonar. A dessaturação induzida pelo exercício tem alta prevalência entre os indivíduos adultos com FC. O programa de exercício domiciliar de seis meses tem efeitos positivos sobre a função pulmonar, qualidade de vida e capacidade funcional de adultos com FC.
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