Avaliação da acurácia dos rastreadores propostos pelo Institute for Health Care Improvement para identificação de eventos adversos a medicamentos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Maria das Dores Graciano Silva
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-AQARDW
Resumo: Introdução: Eventos adversos a medicamentos (EAM) podem causar importante comprometimento da segurança e qualidade da assistência prestada ao paciente hospitalizado, requerendo a adoção de métodos que permita seu monitoramento. Objetivo: Objetivou-se com o presente estudo, avaliar a acurácia dos rastreadores propostos pelo Institute for Healthcare Improvement (IHI) para identificação de EAM. Métodos: Um estudo prospectivo foi realizado em um hospital universitário público de grande porte, em 2015, com a participação de 300 pacientes com 18 anos ou mais de idade, oriundos das clínicas médica e cirúrgica. Rastreadores propostos pelo IHI e alterações clínicas suspeitas de serem EAM foram pesquisados diariamente por revisão de registros médicos e entrevista com os pacientes. O número de dias em que o paciente permaneceu hospitalizado foi considerado como unidade de medica para a avaliação da acurácia de cada rastreador. Resultados: Foram incluídos no estudo 300 pacientes. A média de idade foi de 56,3 anos (desvio padrão (DP) 16,0), e 51,3% eram do sexo feminino. A frequência de pacientes com EAM foi de 24,7% e que tiveram presença de pelo menos um rastreador foi de 53,3%. Os EAM mais frequentes foram hipotensão (21,2%) e constipação (18,3%), e os rastreadores mais frequentes foram antieméticos (57,5%) e interrupção abrupta de medicamento (31,8%). A sensibilidade dos rastreadores variou de 0,3% a 11,8% e o valor preditivo positivo de 1,2% a 27,3%. A especificidade e o valor preditivo negativo foram maiores que 86%. A maioria dos pacientes com a presença de rastreadores não apresentou EAM (64,4%). Em 40 (38,5%) EAM não houve presença de rastreador. Conclusão: Os rastreadores não apresentaram boa acurácia. Sugere-se que outras estratégias sejam estudadas na busca de uma prática de monitoramento de EAM que impacte positivamente na qualidade da assistência e segurança do paciente hospitalizado.
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Rastreadores propostos pelo IHI e alterações clínicas suspeitas de serem EAM foram pesquisados diariamente por revisão de registros médicos e entrevista com os pacientes. O número de dias em que o paciente permaneceu hospitalizado foi considerado como unidade de medica para a avaliação da acurácia de cada rastreador. Resultados: Foram incluídos no estudo 300 pacientes. A média de idade foi de 56,3 anos (desvio padrão (DP) 16,0), e 51,3% eram do sexo feminino. A frequência de pacientes com EAM foi de 24,7% e que tiveram presença de pelo menos um rastreador foi de 53,3%. Os EAM mais frequentes foram hipotensão (21,2%) e constipação (18,3%), e os rastreadores mais frequentes foram antieméticos (57,5%) e interrupção abrupta de medicamento (31,8%). A sensibilidade dos rastreadores variou de 0,3% a 11,8% e o valor preditivo positivo de 1,2% a 27,3%. A especificidade e o valor preditivo negativo foram maiores que 86%. A maioria dos pacientes com a presença de rastreadores não apresentou EAM (64,4%). Em 40 (38,5%) EAM não houve presença de rastreador. Conclusão: Os rastreadores não apresentaram boa acurácia. Sugere-se que outras estratégias sejam estudadas na busca de uma prática de monitoramento de EAM que impacte positivamente na qualidade da assistência e segurança do paciente hospitalizado.Background: Adverse drug events (ADEs) can seriously compromise the safety and quality of care provided to hospitalized patients, requiring the adoption of accurate methods to monitor them. We sought to evaluate the accuracy of the triggers proposed by the Institute for Healthcare Improvement (IHI) for identifying ADEs. Methods: A prospective study was conducted in a large-scale public university hospital, in 2015, with patients 18 years of age or older, from the hospitals medical and surgical clinics. Triggers proposed by IHI and clinical alterations suspected to be ADEs were searched daily reviewing medical records and patient interview. The number of days in which the patient was hospitalized was considered as unit of measure to evaluate the accuracy of each trigger. Results: Three hundred patients were included in this study. Mean age was 56.3 years (standard deviation (SD) 16.0), and 154 (51.3%) were female. The frequency of patients with ADEs was 24.7% and at least one trigger present was 53.3%. Most common ADEs were hypotension (21.2%) and constipation (18.3%), and most frequent triggers were antiemetics (57.5%) and abrupt medication stop (31.8%). Sensitivity of the triggers ranged 0.3-11.8 % and the positive predictive value ranged 1.2-27.3%. Specificity and negative predictive value were greater than 86%. The majority of patients identified by the presence of triggers did not present ADEs (64.4%). In 40 (38.5%) ADEs, the triggers were not present. Conclusions: The triggers did not present good accuracy. We therefore suggest that other strategies must be studied in an attempt to develop an ADEs monitoring practice that can positively impact the quality of medical care and safety provided to hospitalized patients.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGSegurança do pacienteErros de medicaçãoMedicinaEfeitos colaterais e reações adversas relacionadas a medicamentosEfeitos colaterais e reações adversas a medicamentosSegurança do pacienteErros de medicaçãoAvaliação da acurácia dos rastreadores propostos pelo Institute for Health Care Improvement para identificação de eventos adversos a medicamentosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALmd_tese__2017.03.21_.pdfapplication/pdf1438083https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-AQARDW/1/md_tese__2017.03.21_.pdfe911e0305def6708383e65b9b101d7f1MD51TEXTmd_tese__2017.03.21_.pdf.txtmd_tese__2017.03.21_.pdf.txtExtracted texttext/plain152121https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-AQARDW/2/md_tese__2017.03.21_.pdf.txt7457c108b243039d4ccf3efd09b3906bMD521843/BUOS-AQARDW2019-11-14 22:28:46.738oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-AQARDWRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-15T01:28:46Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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