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Marlise Miriam de Matos AlmeidaThiago Coacci Rangel Pereira2019-08-12T06:52:51Z2019-08-12T06:52:51Z2018-06-25http://hdl.handle.net/1843/BUOS-B32NG7O presente trabalho buscou analisar a relação entre política e conhecimento nos movimentos sociais, com um foco específco para o Movimento de Pessoas Trans no Brasil. Parto de um incomodo na maneira como a produção de conhecimento é tratada na literatura de movimentos sociais e também nos estudos sobre a transexualidade. Minha hipótese é de que o conhecimento (e a ciência) vem se tornando central para os confitos contemporâneos, dessa maneira a análise dos movimentos sociais na atualidade não pode ser descolada de uma análise das relações que esses estabelecem com determinados conjuntos de conhecimentos (científcos ou não). Ao interagir no mundo, construir seus diagnósticos e planos de ação, os movimentos sociais identifcam conhecimentos precários e atuam produzindo ou estimulando a produção de conhecimentos contra-públicos. O estudo é ancorado empiricamente na análise do Movimento de Pessoas Trans Brasileiro. Entre 2014 e 2017 acompanhei quatro organizações, são elas: a Articulação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA), o Instituto Brasileiro de Transmasculinidade (IBRAT), a RedeTrans e o Coletivo Transfeminismo. A pesquisa foi realizada por meio da combinação de análise documental de atas, relatórios, panfetos; entrevistas com 16 ativistas; e a observação participante de reuniões das organizações e eventos variados, tais como congressos acadêmicos, conferências, encontros do movimento social, reuniões com gestores, etc. A tese se divide em duas grandes partes. A primeira, intitulada O Conhecimento Canônico, foca na produção de conhecimento acadêmico sobre as pessoas trans e se subdivide em dois capítulos. A segunda, intitulada Os Conhecimentos Ativistas, retraça a história do movimento trans no Brasil e descreve duas modalidades de precariedade do conhecimento: a ausência de dados quantitativos sobre pessoas trans no Brasil; e a má qualidade do conhecimento científco sobre pessoas trans, especialmente nas áreas médico e psi*. Para cada tipo de precariedade identifcada por ativistas do movimento social, estes atores buscaram estratégias para combatê-la por meio da produção de conhecimentos contra-públicosThe present work sought to analyze the relationship between politics and knowledge in social movements, with a specifc focus on the brazilian Transgender Movement. I depart from a dissatisfaction with how the production of knowledge is treated both on social movements studies and transgender studies. My hypothesis is that knowledge (and science) has become central to contemporary conficts, thus the analysis of social movements today cannot be detached from an analysis of the relations they establish with certain sets of knowledge (scientifc or not). By interacting in the world, building their diagnoses and plans of action, social movements identify precarious knowledge and act by producing or stimulating the production of counterpublic knowledge. The study is anchored empirically in the analysis of the brazilian Transgender Movement. Between 2014 and 2017, I accompanied four organizations: Articulação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA); Instituto Brasileiro de Transmasculinidade (IBRAT); Rede Trans Brasil; and the Coletivo Transfeminismo. The research was operationalized through the combination of document analysis of minutes, reports, pamphlets; 16 semistructured interviews with activists; and the participant observation of various kind of events, such as academic conferences, social movement meetings, meetings with politicians, etc. The thesis is divided in two major parts. The frst, entitled The Canonical Knowledge, focuses on the production of academic knowledge about trans people and is subdivided into two chapters. The second, entitled The Activist Knowledge, retraces the history of the transgender movement in Brazil and describes two forms of precarious knowledge: the lack of quantitative data on trans people in Brazil; and the poor quality of scientifc knowledge about transgender people, especially in the medical and psy felds. For each type of precariousness identifed by social movement activists, these actors sought strategies to combat it through the production of counter-public knowledgeUniversidade Federal de Minas GeraisUFMGCiência políticaTransexualidadeMovimentos sociaisPessoas transConhecimento contra-públicoProdução de conhecimentoConhecimento precárioMovimentos sociaisConhecimento precário e conhecimento contra-público: a coprodução dos conhecimentos e dos movimentos sociais de pessoas trans no Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINAL2018___coacci___conhecimento_prec_rio_e_conhecimento_contra_p_blico.pdfapplication/pdf8473894https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-B32NG7/1/2018___coacci___conhecimento_prec_rio_e_conhecimento_contra_p_blico.pdfa177dfb18de474262c244324f820faeaMD51TEXT2018___coacci___conhecimento_prec_rio_e_conhecimento_contra_p_blico.pdf.txt2018___coacci___conhecimento_prec_rio_e_conhecimento_contra_p_blico.pdf.txtExtracted texttext/plain710954https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-B32NG7/2/2018___coacci___conhecimento_prec_rio_e_conhecimento_contra_p_blico.pdf.txt7f9152f72969d3ed93b16045483dac44MD521843/BUOS-B32NG72019-11-14 10:48:43.694oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-B32NG7Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T13:48:43Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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