Modelagem da informação: arquitetura, urbanismo e meio ambiente

• Autor(a) principal: Manfredo Frederico Felipe Hoppe
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/46417; https://orcid.org/0000-0001-9479-1912
• topic: Epistemologia; Fenomenologia; Modelos; Saúde do espaço urbano; Tecnologia da informação; Modelagem de informações; Arquitetura; Planejamento urbano; Epistemologia; Fenomenologia; Tecnologia da informação

Modelos são narrativas de informações que explicam fenômenos por meio de um sistema, ou seja, um conjunto de partes coordenadas para atingir um conjunto de objetivos diversos, compreendê-los e controlá-los. Modelos, informações e narrativas guardam características comuns entre si, mas são coisas distintas. As informações não são transmissíveis. As pessoas têm contato com a informação e tentam narrá-la aos demais. Quando a narrativa é aceita por um grupo, passa a ser componente de um modelo. Os modelos podem ser questionados por que as narrativas que os compõem podem se tornar pouco significativas para a coletividade. Compreender os erros de modelos é importante para permitir buscar uma maior precisão na descrição de fenômenos. Há muito a Ciência tem usado modelos na concepção intelectiva tentando descrever os fenômenos observados e auxiliar no desenvolvimento da sociedade, porém a complexidade do viver aumentou devido o surgimento de novas atividades, que geraram novos problemas, e passaram a fazer parte do cotidiano. O avanço das tecnologias e teorias nos séculos XX e XXI geraram inquietações e questionamentos e talvez as epistemologias adotadas não sejam suficientes para modelar fenômenos complexos (com múltiplas variáveis) Emergentes e Autopoiéticos (capazes de se autorregularem), pois parece existir um conflito entre o enquadramento teórico adotado para a elaboração de modelos da realidade e a falibilidade preditiva destes modelos. A intenção da construção desta tese é tentar propor um avanço na visão epistemológica que envolve a modelagem da informação para que essa visão seja capaz de demonstrar como ela pode ser utilizada como ferramental na compreensão de fenômenos (na Arquitetura, no Urbanismo, na Saúde Urbana e no Meio ambiente) elucidando características estruturais da modelagem, os componentes dos sistemas formados e a capacidade preditiva dos modelos. Isso foi obtido por meio da metodologia de estudo de casos, que buscaram evidenciar a análise dos modelos de informação complexos, elaborados através da composição de um quadro de conhecimentos que compreendeu os pensamentos de Karl Popper, a Teoria Geral dos Sistemas, a Autopoiese, a Emergência, a Teoria da Complexidade e os Grafos. Desta forma foi elaborado a síntese de um quadro de pesquisa com características sistêmicas denominado Concretude da Modelagem, que foi validada após ser aplicada em quatro estudos de casos.