Fumo por lazer, sim!: significados e representações do uso recreativo de maconha para mulheres

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Letícia Mara Pereira de Sousa
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/34213
Resumo: As mulheres estão cada vez mais em busca de reafirmarem suas identidades e seus espaços na sociedade diante a construção histórica de invisibilidade e submissão. A diferenciação dos indivíduos por gênero tem um caráter social e estabelece relações de poder, trazendo desigualdade entre eles. A relação de gênero atravessa os aspectos subjetivos e psicossociais vivenciados pelas mulheres em todas as suas áreas de vida, na maioria das vezes, de forma negativa. Parte dessas diferenciações refletem-se no lazer. O tempo disponível, as atividades realizadas, o significado delas e o conceito de lazer são diferentes para homens e mulheres. Diante das especificidades de gênero, este trabalho traz a discussão do uso recreativo de maconha pelas mulheres na atualidade, com o objetivo de identificar o significado deste uso para elas em momentos de lazer e compreender a relação entre a representação do feminino e o uso de maconha. Para desenvolver o estudo foi realizada uma pesquisa social por meio de entrevistas semiestruturadas. As entrevistas foram realizadas pessoalmente no local escolhido pelas participantes, gravadas em áudio e, posteriormente, transcritas integralmente. Foram entrevistadas 8 mulheres com idade acima de 18 anos, moradoras de Belo Horizonte-MG, que autodeclararam fazer uso de maconha nos momentos de lazer. As mulheres da pesquisa foram acessadas pelo método Bola de Neve. Após leitura das transcrições, os dados foram sistematizados em categorias de sentido. Para a análise das categorias foi utilizada a análise de conteúdo, a fim de compreender o que estava por trás dos conteúdos manifestos, os sentidos subjetivos e a singularidade de cada mulher. A partir da coleta e análise dos dados foram definidas as seguintes categorias de sentidos atribuídos ao uso da maconha pelas mulheres: sociabilidade, relacionamentos afetivos e sexo com uso da maconha; relaxamento e descanso; ‘calmante’ e medicamento; autoconhecimento, afirmação de identidade e criatividade. De acordo com os achados da pesquisa foi identificado que a maconha insere-se no universo feminino como parte constituinte da cultura e da identidade das mulheres. A cannabis representa uma ferramenta que auxilia as mulheres a estarem em um estado psíquico que as possibilitam usufruir efetivamente do lazer, sem o atravessamento das cobranças sociais. A maconha, ao longo da pesquisa, apresentou-se para as mulheres como significante da libertação feminina; da autorização do ‘ser mulher’ conforme elas acreditam que devam ser, sem o julgamento sociocultural, estigmatizado e preconceituoso que está colocado para elas. A partir da compreensão da importância de uma (re)construção identitária, devemos valorizar a tentativa de ressignificações do que é a mulher para si e refletir qual o lugar deste corpo no espaço social. A maconha representa um facilitador, um meio para estas mulheres alcançarem estados, momentos de bem-estar e/ou de conexão com sensações desejadas, consigo mesmas e/ou com outras pessoas.
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Diante das especificidades de gênero, este trabalho traz a discussão do uso recreativo de maconha pelas mulheres na atualidade, com o objetivo de identificar o significado deste uso para elas em momentos de lazer e compreender a relação entre a representação do feminino e o uso de maconha. Para desenvolver o estudo foi realizada uma pesquisa social por meio de entrevistas semiestruturadas. As entrevistas foram realizadas pessoalmente no local escolhido pelas participantes, gravadas em áudio e, posteriormente, transcritas integralmente. Foram entrevistadas 8 mulheres com idade acima de 18 anos, moradoras de Belo Horizonte-MG, que autodeclararam fazer uso de maconha nos momentos de lazer. As mulheres da pesquisa foram acessadas pelo método Bola de Neve. Após leitura das transcrições, os dados foram sistematizados em categorias de sentido. Para a análise das categorias foi utilizada a análise de conteúdo, a fim de compreender o que estava por trás dos conteúdos manifestos, os sentidos subjetivos e a singularidade de cada mulher. A partir da coleta e análise dos dados foram definidas as seguintes categorias de sentidos atribuídos ao uso da maconha pelas mulheres: sociabilidade, relacionamentos afetivos e sexo com uso da maconha; relaxamento e descanso; ‘calmante’ e medicamento; autoconhecimento, afirmação de identidade e criatividade. De acordo com os achados da pesquisa foi identificado que a maconha insere-se no universo feminino como parte constituinte da cultura e da identidade das mulheres. A cannabis representa uma ferramenta que auxilia as mulheres a estarem em um estado psíquico que as possibilitam usufruir efetivamente do lazer, sem o atravessamento das cobranças sociais. A maconha, ao longo da pesquisa, apresentou-se para as mulheres como significante da libertação feminina; da autorização do ‘ser mulher’ conforme elas acreditam que devam ser, sem o julgamento sociocultural, estigmatizado e preconceituoso que está colocado para elas. A partir da compreensão da importância de uma (re)construção identitária, devemos valorizar a tentativa de ressignificações do que é a mulher para si e refletir qual o lugar deste corpo no espaço social. A maconha representa um facilitador, um meio para estas mulheres alcançarem estados, momentos de bem-estar e/ou de conexão com sensações desejadas, consigo mesmas e/ou com outras pessoas.Women are increasingly looking to reaffirm their identities and their space in society in the face of the historical construction of invisibility and submission. The differentiation of individuals by gender has a social character and establishes power relations, bringing inequality between them. The gender relationship goes through the subjective and psychosocial aspects experienced by women in all their areas of life, most of the time, in a negative way. Part of these differences is reflected in leisure. The available time, the activities carried out, their meaning and the concept of leisure are different for men and women. In view of gender specificities, this paper discusses the recreational use of marijuana by women today, with the objective of identifying the meaning of this use for them at leisure and understanding the relationship between the representation of women and the use of marijuana . To develop the study, a social survey was conducted through semi-structured interviews. The interviews were conducted in person at the location chosen by the participants, recorded on audio and later fully transcribed. Eight women aged over 18 years, living in Belo Horizonte-MG, were interviewed, who self-declared to use marijuana during leisure time. The women in the research were accessed using the Snowball sampling method. After reading the transcripts, the data were systematized into categories of meaning. For the analysis of the categories, content analysis was used in order to understand what was behind the manifest content, the subjective meanings and the uniqueness of each woman. From the collection and analysis of data, the following categories of meanings attributed to the use of marijuana by women were defined: sociability, affective relationships and sex with marijuana use; relaxation and rest; 'Soothing' and medicine; self-knowledge, identity affirmation and creativity. According to research findings, it was identified that marijuana is inserted in the female universe as a constituent part of the culture and identity of women. Cannabis represents a tool that helps women to be in a psychic state that enables them to enjoy leisure effectively, without crossing social charges. Marijuana, throughout the research, presented itself for women as a signifier of female liberation; the authorization to 'be a woman' as they believe they should be, without the sociocultural judgment, stigmatized and prejudiced that is placed for them. From the understanding of the importance of a (re)construction of identity, we must value the attempt to redefine what women are for themselves and reflect on the place of this body in social space. Marijuana represents a facilitator, a means for these women to reach states, moments of well-being and / or connection with desired feelings, with themselves and / or with other people.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Estudos do LazerUFMGBrasilEEFFTO - ESCOLA DE EDUCAÇÃO FISICA, FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONALhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessLazerMulheresMaconha - ConsumoMulheres - Aspectos sociaisFumo por lazer, sim!: significados e representações do uso recreativo de maconha para mulheresinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDissertação Final pdf.pdfDissertação Final pdf.pdfFUMO POR LAZER, SIM!: significados e representações do uso recreativo de maconha para mulheresapplication/pdf573793https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34213/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Final%20pdf.pdf553027376f007c4bb1bfcd7be2be09a8MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34213/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34213/3/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD531843/342132023-05-23 15:13:55.066oai:repositorio.ufmg.br:1843/34213TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-05-23T18:13:55Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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