Unidades proterozoicas da região do Alto Rio Pardo e da Serra do Espinhaço Central: considerações sobre sua estratigrafia e seus paleoambientes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Diego Ferreira Lima e Correa Pereira
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/IGCC-AZUSCM
Resumo: A porção central da Serra do Espinhaço e a região do Alto Rio Pardo, nas proximidades da fronteira entre os estados de Minas Gerais e Bahia, abrigam duas importantes sequências metavulcanossedimentares e metassedimentares proterozoicas: o Supergrupo Espinhaço e o Grupo Macaúbas. Os resultados de mapeamentos geológicos, caracterizações petrográficas, análises geocronológicas e geoquímicas são apresentados e discutidos em dois artigos científicos. O primeiro artigo é sobre a geologia da porção central da Serra do Espinhaço, na divisa entre os estados de Minas Gerais e Bahia, com foco no Supergrupo Espinhaço, que é caracterizado nessa área por uma Unidade Inferior, correspondente ao preenchimento de um rifte por sedimentos de ambientes de leque aluvial e eólico associados a um vulcanismo ácido (dacítico/riodacítico, álcali-cálcico magnesiano) datado em 1766 ± 4 Ma. Toda a Unidade Inferior é intrudida por soleiras de rochas magmáticas básicas. A Unidade Média é caracterizada por rochas metassedimentares depositadas majoritariamente em ambiente eólico, apresentando localmente fácies características de sedimentação em ambiente de leque aluvial. Interpreta-se que as rochas terrígenas e magmáticas associadas à Unidade Inferior provavelmente representam os estágios iniciais da quebra do Paleocontinente São Francisco-Congo no Período Estateriano. Já a Unidade Média foi depositada após o cessamento do vulcanismo na região, mas ainda apresenta evidências de tectonismo em sua porção basal. O topo da dessa unidade já representa a fase transicional do rifte. O segundo artigo trata da Formação Rio Peixe Bravo na porção noroeste do Orógeno Araçuaí, na parte oeste do domínio da Saliência do Rio Pardo. Essa formação foi dividida em duas unidades em contato gradacional: a Unidade Meta-arenítica, que consiste em uma espessa sedimentação de meta-arenitos variados (principalmente), depositados em ambiente costeiro, e a Unidade Metapelítica, que é representada por mica xistos, estaurolita-granada-mica xistos, cianita-mica xistos, grafita filitos e, subordinadamente, arenitos micáceos, para a qual foi interpretada uma sedimentação em ambiente marinho plataformal. O caráter geral dessa sequência é transgressivo retrogradacional. A geocronologia pelo método U-Pb em zircões detríticos forneceu uma idade máxima de sedimentação de aproximadamente 1,8 Ga, mas os dados de campo evidenciam sua intima relação com o Grupo Macaúbas na região.
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O primeiro artigo é sobre a geologia da porção central da Serra do Espinhaço, na divisa entre os estados de Minas Gerais e Bahia, com foco no Supergrupo Espinhaço, que é caracterizado nessa área por uma Unidade Inferior, correspondente ao preenchimento de um rifte por sedimentos de ambientes de leque aluvial e eólico associados a um vulcanismo ácido (dacítico/riodacítico, álcali-cálcico magnesiano) datado em 1766 ± 4 Ma. Toda a Unidade Inferior é intrudida por soleiras de rochas magmáticas básicas. A Unidade Média é caracterizada por rochas metassedimentares depositadas majoritariamente em ambiente eólico, apresentando localmente fácies características de sedimentação em ambiente de leque aluvial. Interpreta-se que as rochas terrígenas e magmáticas associadas à Unidade Inferior provavelmente representam os estágios iniciais da quebra do Paleocontinente São Francisco-Congo no Período Estateriano. Já a Unidade Média foi depositada após o cessamento do vulcanismo na região, mas ainda apresenta evidências de tectonismo em sua porção basal. O topo da dessa unidade já representa a fase transicional do rifte. O segundo artigo trata da Formação Rio Peixe Bravo na porção noroeste do Orógeno Araçuaí, na parte oeste do domínio da Saliência do Rio Pardo. Essa formação foi dividida em duas unidades em contato gradacional: a Unidade Meta-arenítica, que consiste em uma espessa sedimentação de meta-arenitos variados (principalmente), depositados em ambiente costeiro, e a Unidade Metapelítica, que é representada por mica xistos, estaurolita-granada-mica xistos, cianita-mica xistos, grafita filitos e, subordinadamente, arenitos micáceos, para a qual foi interpretada uma sedimentação em ambiente marinho plataformal. O caráter geral dessa sequência é transgressivo retrogradacional. A geocronologia pelo método U-Pb em zircões detríticos forneceu uma idade máxima de sedimentação de aproximadamente 1,8 Ga, mas os dados de campo evidenciam sua intima relação com o Grupo Macaúbas na região.The central portion of the Espinhaço Range and the Alto Rio Pardo region, in the vicinity of the border between the states of Minas Gerais and Bahia, harbor two important meta-volcano-sedimentary and meta-sedimentary sequences: the Espinhaço Supergroup and the Macaúbas Group. The results of geological mapping, petrographic characterization, geochronological and geochemical analyzes are presented and discussed in two scientific papers. The first paper is about the geology of the central portion of the Espinhaço Range, on the border between the states of Minas Gerais and Bahia, focused on the Espinhaço Supergroup, which is characterized in this area by an Inferior Unit, corresponding to the filling of a rift by sediments of alluvial and eolian environments associated to acid volcanism (dacitic/rhyodacitc, magnesian alkali-calcic) dated at 1766 ± 4 Ma. The entire Lower Unit is intruded by sills of basic magmatic rocks. The Middle Unit is characterized by metasedimentary rocks deposited mainly in eolian environment, locally presenting characteristic sedimentary facies of alluvial fan environment sedimentation. It is interpreted that the terrigenous and magmatic rocks associated to the Inferior Unit probably represent the initial stages of the breakdown of the São Francisco-Congo Paleocontinent in the Statherian Period. The Middle Unit was deposited after the cessation of volcanism in the region, but still presents evidences of tectonism in its basal portion. The top of that unit already represents the transitional phase of the rift. The second paper deals with the Rio Peixe Bravo Formation in the northwestern portion of the Araçuaí Orogen, in the western part of the Rio Pardo Salient. That formation was divided into two units in gradational contact: the Meta-arenitic Unit, which consists of a thick sedimentation of varied meta-sandstones (mainly) deposited in a coastal environment, and the Metapelitic Unit, which is represented by mica schists, staurolite-garnet-mica schists, kyanite-mica schists, graphite phyllites and, subordinately, micaceous sandstones, for which a sedimentation in a marine platform environment was interpreted. The general character of this sequence is transgressive retrogradational. The geochronology by the U-Pb method in detrital zircons provided a maximum sedimentation age of about 1.8 Ga, but the field data show its intimate relationship with the Macaúbas Group in the region.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGPetrologiaMapeamento geológicoTempo geologicorifteSupergrupo EspinhaçocaracterizaçãoFormação Rio Peixe BravoUnidades proterozoicas da região do Alto Rio Pardo e da Serra do Espinhaço Central: considerações sobre sua estratigrafia e seus paleoambientesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_m_diego_pereira_vol_f.pdfapplication/pdf7134526https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/IGCC-AZUSCM/1/disserta__o_m_diego_pereira_vol_f.pdf141f20aa0e23cf391968891a60922f52MD51TEXTdisserta__o_m_diego_pereira_vol_f.pdf.txtdisserta__o_m_diego_pereira_vol_f.pdf.txtExtracted texttext/plain173091https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/IGCC-AZUSCM/2/disserta__o_m_diego_pereira_vol_f.pdf.txtecc1afcf6473f8d1812f36a2d349c29dMD521843/IGCC-AZUSCM2019-11-14 09:21:43.149oai:repositorio.ufmg.br:1843/IGCC-AZUSCMRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T12:21:43Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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