Avaliação de um mestrado profissional de odontologia em saúde pública realizada pelos seus egressos

• Autor(a) principal: Camila Mundim Palhares
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/41463
• topic: Saúde bucal; Saúde pública; Avaliação; Ensino superior; Saúde bucal; Saúde pública; Avaliação educacional; Educação superior

Excetuando-se alguns trabalhos precursores e ocasionais nos Estados Unidos na década de 1930, as primeiras investigações sobre egressos surgiram apenas nos anos 1970 e 1980. No Brasil, embora algumas pesquisas tenham sido realizadas na década de 1980 e os Portais do Egresso tenham proliferado nos últimos anos, os estudos de egressos continuam esporádicos, pouco utilizados e com insuficiências metodológicas. A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Ensino Superior (CAPES) incluiu a avaliação e acompanhamento do egresso como elementos importantes na avaliação dos programas de pós-graduação. No documento final da comissão nacional de acompanhamento do Plano Nacional de Pós-graduação 2011-2020, publicado em 2018 a CAPES elaborou uma proposta de acompanhamento dos egressos. Isso pode contribuir para a formação de recursos humanos e sua inserção no mercado de trabalho, possibilitando mapear a empregabilidade, em órgãos públicos e privados. O objetivo dessa dissertação foi avaliar os egressos do Mestrado Profissional de Odontologia em Saúde Pública da Universidade Federal de Minas Gerais e criar mecanismos de contato permanente do curso com os alunos e egressos, propiciando o acompanhamento dos mesmos. Trata-se de um estudo transversal, quantitativo e analítico aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais (CAAE: 34197420.1.0000.5149). Os egressos responderam a um questionário online, previamente testado. Os aspectos avaliados foram: atuação profissional dos egressos antes e após conclusão do curso, inserção no mercado de trabalho, se houve influência da formação sobre o processo de trabalho do aluno-trabalhador; a contribuição do egresso como agente capaz de propor inovações e gerar impactos tecnológicos/sociais/ambientais/econômicos. Neste estudo, 74,5 % dos egressos declararam que sua postura profissional modificou muito após a conclusão do curso, sendo que aqueles residentes em outros municípios de Minas Gerais e outros estados modificaram 1,46 e 1,55 vezes mais sua postura profissional, respectivamente, do que aqueles que residiam em Belo Horizonte. Continuar trabalhando em consultório privado após o mestrado profissional fez com que os profissionais modificassem seu perfil profissional 32% menos do que aqueles que deixaram de atuar. A residência em municípios do interior de Minas Gerais e em outros estados pode ter impactado positivamente na mudança de postura profissional dos egressos comparados a Belo Horizonte, talvez por ser esta uma capital importante no cenário nacional e que possui um sistema de saúde mais robusto. Por outro lado, a atuação em consultório privado é um fator que limita a mudança na postura profissional, tendo em vista que os objetivos do curso estão voltados para a saúde pública. Os resultados deste estudo mostraram que as pesquisas com egressos podem trazer contribuições importantes para a melhoria dos programas de mestrado profissional. Um dos desafios a serem enfrentados na área da saúde é o atendimento às necessidades de formação e expectativas de profissionais vinculados aos setores público e privado.