Educação musical e integração sensorial: abrindo possibilidades de desenvolvimento para crianças autistas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lenilce da Silva Reis Santana
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/66437
https://orcid.org/0000-0002-2182-3052
Resumo: A Integração Sensorial (IS) refere-se à maneira como nosso cérebro percebe, interpreta e emite comandos em resposta a estímulos recebidos. Qualquer desregulação nessa integração pode resultar em prejuízos nas atividades diárias das crianças. Sendo assim, a Disfunção de Integração Sensorial (DIS) engloba três transtornos distintos, que podem estar inter-relacionados. Estudos indicam uma alta prevalência da DIS em pessoas diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), conforme a Teoria Sensorial de Ayres, a qual sugere uma ligação direta entre a integração social e o desenvolvimento da aprendizagem. Esta pesquisa-ação com abordagem mista e natureza exploratória-descritiva teve como objetivo compreender a influência da Educação Musical no desenvolvimento de crianças no Transtorno do Espectro do Autismo e sua relação com o Transtorno Neurossensorial em dez crianças com idades entre quatro e seis, diagnosticadas com TEA no nível um (1) de suporte em uma instituição que atende crianças com o transtorno. O estudo buscou identificar as interfaces desse desenvolvimento a partir da perspectiva da Integração Sensorial, utilizando uma abordagem de método misto que combinou métodos quantitativos e qualitativos. Inicialmente, as crianças foram selecionadas e distribuídas por sorteio em dois grupos. O Grupo Piloto recebeu aulas em grupo, em dupla ou individual no segundo semestre de 2022, enquanto o Grupo Intervenção recebeu apenas aulas individuais no primeiro semestre de 2023. Ambos os grupos foram avaliados usando-se a Escala DEMUCA e o ATEC, conquanto o Grupo Intervenção também tenha sido submetido ao Perfil Sensorial 2. Os resultados indicam um desenvolvimento significativo nas áreas musical e geral, assim como avanço na comunicação e socialização em ambos os grupos. Apesar da ausência de diagnóstico de DIS nas crianças, informações fornecidas pelos pais e observações durante as aulas revelam sinais relevantes que podem estar associados aos transtornos que compõem a DIS. Além disso, o protocolo do Perfil Sensorial 2 também confirma essas observações. Embora os resultados numéricos do ATEC não apresentem significância estatística, a análise qualitativa sugere melhorias no desenvolvimento geral das crianças do Grupo Piloto. Por outro lado, o Grupo Intervenção não demonstrou melhorias significativas, possivelmente devido à falta de aulas em grupo e/ou presença dos monitores. A Escala DEMUCA, tanto em análises qualitativas quanto estatísticas, indica progresso significativo no desenvolvimento musical e geral das crianças. Quanto aos aspectos sensoriais, os resultados do Perfil Sensorial 2 apontam indícios de DIS não diagnosticada, sugerindo a necessidade de reavaliação. Desse modo, os dados qualitativamente apontaram uma relação positiva para Educação Musical como redutora da DIS. Como desdobramento da pesquisa, foi ministrado um curso de capacitação teórico-prático, o qual viabilizou a implementação concomitante de um projeto social direcionado a todas as crianças inscritas na instituição. Essa iniciativa destacou a lacuna existente na área de Educação Musical no que diz respeito ao suporte aos educadores musicais em contextos de Educação Especial e/ou Inclusiva. Além disso, evidenciou-se o impacto positivo dessa capacitação na formação pessoal e profissional de cada participante, uma vez que não foi possível estabelecer, de forma conclusiva, se as crianças apresentam ou não Disfunção de Integração Sensorial (DIS) e, consequentemente, afirmar formalmente que as aulas de música tiveram impacto quantitativo nos resultados do perfil sensorial neste estudo não foi viável. No entanto, é importante ressaltar que, em muitos casos, quando as crianças chegavam desreguladas, eram conduzidas diretamente a atividades de relaxamento e, após alcançarem um estado de calma, iniciávamos as aulas, o que evidencia o impacto qualitativo da música sobre o comportamento e a regulação dos indivíduos. Por fim, compartilhamos algumas reflexões sobre as características essenciais que deveriam orientar o educador musical, juntamente com sugestões de ações direcionadas a situações de desregulação. Em suma, os dados reforçam, portanto, os benefícios do envolvimento musical e como a música impacta holisticamente o desenvolvimento humano. Vale ressaltar, contudo, que, para obter evidências estatísticas mais consistentes, é necessário expandir a amostra, sendo uma consideração para futuras pesquisas.
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Esta pesquisa-ação com abordagem mista e natureza exploratória-descritiva teve como objetivo compreender a influência da Educação Musical no desenvolvimento de crianças no Transtorno do Espectro do Autismo e sua relação com o Transtorno Neurossensorial em dez crianças com idades entre quatro e seis, diagnosticadas com TEA no nível um (1) de suporte em uma instituição que atende crianças com o transtorno. O estudo buscou identificar as interfaces desse desenvolvimento a partir da perspectiva da Integração Sensorial, utilizando uma abordagem de método misto que combinou métodos quantitativos e qualitativos. Inicialmente, as crianças foram selecionadas e distribuídas por sorteio em dois grupos. O Grupo Piloto recebeu aulas em grupo, em dupla ou individual no segundo semestre de 2022, enquanto o Grupo Intervenção recebeu apenas aulas individuais no primeiro semestre de 2023. Ambos os grupos foram avaliados usando-se a Escala DEMUCA e o ATEC, conquanto o Grupo Intervenção também tenha sido submetido ao Perfil Sensorial 2. Os resultados indicam um desenvolvimento significativo nas áreas musical e geral, assim como avanço na comunicação e socialização em ambos os grupos. Apesar da ausência de diagnóstico de DIS nas crianças, informações fornecidas pelos pais e observações durante as aulas revelam sinais relevantes que podem estar associados aos transtornos que compõem a DIS. Além disso, o protocolo do Perfil Sensorial 2 também confirma essas observações. Embora os resultados numéricos do ATEC não apresentem significância estatística, a análise qualitativa sugere melhorias no desenvolvimento geral das crianças do Grupo Piloto. Por outro lado, o Grupo Intervenção não demonstrou melhorias significativas, possivelmente devido à falta de aulas em grupo e/ou presença dos monitores. A Escala DEMUCA, tanto em análises qualitativas quanto estatísticas, indica progresso significativo no desenvolvimento musical e geral das crianças. Quanto aos aspectos sensoriais, os resultados do Perfil Sensorial 2 apontam indícios de DIS não diagnosticada, sugerindo a necessidade de reavaliação. Desse modo, os dados qualitativamente apontaram uma relação positiva para Educação Musical como redutora da DIS. Como desdobramento da pesquisa, foi ministrado um curso de capacitação teórico-prático, o qual viabilizou a implementação concomitante de um projeto social direcionado a todas as crianças inscritas na instituição. Essa iniciativa destacou a lacuna existente na área de Educação Musical no que diz respeito ao suporte aos educadores musicais em contextos de Educação Especial e/ou Inclusiva. Além disso, evidenciou-se o impacto positivo dessa capacitação na formação pessoal e profissional de cada participante, uma vez que não foi possível estabelecer, de forma conclusiva, se as crianças apresentam ou não Disfunção de Integração Sensorial (DIS) e, consequentemente, afirmar formalmente que as aulas de música tiveram impacto quantitativo nos resultados do perfil sensorial neste estudo não foi viável. No entanto, é importante ressaltar que, em muitos casos, quando as crianças chegavam desreguladas, eram conduzidas diretamente a atividades de relaxamento e, após alcançarem um estado de calma, iniciávamos as aulas, o que evidencia o impacto qualitativo da música sobre o comportamento e a regulação dos indivíduos. Por fim, compartilhamos algumas reflexões sobre as características essenciais que deveriam orientar o educador musical, juntamente com sugestões de ações direcionadas a situações de desregulação. Em suma, os dados reforçam, portanto, os benefícios do envolvimento musical e como a música impacta holisticamente o desenvolvimento humano. Vale ressaltar, contudo, que, para obter evidências estatísticas mais consistentes, é necessário expandir a amostra, sendo uma consideração para futuras pesquisas.Sensory Integration (SI) refers to the way our brain perceives, interprets and issues commands in response to incoming stimuli. Any deregulation in this integration can result in damage to children’s daily activities. Thus, Sensory Integration Dysfunction (DIS) encompasses three distinct disorders, which may be interrelated. Studies indicate a high prevalence of DIS in people diagnosed with Autism Spectrum Disorder (ASD), according to Ayres' Sensory Theory, which suggests a direct link between social integration and learning development. This action-research with mixed approach and exploratory-naturedescriptive study aimed to understand the influence of Music Education on the development of children in Autism Spectrum Disorder and its relationship with Sensorineural Disorder in ten children aged four to six, diagnosed with ASD at level one (1) support in an institution that serves children with the disorder. The study sought to identify the interfaces of this development from the perspective of Sensory Integration, using a mixed method approach that combined quantitative and qualitative methods. Initially, the children were selected and randomly distributed into two groups. The Pilot Group received group, double or individual classes in the second semester of 2022, while the Intervention Group received only individual classes in the first semester of 2023. Both groups were evaluated using the DEMUCA Scale and the ATEC, although the Intervention Group has also been submitted to the Sensory Profile 2. The results indicate a significant development in the areas of music and communication and socialization in both groups. Despite the lack of diagnosis of DIS in children, information provided by parents and observations during classes reveal relevant signs that may be associated with the disorders that make up the DIS. In addition, the Sensory Profile 2 protocol also confirms these observations. Although the numerical results of the ATEC do not present statistical significance, the qualitative analysis suggests improvements in the overall development of children in the Pilot Group. On the other hand, the Intervention Group did not show significant improvements, possibly due to lack of group classes and/or presence of monitors. The DEMUCA Scale, both in qualitative and statistical analyses, indicates significant progress in the musical and general development of children. Regarding the sensory aspects, the results of Sensory Profile 2 indicate evidence of undiagnosed DIS, suggesting the need for reevaluation. Thus, the data qualitatively pointed out a positive relationship for Music Education as a reducer of DIS. As a result of the research, a theoretical-practical training course was given, which enabled the simultaneous implementation of a social project aimed at all children enrolled in the institution. This initiative highlighted the existing gap in the area of Music Education with regard to supporting music educators in Special and/or Inclusive Education contexts. In addition, the positive impact of this training on the personal and professional training of each participant was evidenced, since it was not possible to establish, conclusively, whether or not children have Sensory Integration Dysfunction (DIS) and, consequently, formally stating that music classes had a quantitative impact on the results of the sensory profile in this study was not feasible. However, it is important to note that, in many cases, when children arrived unregulated, they were conducted directly to relaxation activities and, after reaching a state of calm, we started classes, evidence the qualitative impact of music on the behavior and regulation of individuals. Finally, we share some reflections on the essential characteristics that should guide the musical educator, along with suggestions for actions directed to situations of deregulation. In short, the data therefore reinforces the benefits of musical engagement and how music holistically impacts human development. It is noteworthy, however, that to obtain more consistent statistical evidence, it is necessary to expand the sample, being a consideration for future research.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em MúsicaUFMGBrasilMUSICA - ESCOLA DE MUSICAPrograma Institucional de Internacionalização – CAPES - PrInthttp://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessTranstornos do espectro autista em criançasEducação musicalIntegração sensorialEducação MusicalTranstorno do Espectro do AutismoIntegração SensorialDisfunção da Integração SensorialEducação musical e integração sensorial: abrindo possibilidades de desenvolvimento para crianças autistasMusic education and sensory integration: opening development possibilities for autistic childreninfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALEDUCAÇÃO MUSICAL E INTEGRAÇÃO SENSORIAL abrindo possibilidades de desenvolvimento para crianças autistas.pdfEDUCAÇÃO MUSICAL E INTEGRAÇÃO SENSORIAL abrindo possibilidades de desenvolvimento para crianças autistas.pdfapplication/pdf6136369https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/66437/1/EDUCA%c3%87%c3%83O%20MUSICAL%20E%20INTEGRA%c3%87%c3%83O%20SENSORIAL%20abrindo%20possibilidades%20de%20desenvolvimento%20para%20crian%c3%a7as%20autistas.pdfca17274f5b09f84db984b75cd01cc310MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8805https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/66437/2/license_rdf00e5e6a57d5512d202d12cb48704dfd6MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/66437/3/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD531843/664372024-03-25 12:34:21.042oai:repositorio.ufmg.br:1843/66437TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2024-03-25T15:34:21Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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