Detalhes bibliográficos
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
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spelling Antônio Pereira Magalhães Juniorhttp://lattes.cnpq.br/4282669608406708Andre Augusto Rodrigues SalgadoFábio Soares de OliveiraMiguel Fernandes FelippeClaudio Eduardo Lanahttp://lattes.cnpq.br/2715511561123835Luiz Fernando de Paula Barros2022-02-14T16:47:44Z2022-02-14T16:47:44Z2015-11-16http://hdl.handle.net/1843/39390O Quadrilátero Ferrífero (QF) é um dos mais marcantes conjuntos serranos do estado de Minas Gerais, sudeste do Brasil. A morfologia da área pode ser definida como resultado da evolução a longo termo de um substrato geológico deformado. Inputs tectônicos e a intercalação de litologias com diferentes resistências às intempéries levaram a uma intensa dissecação pela drenagem e à inversão do relevo, deixando sinclinais relativamente alçadas em relação às anticlinais dissecadas. Diante desse papel preponderante do trabalho fluvial no modelado e visando aprofundar a compreensão da geomorfologia regional durante o Cenozoico Superior, diversos levantamentos de níveis e sucessões deposicionais fluviais foram empreendidos na área nas últimas décadas. Entretanto, tais estudos locais trataram de apenas um ou dois vales fluviais. A partir de novos dados e da releitura em campo da literatura sobre o tema na área, este trabalho tem como objetivo investigar a atuação dos processos fluviais na morfogênese quaternária do QF, com foco no modelado da paisagem fluvial e nas formações superficiais. Os resultados revelam indícios e evidências de uma paisagem fluvial jovem e de um relevo dinâmico. Sete fases regionais de formação de níveis deposicionais fluviais foram identificadas entre 1-83 ka, segundo datações por Luminescência Opticamente Estimulada (LOE). A maioria dessas fases é seguida por períodos de encaixamento da drenagem em resposta a um soerguimento regional, levando ao escalonamento dos níveis fluviais. A neotectônica também é expressa na área pelo deslocamento e deformação de depósitos e níveis fluviais. As datações por LOE permitiram a associação das diferentes fases de formação de níveis fluviais com oscilações climáticas estabelecidas na literatura, as quais podem ter influenciado os ritmos da epirogênese regional devido a respostas isostáticas aos períodos mais erosivos. As fases mais secas/frias estão relacionadas a sucessões deposicionais com diferentes tipos de couraças, as quais são de grande relevância na correlação dos depósitos de diferentes vales. No vale do Rio Conceição, as análises mineralógicas e geoquímicas empreendidas nestes materiais permitiram constatar uma alteração das áreas fonte de sedimentos, provavelmente como resposta de uma captura fluvial. Junto à atuação de uma tectônica diferencial e de níveis de base locais, couraças de caráter conglomerático exerceriam importante controle sobre o encaixamento da drenagem em algumas áreas. Assim, um interessante arranjo geomorfológico pode ser observado, uma vez que níveis fluviais correlatos apresentam dezenas de metros de diferença em termos de desníveis para a drenagem atual. Desse modo, assim como na correlação de superfícies erosivas, é infrutífera a correlação de níveis fluviais com base apenas em dados de altitude e/ou altura. Por fim, análises de fitólitos e de isótopos de carbono em depósitos representativos permitiram constatar que mesmo a transição para diferentes tipos de cerrado pode ter influenciado de modo significativo o fornecimento sedimentar para os eixos de drenagem. Nos fundos de vale, soluções enriquecidas em ferro percolariam com facilidade em meio aos espessos depósitos de cascalho e areia, reforçando que a formação das couraças resulta de processos sedimentares e lateríticos.The Quadrilátero Ferrífero (QF) is one of the most remarkable mountainous areas in the Minas Gerais State, Southeastern Brazil. The morphology of this area can be set as result of long-term evolution of a warped geological substratum. Tectonic inputs and the interleaving of lithologies with different resistance degrees to the weathering led to a great dissection through drainage and to the reversal of the relief. Because of that, nowadays can be found synclines relatively suspended in relation to dissected anticlines. Given this major role of the river work on shaping the relief, and aiming to improve the understanding of regional geomorphology during the Late Cenozoic, various researches of river levels and fluvial successions were undertaken in recent decades. However, these local studies have investigated only one or two river valleys. Starting from new researches and from a rereading of data from literature about the area, this term paper aims to investigate the action of fluvial processes on the Quaternary morphogenesis in QF, focusing on the modeling of the river landscape and on the surface formations. The results reveal clues and evidence of a young fluvial landscape and of a dynamic relief. Seven regional phases of development of fluvial levels were identified and dated between 1-83 ka using Optically Stimulated Luminescence (OSL). Most of these phases are followed by periods of fluvial downcutting in response to the regional uplift, leaving river levels as staircases. The neotectonics is also expressed by the displacement and deformation of fluvial deposits and levels. The OSL dating allowed the association of the fluvial regional phases with climatic oscillations stablished in the literature. These climatic oscillations may have influenced the rhythms of the regional epeirogeny due to isostatic answers to the most erosive periods. The drier/coller periods were marked by the formation of depositional successions with duricrusts which are of great importance to correlate deposits of different valleys. In the Conceição River valley, the mineralogical and geochemical analysis undertaken in these materials allowed verifying changes in sediment source areas, probably as a response of a stream capture. Together with a differential tectonics and local base levels, conglomeratic duricrusts played an important role controlling the drainage downcutting in some valleys. Thus, an interesting geomorphological arrangement arises, with correlated levels differing tens of meters in hight. Thus, as the correlation of erosive surfaces, the correlation of river levels based only on elevation and/or height data is unsuccessful. Phytolith and carbon isotopes analyses in representative deposits allowed verifying that even the transition to different types of cerrado (savanna-like vegetation) can influence significantly the sediment yelding for drainage lines. In the valley bottoms, iron enriched solutions may have percolate easily amid the thick deposits of gravel and sand, stressing that the formation of the duricrusts is result of sedimentary and lateritic processes.FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas GeraisporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em GeografiaUFMGBrasilIGC - DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIAGeomorfologia - Quadrilátero Ferrífero (MG)Tempo geológicoCarbono - IsótoposGeoquìmicaMineralogiaGeomorfologia regionalGeocronologiaFitólitosIsótopos de carbonoCouraçasGeoquímicaMineralogiaMicromorfologiaNeotectônicaOscilações climáticasImplicações geomorfológicas e paleoambientais de registros sedimentares fluviais do quadrilátero ferrífero - Minas Geraisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTese Luiz Fernando de Paula B. 2015.pdfTese Luiz Fernando de Paula B. 2015.pdfapplication/pdf9548769https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/39390/1/Tese%20Luiz%20Fernando%20de%20Paula%20B.%202015.pdf996a2138fd675e29ce14b4882d7fe40cMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/39390/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD521843/393902022-02-14 13:47:45.151oai:repositorio.ufmg.br:1843/39390TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-02-14T16:47:45Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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