Comportamento do teste ML Flow em pacientes e contatos de pacientes com hansenías e menores de 18 anos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Maria Aparecida Alves Ferreira
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/ECJS-74TGWN
Resumo: Testes sorológicos têm sido desenvolvidos para ajudar no controle da hanseníase. Para avaliar o teste sorológico ML Flow, realizou-se estudo descritivo e exploratório em menores de 18 anos, sendo 115 casos novos de hanseníase e 1.011 contatos intradomiciliares. Determinaram-se as proporções da soropositividade e fatores associados ao teste positivo. As análises estatísticas foram feitas por regressão logística e árvore de decisão. Observou-se soropositividade em 21,7% dos pacientes e 19,7% dos contatos. Quanto aos pacientes, a regressão logística indicou associação com baciloscopia positiva (OR = 18) e número de lesões cutâneas maior que cinco (OR = 5,86). A probabilidade de um paciente com baciloscopia positiva e com mais de cinco lesões cutâneas ser soropositivo foi de 0,94. A análise por árvore de decisão mostrou associação com baciloscopia, classificação de Madri, número de nervos acometidos e idade. Já, nos contatos, as duas análises indicaram os mesmos fatores associados à soropositividade: classificação do caso-índice, idade, e tipo de serviço de saúde. A chance da soropositividade para os contatos de caso-índice multibacilar (MB) foi cerca de duas vezes maior (OR = 2,31) do que para os contatos de caso-índice paucibacilar (PB). A cada ano de idade a mais, a chance da soropositividade para o contato foi 1,06 vezes maior (OR = 1,06). Os contatos de caso-índice MB, atendidos em centro de saúde e com idade de 17 anos apresentaram a maior probabilidade (0,37) da soropositividade. As variáveis que explicaram melhor a soropositividade, em menores de 18 anos, foram aquelas associadas à maior carga bacilar. Assim, o teste ML Flow poderia ser utilizado também na infância para ajudar na correta classificação dos pacientes para tratamento e na identificação dos contatos com maior risco de desenvolver hanseníase, levando ao diagnóstico precoce. Essas ações poderiam ter impacto na transmissão e incidência da hanseníase em todas as idades.
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A análise por árvore de decisão mostrou associação com baciloscopia, classificação de Madri, número de nervos acometidos e idade. Já, nos contatos, as duas análises indicaram os mesmos fatores associados à soropositividade: classificação do caso-índice, idade, e tipo de serviço de saúde. A chance da soropositividade para os contatos de caso-índice multibacilar (MB) foi cerca de duas vezes maior (OR = 2,31) do que para os contatos de caso-índice paucibacilar (PB). A cada ano de idade a mais, a chance da soropositividade para o contato foi 1,06 vezes maior (OR = 1,06). Os contatos de caso-índice MB, atendidos em centro de saúde e com idade de 17 anos apresentaram a maior probabilidade (0,37) da soropositividade. As variáveis que explicaram melhor a soropositividade, em menores de 18 anos, foram aquelas associadas à maior carga bacilar. Assim, o teste ML Flow poderia ser utilizado também na infância para ajudar na correta classificação dos pacientes para tratamento e na identificação dos contatos com maior risco de desenvolver hanseníase, levando ao diagnóstico precoce. Essas ações poderiam ter impacto na transmissão e incidência da hanseníase em todas as idades.This descriptive and exploratory study had the objective of evaluating ML Flow, one of the serologic tests developed to aid leprosy control. Data on 115 newly diagnosed leprosy patients and 1,011 household contacts, all under 18, were analyzed to determine seropositivity ratios and factors associated to a positive test result. Statistical analysis included logistic regression and classification tree method. The ML Flow test result was positive in 21.7% of the patients and 19.7% of the contacts. In the group of patients, logistic regression analysis indicated association of seropositivity with positive skin smear (OR = 18) and number of skin lesions higher than five (OR = 5.86). Seropositivity probability for a patient with a positive skin smear and more than five skin lesions was 0.94. According to classification tree analysis, seropositivity was shown to be associated with the following variables: skin smear, Madrid classification, number of nerves involved and age. In the group of contacts, index patient classification, age and type of health service were associated to seropositivity in both analyses. Contacts of multibacillary (MB) index patients had a chance of seropositivity two times higher (OR = 2.31) than those of paucibacillary (PB) index patients. For each additional year of age, the chance of seropositivity for the contacts was 1.06 times higher (OR = 1.06). Seventeen year old contacts of MB index patients, attended in health units had the highest probability of seropositivity (0.37). The variables which best explained seropositivity in the population studied were those associated to higher bacillary loads. Therefore, the ML Flow test could also be used in childhood to aid the correct classification of patients for treatment and to identify those contacts who have an increased risk of developing leprosy, leading to a timely diagnosis. These actions could impact leprosy transmission and incidence in all ages.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGHanseníase/transmissãoHanseníaseTestes sorológicosHanseniaseHanseníase/diagnósticoHanseníaseHanseníase/TransmissãoTestes sorológicosComportamento do teste ML Flow em pacientes e contatos de pacientes com hansenías e menores de 18 anosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALmaria_aparecida_alves_ferreira.pdfapplication/pdf1918408https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECJS-74TGWN/1/maria_aparecida_alves_ferreira.pdf7ebced0981879fdfb6ca180fec8b5b54MD51TEXTmaria_aparecida_alves_ferreira.pdf.txtmaria_aparecida_alves_ferreira.pdf.txtExtracted texttext/plain198693https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ECJS-74TGWN/2/maria_aparecida_alves_ferreira.pdf.txt6fd63a68a1d54758d282bae606f53557MD521843/ECJS-74TGWN2019-11-14 09:17:45.953oai:repositorio.ufmg.br:1843/ECJS-74TGWNRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T12:17:45Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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