Contato precoce pele a pele entre mãe e recém-nascido pré-termo de 1000g a 1800g: repercussões sobre indicadores de estresse materno

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fernanda de Oliveira Gontijo
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9UJJ8U
Resumo: O impacto do nascimento pré-termo tende a ser experiência emocionalmente estressante para a maioria das mães, estando essas expostas a sintomas de ansiedade e depressão. A separação precoce entre mãe-filho pode dificultar a construção do vínculo comprometendo a relação da díade. O objetivo do estudo apresentado foi investigar a influência do contato pele a pele precoce realizado entre mãe e recém-nascido pré-termo com peso de nascimento de 1.000g a 1800g nas repercussões do estresse materno. Realizado estudo clínico aleatorizado, no qual o grupo experimental (n=30) realizou duas sessões de contato pele a pele entre 24h e 72h pós-parto e o grupo controle (n=30) não realizou a exposição nesse período. O ultrassom transfontanela foi realizado antes da primeira sessão do contato pele a pele e depois da segunda exposição. Caso fosse observado aumento da incidência de hemorragia intraperiventricular, o estudo seria interrompido. Foram coletadas por meio de questionário, informações maternas relativas à condição socioeconômica, demográfica, hábitos de vida, relações familiares e planejamento da gravidez. Foram avaliados sintomas de ansiedade (IDATE) antes e depois da exposição e sintomas de depressão pós-parto (EPDS) no sétimo dia pós-parto e aos quatro meses de idade gestacional corrigida do recém-nascido pré-termo. No grupo controle os sintomas de ansiedade foram avaliados entre 24h e 72h pós-parto. Observou-se redução de 16,6% dos sintomas de ansiedade moderada/grave após o segundo contato pele a pele. No entanto essa diferença não foi estatisticamente significativa (p=0,166). Observou-se redução dos sintomas de depressão pós-parto ao longo do tempo em ambos os grupos, sendo tal diminuição significativa no grupo controle (p=0,005). No sétimo dia pós-parto e aos quatro meses de idade gestacional corrigida do recém-nascido pré-termo não se observou diferença significativa entre os grupos (p=0,845; p=0,139; respectivamente). Houve perda de 43,6% da amostra e a análise das perdas não evidenciou diferença estatisticamente significativa. Apesar baixo poder amostral e da ausência de resultados estatisticamente significativos, essa investigação sugeriu que a aproximação mãe-filho pré-termo pode ser importante para a redução da ansiedade materna.
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Caso fosse observado aumento da incidência de hemorragia intraperiventricular, o estudo seria interrompido. Foram coletadas por meio de questionário, informações maternas relativas à condição socioeconômica, demográfica, hábitos de vida, relações familiares e planejamento da gravidez. Foram avaliados sintomas de ansiedade (IDATE) antes e depois da exposição e sintomas de depressão pós-parto (EPDS) no sétimo dia pós-parto e aos quatro meses de idade gestacional corrigida do recém-nascido pré-termo. No grupo controle os sintomas de ansiedade foram avaliados entre 24h e 72h pós-parto. Observou-se redução de 16,6% dos sintomas de ansiedade moderada/grave após o segundo contato pele a pele. No entanto essa diferença não foi estatisticamente significativa (p=0,166). Observou-se redução dos sintomas de depressão pós-parto ao longo do tempo em ambos os grupos, sendo tal diminuição significativa no grupo controle (p=0,005). No sétimo dia pós-parto e aos quatro meses de idade gestacional corrigida do recém-nascido pré-termo não se observou diferença significativa entre os grupos (p=0,845; p=0,139; respectivamente). Houve perda de 43,6% da amostra e a análise das perdas não evidenciou diferença estatisticamente significativa. Apesar baixo poder amostral e da ausência de resultados estatisticamente significativos, essa investigação sugeriu que a aproximação mãe-filho pré-termo pode ser importante para a redução da ansiedade materna.The impact of preterm birth tends to be emotionally stressful experience for most of the mothers who are susceptible to experience symptoms of anxiety and depression. Early maternal-infant separation may impair the attachment formation. The objective of this study is to investigate the influence of early skin-to-skin contact between mother and preterm infant with birth weight between 1,000 to 1,800 g on the repercussions of maternal stress. A randomized control study was performed in which the experimental group (n = 30) performed two sessions of skin to skin contact between 24 and 72 hours postpartum and control group (n=30) did not undergo exposure during this period. Transfontanellar ultrasound was performed before and after the exposure. This investigation would be interrupt if there was an increase in the incidence of intraventricular hemorrhage. Informations about maternal sócio-economic-demographic status, lifestyle, family relationships and pregnancy planning were investigated. Symptoms of anxiety (IDATE) - before and after exposure, and symptoms of postpartum depression (EPDS) -, on the seventh day after delivery and at four months' corrected gestational age of the preterm infants were evaluated. In the control group the anxiety symptoms were assessed between 24h and 72 hours postpartum. A reduction of 16.6% in the symptoms of moderate/severe anxiety after the second skin-to-skin contact was observed. However this difference was not statistically significant (p=0.166). A reduction of the symptoms of post-partum depression over time was observed in both groups, though it was significant just in the control group (p=0.005). On the seventh day after delivery and four months' corrected gestational age of the preterm infant it was not observed significant difference between groups (p=0.845, p=0.139, respectively). There was a loss to follow-up of 43.6 % of the sample and analysis of losses did not show statistically significant difference. Despite the small sample power and lack of statistically significant results, this research has sugested that maternal-preterm infant closeness is important to reduce maternal anxiety.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGApego ao objetoMães/psicologiaMétodo CanguruRelações mãe-filhoPeleRelações familiaresEstresse psicológicoFatores de tempoPediatriaTatoGravidezCiências da Saúde: Saúde da Criança e do AdolescenteContato precoce pele a pele entre mãe e recém-nascido pré-termo de 1000g a 1800g: repercussões sobre indicadores de estresse maternoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALfernanda_de_oliveira_gontijo.pdfapplication/pdf2011908https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-9UJJ8U/1/fernanda_de_oliveira_gontijo.pdff58e0875d2be7aff845517ce50444b0cMD51TEXTfernanda_de_oliveira_gontijo.pdf.txtfernanda_de_oliveira_gontijo.pdf.txtExtracted texttext/plain195324https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-9UJJ8U/2/fernanda_de_oliveira_gontijo.pdf.txtc0931b86143039f3164c530893dc8552MD521843/BUBD-9UJJ8U2019-11-14 05:18:23.501oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-9UJJ8URepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T08:18:23Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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