Viemos do mar: a resina como força originária e imagem superlativa na obra de Farnese de Andrade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Priscila Scardazan Heeren
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/LOMC-BDXLAE
Resumo: Há artistas cujas obras nascem para nos desestabilizar, deixando-nos imersos na ambivalência que se manifesta pela aparição simultânea das mais subversivas imagens em meio à inegável, contundente e perturbadora beleza. O brasileiro Farnese de Andrade (Araguari, 1926 - Rio de Janeiro, 1996) foi um desses artistas. Em sua singularidade, e conscientemente alheio aos movimentos artísticos então vigentes, fez de sua obra, locus privilegiado de transgressão por meio de suas montagens com objetos diversos gesto que partia de um impulso intensamente autobiográfico, mas que aportaria em questões universais da existência e nas vicissitudes individuais que muitas vezes compartilhamos. E, na especificidade de sua produção tridimensional, Farnese fez da resina poliéster transparente um meio singular para a realização plástica, técnica e conceitual de alguns dos principais temas de seu trabalho (tempo, origem, fecundação, maternidade, nascimento, morte, sexualidade, identidade, religião, família, dor, solidão, memória). A presente pesquisa é um recorte, um estudo em devaneio poético, das montagens, do emprego da resina e da condição da imagem resinada na obra de Farnese de Andrade, com ênfase em sua série de trabalhos intitulados Viemos do Mar. É a proposição de um olhar para um Farnese do encontro fecundo entre a areia e o mar.
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