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Daniela Mara Lima Oliveira Guimarãeshttp://lattes.cnpq.br/3932133977921090Cristina Broglia Feitosa de LacerdaGiselli Mara da SilvaElidéa Lúcia Almeida BernardinoMichelle Nave Valadãohttp://lattes.cnpq.br/6572195869344113Andréia Chagas Rocha Toffolo2022-04-06T21:34:35Z2022-04-06T21:34:35Z2022-03-03http://hdl.handle.net/1843/408440000-0002-8664-1663O conteúdo desta tese busca refletir, discutir e apresentar propostas de trabalho com a morfologia verbal, com o intuito de colaborar com a discussão sobre a importância da consciência morfológica do estudante surdo para o aprimoramento de sua escrita. Com a finalidade de identificar as principais dificuldades na escrita dos verbos, analisamos textos produzidos por 17 surdos profundos, matriculados no Ensino Fundamental II, de escolas da rede pública do estado de Minas Gerais. Realizamos uma análise quali e quantitativa dos dados. As principais dificuldades identificadas na escrita dos verbos foram: (1) erros de flexão verbal; (2) locução verbal; (3) ausência de verbos; e (4) uso inadequado de verbo. Após identificação de tais desvios, hipotetizamos que eles advém principalmente (1) da forma como os surdos percebem e processam a língua portuguesa (LP), sendo fundamentalmente visual, sem o suporte de um léxico fonológico que lhes auxilie no momento da escrita; (2) do desconhecimento ou pouco domínio do vocabulário e de aspectos da LP relacionados à flexão verbal; e (3) da transferência de conhecimentos da Libras como primeira língua (L1) para a escrita da língua portuguesa como segunda língua (L2). Pensamos, assim, na necessidade de se contemplar a consciência morfológica, considerando a Libras e com respaldo de recursos visuais. Baseando-nos nos erros mais recorrentes, os quais foram apresentados no corpus desta tese, elaboramos propostas de práticas em seis unidades que contemplam os temas: (1) Pessoas do Verbo e Referenciação no Discurso; (2) Verbos no Infinitivo; (3) Verbos no Presente; (4) Verbos no Passado; (5) Locuções Verbais, e (6) Verbos Irregulares. Pautamos nossas propostas na teoria de base estatística da Integração de Múltiplos Padrões – IMP (TREIMAN, 2018) – que postula que o aprendizado da escrita leva em conta a frequência de eventos, suas combinações e as circunstâncias em que ocorrem, desenvolvendo uma espécie de “estatística mental”, e, na perspectiva do letramento visual, na qual o ensino de aspectos visuais da escrita é priorizada em prol da oralidade (GESUELI; MOURA, 2006; LEBEDEFF, 2010; TAVEIRA; ROSADO, 2013; FARIA-NASCIMENTO, et al., 2021). As práticas propostas procuraram guiar o aprendizado, de forma consciente e intencional (CLEEREMANS, 1993), com a apresentação de regras e de generalizações morfológicas, voltadas para o desenvolvimento de habilidades de consciência morfológica, com vistas a promover uma reflexão sobre os morfemas que compõem os verbos, aumentando a compreensão de vocabulário e, consequentemente, promovendo melhorias na ortografia (NUNES et al., 2010; TRUSSELL et al., 2017). Acreditamos que é fundamental que o aprendiz surdo seja inserido em práticas de ensino significativas, com o uso de estratégias que direcionem sua atenção para detalhes de formas linguísticas, presentes na L2, em especial, para aquelas formas que não foram adquiridas por falta de um input auditivo. Apontamos ainda que há necessidade de melhor conhecimento da escrita do surdo para que atividades específicas e direcionadas possam ser produzidas com vistas a auxilia-los neste processo de apropriação da escrita da língua portuguesa tão importante para sua inserção social e acadêmica.This thesis aims to reflect, discuss and present work proposals with verbal morphology in order to collaborate with the discussion on the importance of morphological awareness of deaf students for the improvement of their writing. In order to identify the main difficulties in writing verbs, we analyzed texts produced by 17 profound deaf people enrolled in Elementary Public School in the state of Minas Gerais. We performed a qualitative and quantitative analysis of the data. The main difficulties identified in the writing of verbs were: (1) mistakes in verbal inflection; (2) verb phrase; (3) absence of verbs; and (4) inappropriate verb usage. After identifying such deviations, we hypothesize that they arise mainly from (1) the way deaf people perceive and process the Portuguese Language (PL), being fundamentally visual, without the support of a phonological lexicon to help them at the time of writing; (2) lack of knowledge or lack of mastery of vocabulary and aspects of PL related to verbal inflection; and (3) the transfer of knowledge from Brazilian Sign Language (Libras) as a first language (L1) to writing Portuguese as a second language (L2). We think, therefore, of the need to contemplate morphological awareness, considering Libras and with the support of visual resources. Based on the most recurrent mistakes presented on this thesis, we developed proposals for practices in six units that cover the themes: (1) Persons of the Verb and Referencing in Discourse; (2) Verbs in the Infinitive; (3) Verbs in the Present tense; (4) Verbs in the Past; (5) Verb Phrases, and (6) Irregular Verbs. We base our proposals on the statistical theory of Integration of Multiple Patterns – IMP (TREIMAN, 2018) – which postulates that learning to write takes into account the frequency of events, their combinations and the circumstances in which they occur, developing a kind of “ mental statistics”, and, from the perspective of visual literacy, in which the teaching of visual aspects of writing is prioritized in favor of orality (GESUELI; MOURA, 2006; LEBEDEFF, 2010; TAVEIRA; ROSADO, 2013; FARIA-NASCIMENTO, et al., 2021). The proposed practices sought to guide the learning in a conscious and intentional way (CLEEREMANS, 1993), with the presentation of rules and morphological generalizations aimed at the development of morphological awareness skills, with a view to promoting a reflection on the morphemes that form verbs, increasing vocabulary comprehension and, consequently, promoting improvements in spelling (NUNES et al., 2010; TRUSSELL et al., 2017). We believe that it is essential that the deaf learner is inserted into meaningful teaching practices, using strategies that direct their attention to details of linguistic forms, present in L2, in particular, to those forms that were not acquired due to lack of an auditory input. We also point out that there is a need for better knowledge of the writing of the deaf so that specific and targeted activities can be produced with a view to assisting them in this process of appropriation of the writing of the Portuguese Language, which is so important for their social and academic insertion.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Estudos LinguísticosUFMGBrasilFALE - FACULDADE DE LETRASLíngua portuguesa (Ensino fundamental) – Verbos – Estudo e ensinoLíngua portuguesa – EscritaEstudantes surdosSurdos – EducaçãoLíngua portuguesa – MorfologiaEducação de surdosPortuguês como segunda LínguaConsciência morfológicaAprendizagem estatísticaLetramento visualProdução escrita de alunos surdos e consciência morfológicaWritten production of deaf students and morphological awarenessinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALProdução escrita de alunos surdos e consciência morfológica.pdfProdução escrita de alunos surdos e consciência morfológica.pdfapplication/pdf7006544https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/40844/1/Produ%c3%a7%c3%a3o%20escrita%20de%20alunos%20surdos%20e%20consci%c3%aancia%20morfol%c3%b3gica.pdfaf5d447d3a3cf750d36b6c185f53382bMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/40844/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD521843/408442022-04-06 18:34:35.564oai:repositorio.ufmg.br:1843/40844TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-04-06T21:34:35Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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