Cultura e afetividade: um estudo da influência dos processos de enculturação e aculturação matemática na dimensão afetiva dos alunos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/FAEC-84WPCT |
Resumo: | Este estudo identifica o quanto a aprendizagem matemática escolar pode ser vista como um processo de enculturação ou de aculturação (Bishop 1988, 2002a). Para tal, examinou-se a prática de duas professoras do Ensino Fundamental, em termos da noção de professor-aculturador de Bishop, e as reações afetivas dos alunos expressas em relação às suas aprendizagens e respostas às práticas de suas professoras. Tais reações foram identificadas em termos de crenças (Gómez Chacón, Op t Eynde & De Corte 2006), sentimentos de fundo (Damásio 1996, 2004) e atitudes (Brito & Gonçalez 2001). A partir de uma abordagem qualitativa, caracterizada pela observação participante nos moldes da pesquisa etnográfica, foram utilizados os seguintes instrumentos de coleta de dados: (a) registro em áudio e vídeo de observações em sala; (b) registro em áudio de entrevistas com todos os alunos participantes; (c) diário de campo com registro escrito. Dados são apresentados para fundamentar os argumentos e conjecturas. Os resultados de pesquisa apontam para o fato de que os parâmetros propostos por Bishop, para identificar um professor aculturador, não são suficientes para descrever a complexidade da prática do professor e da reação afetiva dos alunos a essa prática e em relação à Matemática. Acerca das implicações pedagógicas, aponta-se para a importância do professor de Matemática estar ciente de que os valores que revela em sala de aula vistos em termos dos processos de enculturação e aculturação têm um poder (positivo ou negativo) real de influência na afetividade dos alunos em suas diferentes manifestações. Tem-se que tal influência não tem sido suficientemente discutida no campo de pesquisa sobre desenvolvimento profissional de professores de Matemática |
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Cristina de Castro FradeMarcos Vieira SilvaTarcisio Mauro VagoMarcia Maria Fusaro PintoDiogo Alves de Faria Reis2019-08-11T23:30:46Z2019-08-11T23:30:46Z2008-09-17http://hdl.handle.net/1843/FAEC-84WPCTEste estudo identifica o quanto a aprendizagem matemática escolar pode ser vista como um processo de enculturação ou de aculturação (Bishop 1988, 2002a). Para tal, examinou-se a prática de duas professoras do Ensino Fundamental, em termos da noção de professor-aculturador de Bishop, e as reações afetivas dos alunos expressas em relação às suas aprendizagens e respostas às práticas de suas professoras. Tais reações foram identificadas em termos de crenças (Gómez Chacón, Op t Eynde & De Corte 2006), sentimentos de fundo (Damásio 1996, 2004) e atitudes (Brito & Gonçalez 2001). A partir de uma abordagem qualitativa, caracterizada pela observação participante nos moldes da pesquisa etnográfica, foram utilizados os seguintes instrumentos de coleta de dados: (a) registro em áudio e vídeo de observações em sala; (b) registro em áudio de entrevistas com todos os alunos participantes; (c) diário de campo com registro escrito. Dados são apresentados para fundamentar os argumentos e conjecturas. Os resultados de pesquisa apontam para o fato de que os parâmetros propostos por Bishop, para identificar um professor aculturador, não são suficientes para descrever a complexidade da prática do professor e da reação afetiva dos alunos a essa prática e em relação à Matemática. Acerca das implicações pedagógicas, aponta-se para a importância do professor de Matemática estar ciente de que os valores que revela em sala de aula vistos em termos dos processos de enculturação e aculturação têm um poder (positivo ou negativo) real de influência na afetividade dos alunos em suas diferentes manifestações. Tem-se que tal influência não tem sido suficientemente discutida no campo de pesquisa sobre desenvolvimento profissional de professores de MatemáticaThis study identifies the degree to which mathematics learning approximates either to a process of enculturation or to a process of acculturation (Bishop 1988, 2002a). We examine the practices of two secondary Mathematics teachers, in terms of Bishops notion of acculturator-teacher, and the students affective reactions, which they expressed both in relation to their learning and responses to their teachers practice. These reactions are examined in terms of beliefs (Gómez Chacón, Op t Eynde & De Corte 2006), background feelings (Damasio 1996, 2004) and attitudes (Brito & Gonçalez 2001). The researcher acted as participant observer in the manner of ethnography and data were collected by: a) audio and video recorder of a sequence of mathematics lessons, b) audio recorder of interviews with the students, c) audio and written registers of observations in class. Data are presented to support our arguments and conjectures. We conclude by discussing two main pedagogical implications resulting from the study: 1) teachers' practices showed being characterized by other relevant aspects, such as the supportive and affective ways in which the teachers assist their students, that go beyond the scope of the notion of acculturator-teachers, 2) teachers values viewed in terms of the processes of enculturation and acculturation - have a powerful (negative or positive) influence on the students affect. This influence (or the students affect) is not sufficiently discussed in the research field of teachers professional development.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGMatematica Estudo e ensinoEducaçãoAfetividade Cultura Aculturação Crenças EnculturaçãoEducação matemáticaAculturaçãoCulturaAfetividadeSentimentos de fundoAtitudesCrençasCultura e afetividade: um estudo da influência dos processos de enculturação e aculturação matemática na dimensão afetiva dos alunosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisssertacao___versao_final___p_s_banca.pdfapplication/pdf681990https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/FAEC-84WPCT/1/disssertacao___versao_final___p_s_banca.pdf71943ffd891475980585acb87e48c252MD51TEXTdisssertacao___versao_final___p_s_banca.pdf.txtdisssertacao___versao_final___p_s_banca.pdf.txtExtracted texttext/plain238047https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/FAEC-84WPCT/2/disssertacao___versao_final___p_s_banca.pdf.txta1f7e76a9eb48c33e010e6aaa0c183f7MD521843/FAEC-84WPCT2019-11-14 09:47:33.616oai:repositorio.ufmg.br:1843/FAEC-84WPCTRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T12:47:33Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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