spelling |
Marcella Guimarães Assishttp://lattes.cnpq.br/2521824049877155http://lattes.cnpq.br/1709310915042493Carolina de Senna Figueiredo2022-08-16T17:09:59Z2022-08-16T17:09:59Z2021-10-15http://hdl.handle.net/1843/44280Nas últimas décadas, observou-se o envelhecimento populacional no Brasil e no mundo. O aumento da longevidade reflete mudanças culturais e avanços na área da saúde. Nesse cenário, podem existir dificuldades em manter um cuidado adequado ao idoso em seu domicílio. Sendo assim, as Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI) se apresentam como uma possibilidade de cuidado. Para muitos idosos, a ILPI será uma nova moradia e o local onde passarão os seus últimos dias. Dessa maneira, o terapeuta ocupacional precisa proporcionar a eles uma assistência digna no momento da morte. Nesse contexto, essa tese buscou investigar as percepções dos terapeutas ocupacionais que atuam nas ILPI sobre a morte e o morrer. Foram realizados dois estudos que utilizaram a metodologia qualitativa. O primeiro teve como objetivo compreender as percepções dos terapeutas ocupacionais sobre a morte e o morrer nas ILPI. Os dados desse estudo foram coletados por meio de grupos focais e analisados utilizando-se a Análise Temática. Doze terapeutas ocupacionais participaram do estudo e dois temas foram gerados: “A experiência da morte e do morrer” e “A abordagem dos terapeutas ocupacionais frente a morte e o morrer”. Os resultados mostraram que a morte e o morrer permeiam o cotidiano dos terapeutas ocupacionais de uma maneira complexa e conflitante. A morte se apresenta como um fenômeno repleto de valores e significados e em alguns momentos como tabu e sinônimo de fracasso. A abordagem da morte e do morrer requer estratégias de atuação dos terapeutas ocupacionais que atendam às reais necessidades dos idosos nas ILPI. Dessa forma, os resultados desse estudo podem contribuir para uma melhor assistência aos idosos institucionalizados em processo de morte e morrer. O segundo estudo objetivou discutir as percepções dos terapeutas ocupacionais sobre a morte e outras perdas na pandemia de COVID-19 em ILPI. Realizou-se entrevistas em profundidade com oito terapeutas ocupacionais. Dois temas foram gerados, após a realização da Análise Temática. No primeiro, “Perda tangível: a proximidade da morte”, os entrevistados abordaram a sensação de morte iminente e sentimentos relacionados à sua própria morte, de seus familiares e dos idosos. O segundo tema, “Perdas simbólicas na vida”, os terapeutas ocupacionais enfatizaram três grupos de perdas: sociais, funcionais e psicológicas/cognitivas. Os resultados desse estudo mostraram que a pandemia afetou diretamente os idosos e os terapeutas ocupacionais nas ILPI, impondo uma necessidade de reflexão sobre a finitude e a fragilidade humana. Esses profissionais enfrentam um momento desafiador e espera- se que esse estudo possa contribuir para o aprimoramento da assistência aos idosos institucionalizados durante a pandemia de COVID-19. Por fim, essa tese mostrou que a vivência da morte e do morrer é desafiadora e requer, em especial neste momento de pandemia, estratégias inovadoras de ação dos terapeutas ocupacionais.There has been an increase in aging populations in Brazil and in the world in recent decades. The increase in longevity reflects cultural changes and advances in healthcare. There may be difficulties in this scenario in maintaining adequate care for older adults at home. Thus, Long-Term Care Facilities (LTCFs) for older adults present themselves as a possibility to provide care. LTCFs will be a new home for many older adults, and the place where they will spend their last days. Thus, occupational therapists need to provide them with dignified care at the time of death. In this context, this thesis sought to investigate the perceptions of occupational therapists who work in LTCFs about death and dying. Two studies were carried out using a qualitative methodology. The first aimed to understand the perceptions of occupational therapists about death and dying in LTCFs. Data from this study were collected through focus groups and analyzed using Thematic Analysis. A total of 12 occupational therapists participated in the study and two themes were generated: “The experience of death and dying” and “The approach of occupational therapists in facing death and dying”. The results showed that death and dying permeate the daily lives of occupational therapists in a complex and conflicting way. Death presents itself as a phenomenon full of values and meanings and at times as taboo and synonymous with failure. The approach to death and dying requires occupational therapists to implement action strategies which attend to the real needs of older adults in LTCFs. Thus, the results of this study can contribute to better care for institutionalized older adults in the process of death and dying. The second study aimed to discuss the perceptions of occupational therapists about death and other losses in the COVID-19 pandemic in LTCFs. In-depth interviews were conducted with eight occupational therapists, and two themes were generated after carrying out the Thematic Analysis. In the first, “Tangible loss: the proximity of death”, the interviewees addressed the feeling of imminent death and feelings related to their own death, that of their family members and the older adults. For the second theme, “Symbolic losses in life”, occupational therapists emphasized three groups of losses: social, functional and psychological/cognitive. The results of this study showed that the Pandemic directly affected older adults and occupational therapists in LTCFs, imposing a need to reflect on human finitude and frailty. These professionals face a challenging moment and it is hoped that this study can contribute to improve the care for institutionalized older adults during the COVID-19 Pandemic. Finally, this thesis showed that the experience of death and dying is challenging and requires innovative action strategies by occupational therapists, especially at this time during the COVID-19 pandemic.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Ciências da ReabilitaçãoUFMGBrasilEEFFTO - ESCOLA DE EDUCAÇÃO FISICA, FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONALIdosos - saúde e higieneEnvelhecimentoIdosos - assistência em instituiçõesTerapia ocupacionalIdosoMorteInstituição de longa permanência para idososTerapeutas ocupacionaisCOVID-19A morte e o morrer nas instituições de longa permanência para idosos sob a percepção dos terapeutas ocupacionais: um estudo qualitativoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALA MORTE E O MORRER NAS INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS SOB A PERCEPÇÃO DOS TERAPEUTAS OCUPACIONAIS UM ESTUDO QUALITATIVO Carolina de Senna Figueiredo-final2.pdfA MORTE E O MORRER NAS INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS SOB A PERCEPÇÃO DOS TERAPEUTAS OCUPACIONAIS UM ESTUDO QUALITATIVO Carolina de Senna Figueiredo-final2.pdfapplication/pdf5780482https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/44280/3/A%20MORTE%20E%20O%20MORRER%20NAS%20INSTITUI%c3%87%c3%95ES%20DE%20LONGA%20PERMAN%c3%8aNCIA%20PARA%20IDOSOS%20SOB%20A%20PERCEP%c3%87%c3%83O%20DOS%20TERAPEUTAS%20OCUPACIONAIS%20UM%20ESTUDO%20QUALITATIVO%20%20%20Carolina%20de%20Senna%20Figueiredo-final2.pdfb4abbaad67fc52f4ed18638ac78f1f88MD53LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/44280/4/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD541843/442802022-08-16 14:10:00.4oai:repositorio.ufmg.br:1843/44280TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-08-16T17:10Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
|