Variáveis epidemiológicas na mortalidade perinatal em Belo Horizonte

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carlos Dalton Machado
Data de Publicação: 1989
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8PTFMJ
Resumo: O estudo de tendência da Mortalidade Infantil em Belo Horizonte evidenciou uma redução de 46,6% da TMI na série histórica de 1977 a 1987. As maiores modificações ocorridas, em sua estrutura por causas, se verificaram nas mortes causadas por doenças infecciosas e parasitárias, com a principal redução no grupo das enterites. O declínio não se deveu a fenômenos aleatórios em todos os grupos de causas (TAU próximo a 1), exceto para o grupo "Causas Originadas no Período Perinatal" (TAU: 0,566328). 0 componente pós-neonatal foi o que apresentou o maior declínio (57,5%). A mortalidade neonatal foi responsável por 54,7% dos óbitos infantis no ano de 1987, último da série. Ao abordar aspectos qualitativos do Subsistema de Informação em Mortalidade e no Registro Civil, são apresenta dos aspectos que limitam a interpretação das taxas e tendências, principalmente devido aos registros extemporâneos de nascimentos. Na cidade de Belo Horizonte apresentaram ocorrência média de 10,4%, quando levantados até oito anos após o ano de ocorrência, para as séries completas de 1974 a 1979. Foram detectadas distorções em critérios de codificação das causas de morte. O critério de restrição de idade de 11 meses para todas as causas englobadas no grupo das causas originadas no período perinatal, incorpora os diagnósticos de "septicemias" ocorridas até aquela idade-limite, ao grupo das causas perinatais, o que implicou para o ano de 1987, em uma elevação de 19,3% na mortalidade específica por aquelas causas. O estudo de 2412 certificados de óbitos fetais e neonatais ocorridos no ano de 1987 evidenciou um índice de 5,8% de erros de codificação. Para o estudo das causas de morte, foi incorporada modificação conceitual, utilizando-se prematuridade" como Causa Básica, sempre que notificada como diagnóstico ou idade gestacional. Para os óbitos fetais as afecções maternas contribuíram para 63,8% das ocorrências, sendo que a hipertensão arterial contribuiu com 22,5%. A prematuridade contribuiu com 19% dos óbitos perinatais e as infecções nosocomiais apresentaram-se como componente importante na mortalidade neonatal. Os resultados obtidos apontam prioridades no planejamento das ações de saúde, e "eventos sentinela" a serem monitorizados. A análise da estruturação dos dados na composição das taxas de mortalidade apontam para a necessidade de reformulações no sistema de notificação e registro de eventos vitais.
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