Sistemas agroflorestais como estratégia para restauração ecológica na Bacia do Rio Doce

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Caroline de Souza Cruz Salomão
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/33855
Resumo: Em um contexto de intensa degradação ambiental como o da Bacia do Rio Doce, é necessário pensar em estratégias para restauração ecológica que contemplem a esfera ambiental, econômica e social. A conservação e proteção das áreas de preservação permanente (APPs) e reservas legais (RLs), é uma ação fundamental para se alcançar essa restauração, por inclusive, desempenharem funções ecológicas necessárias para o bom funcionamento dos ecossistemas. Para isso é crucial promover a restauração de 21 milhões de hectares de passivo de APP e RL, distribuídos em todo território nacional e necessários para a regularização perante o Código Florestal. Os sistemas agroflorestais (SAFs) têm o potencial de viabilizar a regularização ambiental ao conciliar a restauração ecológica com geração de emprego e renda. Porém, existem ainda muitas dúvidas sobre as modalidades de SAFs que serão aceitas no contexto da regularização ambiental, assim como a viabilidade econômica dessas alternativas. Dessa forma, o presente estudo propõe uma análise das legislações estaduais dos Programas de Regularização Ambiental (PRA) e de regulamentações específicas para implantação de SAFs, com especial atenção ao desenho dessas políticas em Minas Gerais. A partir do delineamento das possibilidades de SAFs permitidas pela legislação ambiental, foram definidos dois cenários: conservacionista (com especificidades ecológicas, como a porcentagem mínima de espécies zoocóricas, permanência de todos os grupos ecológicos, proibição do replantio de espécies exóticas etc) e flexível (menos específico e restritivo, com o uso de espécies exóticas invasoras, manejo sustentável dos indivíduos de espécies ameaçadas de extinção, flexibilidade na composição dos SAFs em APPs até 3 anos após a sua implantação etc). Esses cenários regulatórios, por sua vez, juntamente com o modelo Otimizagro e dados da Pesquisa Agrícola Municipal e da Pesquisa Municipal da Pecuária, foram utilizados para a definição de pacotes agroflorestais com base em cultivos e atividades econômicas chaves presentes na Bacia do Rio Doce. De modo a compreender o impacto socioeconômico desses cenários regulatórios, foi escolhido um imóvel rural na bacia, para simular o retorno econômico dos cenários conservacionista e flexível. Conclui-se que os pacotes agroflorestais desenvolvidos com as premissas do cenário flexível, apresentaram uma melhor avaliação financeira do que os do cenário conservacionista. O SAF nativas, banana e café, proposto para APP, foi constituído de forma biodiversa, dando preferência por espécies que possam fornecer um retorno econômico a curto prazo, como as nativas pioneiras e secundárias, e com aproveitamento máximo das espécies, por esta razão trouxe o elemento herbáceo (banana) para sua composição nos primeiros 5 anos e a exploração frutífera de 100% dos indivíduos da juçara. Já o SAF nativas, eucalipto, milho e feijão, desenvolvido para RLs, traz como responsável pela sua rentabilidade financeira o Eucalipto Urograndis, largamente utilizado na bacia para produção de papel e celulose, mas que seu uso foi restringido em algumas regulamentações específicas, e trouxe também, o consórcio milho e feijão, que evidencia a necessidade de atender a demanda leiteira da bacia. Este pacote apresentou o menor pay back de todos, apenas 6 anos. Tais análises indicam uma tendência a serem definidas legislações que tragam menos especificações e que se atentem mais para o resultado ecológico final do que para o desenho inicial. Entretanto, algumas questões precisam ser debatidas, principalmente no que tange a avaliação e monitoramento, a fim de evitar a prorrogação do prazo de adequação. Outro ponto seria o delta econômico entre SAFs conservacionistas e flexíveis, que poderia ser compensado por outras políticas como a de Pagamento por Serviços Ambientais (PSAs).
id UFMG_83d83bd08f56f8ee19e96287a727535b
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/33855
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Raoni Guerra Lucas Rajãohttp://lattes.cnpq.br/8230430746330911Sónia Maria Carvalho RibeiroFernando Figueiredo GoulartRodrigo Pinto da Matta MachadoJosé Mário Ferreira Lobohttp://lattes.cnpq.br/0433159155145945Caroline de Souza Cruz Salomão2020-07-24T00:34:03Z2020-07-24T00:34:03Z2019-05-27http://hdl.handle.net/1843/33855Em um contexto de intensa degradação ambiental como o da Bacia do Rio Doce, é necessário pensar em estratégias para restauração ecológica que contemplem a esfera ambiental, econômica e social. A conservação e proteção das áreas de preservação permanente (APPs) e reservas legais (RLs), é uma ação fundamental para se alcançar essa restauração, por inclusive, desempenharem funções ecológicas necessárias para o bom funcionamento dos ecossistemas. Para isso é crucial promover a restauração de 21 milhões de hectares de passivo de APP e RL, distribuídos em todo território nacional e necessários para a regularização perante o Código Florestal. Os sistemas agroflorestais (SAFs) têm o potencial de viabilizar a regularização ambiental ao conciliar a restauração ecológica com geração de emprego e renda. Porém, existem ainda muitas dúvidas sobre as modalidades de SAFs que serão aceitas no contexto da regularização ambiental, assim como a viabilidade econômica dessas alternativas. Dessa forma, o presente estudo propõe uma análise das legislações estaduais dos Programas de Regularização Ambiental (PRA) e de regulamentações específicas para implantação de SAFs, com especial atenção ao desenho dessas políticas em Minas Gerais. A partir do delineamento das possibilidades de SAFs permitidas pela legislação ambiental, foram definidos dois cenários: conservacionista (com especificidades ecológicas, como a porcentagem mínima de espécies zoocóricas, permanência de todos os grupos ecológicos, proibição do replantio de espécies exóticas etc) e flexível (menos específico e restritivo, com o uso de espécies exóticas invasoras, manejo sustentável dos indivíduos de espécies ameaçadas de extinção, flexibilidade na composição dos SAFs em APPs até 3 anos após a sua implantação etc). Esses cenários regulatórios, por sua vez, juntamente com o modelo Otimizagro e dados da Pesquisa Agrícola Municipal e da Pesquisa Municipal da Pecuária, foram utilizados para a definição de pacotes agroflorestais com base em cultivos e atividades econômicas chaves presentes na Bacia do Rio Doce. De modo a compreender o impacto socioeconômico desses cenários regulatórios, foi escolhido um imóvel rural na bacia, para simular o retorno econômico dos cenários conservacionista e flexível. Conclui-se que os pacotes agroflorestais desenvolvidos com as premissas do cenário flexível, apresentaram uma melhor avaliação financeira do que os do cenário conservacionista. O SAF nativas, banana e café, proposto para APP, foi constituído de forma biodiversa, dando preferência por espécies que possam fornecer um retorno econômico a curto prazo, como as nativas pioneiras e secundárias, e com aproveitamento máximo das espécies, por esta razão trouxe o elemento herbáceo (banana) para sua composição nos primeiros 5 anos e a exploração frutífera de 100% dos indivíduos da juçara. Já o SAF nativas, eucalipto, milho e feijão, desenvolvido para RLs, traz como responsável pela sua rentabilidade financeira o Eucalipto Urograndis, largamente utilizado na bacia para produção de papel e celulose, mas que seu uso foi restringido em algumas regulamentações específicas, e trouxe também, o consórcio milho e feijão, que evidencia a necessidade de atender a demanda leiteira da bacia. Este pacote apresentou o menor pay back de todos, apenas 6 anos. Tais análises indicam uma tendência a serem definidas legislações que tragam menos especificações e que se atentem mais para o resultado ecológico final do que para o desenho inicial. Entretanto, algumas questões precisam ser debatidas, principalmente no que tange a avaliação e monitoramento, a fim de evitar a prorrogação do prazo de adequação. Outro ponto seria o delta econômico entre SAFs conservacionistas e flexíveis, que poderia ser compensado por outras políticas como a de Pagamento por Serviços Ambientais (PSAs).In a context of intense environmental degradation such as the Rio Doce Basin, it is necessary to think of strategies for ecological restoration that contemplate the environmental, economic and social sphere. The conservation and protection of permanent preservation areas (PPAs) and legal reserves (RLs) is a fundamental action to achieve this restoration, and even perform ecological functions necessary for the proper functioning of ecosystems. To this end, it is crucial to promote the restoration of 21 million hectares of APP and RL liabilities, distributed throughout the national territory and necessary for regularization under the Forest Code. Agroforestry systems (SAFs) have the potential to enable environmental regularization by reconciling ecological restoration with job and income generation. However, there are still many doubts about the types of SAFs that will be accepted in the context of environmental regulation, as well as the economic viability of these alternatives. Thus, the present study proposes an analysis of the state legislations of the Environmental Regularization Programs (PRA) and specific regulations for implementation of SAFs, with special attention to the design of these policies in Minas Gerais. From the outline of the possibilities of SAFs allowed by environmental legislation, two scenarios were defined: conservationist (with ecological specificities, such as the presence of zoological species, permanence of all ecological groups, prohibition of replanting exotic species, etc.) and flexible less specific and restrictive, with the use of invasive alien species, sustainable management of individuals from endangered species, flexibility in the composition of SAFs in APPs up to 3 years after their implementation, etc.). These regulatory scenarios, in turn, were used to define agroforestry packages based on key crops and economic activities in the Rio Doce Basin. In order to understand the socioeconomic impact of these regulatory scenarios, a rural property was chosen in the basin to simulate the economic return of the conservation and flexible scenarios. It is concluded that the agroforestry packages developed with the premises of the flexible scenario, presented a better financial evaluation than those of the conservationist scenario. The native SAF, banana and coffee, proposed for APP, was constituted in a biodiverse way, giving preference to species that can provide a short-term economic return, such as the pioneer and secondary natives, and with maximum utilization of the species, for this reason the herbaceous element (banana) for its composition in the first 5 years and the fruitful exploitation of 100% of the individuals of the juçara. On the other hand, the native SAF, eucalyptus, maize and beans developed for RLs brings the Eucalyptus Urograndis, widely used in the pulp and paper production basin, to be responsible for its financial profitability, but its use has been restricted in some specific regulations, Also, the corn and beans consortium, which highlights the need to meet the milk demand of the basin. This package presented the lowest pay back of all, only 6 years. Such analyzes indicate a tendency to define legislation that has less specification and is more focused on the final ecological result than on the initial design. However, some issues need to be debated, especially regarding the evaluation and monitoring, being suggested through ecological indicators, measured at the end of the process, and in a self-declaratory manner, such actions could eventually extend the term of adequacy. Another point would be the economic delta between conservationist and flexible SAFs, which could be offset by other policies such as Payment for Environmental Services (PSAs).porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Análise e Modelagem de Sistemas AmbientaisUFMGBrasilIGC - DEPARTAMENTO DE CARTOGRAFIAhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessModelagem de dados – Aspectos ambientaisÁreas protegidasDireito ambientalDoce, Rio, Bacia (MG e ES)Áreas de preservação permanenteModelagem econômicaReserva legalRestauração ecológicaSistemas agroflorestaisSistemas agroflorestais como estratégia para restauração ecológica na Bacia do Rio DoceAgroforestry systems as a strategy for ecological restoration in Rio Doce basininfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALSalomão (2019)_Sistemas Agroflorestais como estratégia para restauração ecológica na Bacia do Rio Doce_vsf.pdfSalomão (2019)_Sistemas Agroflorestais como estratégia para restauração ecológica na Bacia do Rio Doce_vsf.pdfAbertoapplication/pdf5701450https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/33855/1/Salom%c3%a3o%20%282019%29_Sistemas%20Agroflorestais%20como%20estrat%c3%a9gia%20para%20restaura%c3%a7%c3%a3o%20ecol%c3%b3gica%20na%20Bacia%20do%20Rio%20Doce_vsf.pdf0ee11e14ae6463705338415886db1c60MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/33855/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/33855/3/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD531843/338552020-07-23 21:34:04.001oai:repositorio.ufmg.br:1843/33855TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2020-07-24T00:34:04Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Sistemas agroflorestais como estratégia para restauração ecológica na Bacia do Rio Doce
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv Agroforestry systems as a strategy for ecological restoration in Rio Doce basin
title Sistemas agroflorestais como estratégia para restauração ecológica na Bacia do Rio Doce
spellingShingle Sistemas agroflorestais como estratégia para restauração ecológica na Bacia do Rio Doce
Caroline de Souza Cruz Salomão
Áreas de preservação permanente
Modelagem econômica
Reserva legal
Restauração ecológica
Sistemas agroflorestais
Modelagem de dados – Aspectos ambientais
Áreas protegidas
Direito ambiental
Doce, Rio, Bacia (MG e ES)
title_short Sistemas agroflorestais como estratégia para restauração ecológica na Bacia do Rio Doce
title_full Sistemas agroflorestais como estratégia para restauração ecológica na Bacia do Rio Doce
title_fullStr Sistemas agroflorestais como estratégia para restauração ecológica na Bacia do Rio Doce
title_full_unstemmed Sistemas agroflorestais como estratégia para restauração ecológica na Bacia do Rio Doce
title_sort Sistemas agroflorestais como estratégia para restauração ecológica na Bacia do Rio Doce
author Caroline de Souza Cruz Salomão
author_facet Caroline de Souza Cruz Salomão
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Raoni Guerra Lucas Rajão
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/8230430746330911
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Sónia Maria Carvalho Ribeiro
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Fernando Figueiredo Goulart
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Rodrigo Pinto da Matta Machado
dc.contributor.referee4.fl_str_mv José Mário Ferreira Lobo
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/0433159155145945
dc.contributor.author.fl_str_mv Caroline de Souza Cruz Salomão
contributor_str_mv Raoni Guerra Lucas Rajão
Sónia Maria Carvalho Ribeiro
Fernando Figueiredo Goulart
Rodrigo Pinto da Matta Machado
José Mário Ferreira Lobo
dc.subject.por.fl_str_mv Áreas de preservação permanente
Modelagem econômica
Reserva legal
Restauração ecológica
Sistemas agroflorestais
topic Áreas de preservação permanente
Modelagem econômica
Reserva legal
Restauração ecológica
Sistemas agroflorestais
Modelagem de dados – Aspectos ambientais
Áreas protegidas
Direito ambiental
Doce, Rio, Bacia (MG e ES)
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Modelagem de dados – Aspectos ambientais
Áreas protegidas
Direito ambiental
Doce, Rio, Bacia (MG e ES)
description Em um contexto de intensa degradação ambiental como o da Bacia do Rio Doce, é necessário pensar em estratégias para restauração ecológica que contemplem a esfera ambiental, econômica e social. A conservação e proteção das áreas de preservação permanente (APPs) e reservas legais (RLs), é uma ação fundamental para se alcançar essa restauração, por inclusive, desempenharem funções ecológicas necessárias para o bom funcionamento dos ecossistemas. Para isso é crucial promover a restauração de 21 milhões de hectares de passivo de APP e RL, distribuídos em todo território nacional e necessários para a regularização perante o Código Florestal. Os sistemas agroflorestais (SAFs) têm o potencial de viabilizar a regularização ambiental ao conciliar a restauração ecológica com geração de emprego e renda. Porém, existem ainda muitas dúvidas sobre as modalidades de SAFs que serão aceitas no contexto da regularização ambiental, assim como a viabilidade econômica dessas alternativas. Dessa forma, o presente estudo propõe uma análise das legislações estaduais dos Programas de Regularização Ambiental (PRA) e de regulamentações específicas para implantação de SAFs, com especial atenção ao desenho dessas políticas em Minas Gerais. A partir do delineamento das possibilidades de SAFs permitidas pela legislação ambiental, foram definidos dois cenários: conservacionista (com especificidades ecológicas, como a porcentagem mínima de espécies zoocóricas, permanência de todos os grupos ecológicos, proibição do replantio de espécies exóticas etc) e flexível (menos específico e restritivo, com o uso de espécies exóticas invasoras, manejo sustentável dos indivíduos de espécies ameaçadas de extinção, flexibilidade na composição dos SAFs em APPs até 3 anos após a sua implantação etc). Esses cenários regulatórios, por sua vez, juntamente com o modelo Otimizagro e dados da Pesquisa Agrícola Municipal e da Pesquisa Municipal da Pecuária, foram utilizados para a definição de pacotes agroflorestais com base em cultivos e atividades econômicas chaves presentes na Bacia do Rio Doce. De modo a compreender o impacto socioeconômico desses cenários regulatórios, foi escolhido um imóvel rural na bacia, para simular o retorno econômico dos cenários conservacionista e flexível. Conclui-se que os pacotes agroflorestais desenvolvidos com as premissas do cenário flexível, apresentaram uma melhor avaliação financeira do que os do cenário conservacionista. O SAF nativas, banana e café, proposto para APP, foi constituído de forma biodiversa, dando preferência por espécies que possam fornecer um retorno econômico a curto prazo, como as nativas pioneiras e secundárias, e com aproveitamento máximo das espécies, por esta razão trouxe o elemento herbáceo (banana) para sua composição nos primeiros 5 anos e a exploração frutífera de 100% dos indivíduos da juçara. Já o SAF nativas, eucalipto, milho e feijão, desenvolvido para RLs, traz como responsável pela sua rentabilidade financeira o Eucalipto Urograndis, largamente utilizado na bacia para produção de papel e celulose, mas que seu uso foi restringido em algumas regulamentações específicas, e trouxe também, o consórcio milho e feijão, que evidencia a necessidade de atender a demanda leiteira da bacia. Este pacote apresentou o menor pay back de todos, apenas 6 anos. Tais análises indicam uma tendência a serem definidas legislações que tragam menos especificações e que se atentem mais para o resultado ecológico final do que para o desenho inicial. Entretanto, algumas questões precisam ser debatidas, principalmente no que tange a avaliação e monitoramento, a fim de evitar a prorrogação do prazo de adequação. Outro ponto seria o delta econômico entre SAFs conservacionistas e flexíveis, que poderia ser compensado por outras políticas como a de Pagamento por Serviços Ambientais (PSAs).
publishDate 2019
dc.date.issued.fl_str_mv 2019-05-27
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2020-07-24T00:34:03Z
dc.date.available.fl_str_mv 2020-07-24T00:34:03Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/33855
url http://hdl.handle.net/1843/33855
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Análise e Modelagem de Sistemas Ambientais
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv IGC - DEPARTAMENTO DE CARTOGRAFIA
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/33855/1/Salom%c3%a3o%20%282019%29_Sistemas%20Agroflorestais%20como%20estrat%c3%a9gia%20para%20restaura%c3%a7%c3%a3o%20ecol%c3%b3gica%20na%20Bacia%20do%20Rio%20Doce_vsf.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/33855/2/license_rdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/33855/3/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 0ee11e14ae6463705338415886db1c60
cfd6801dba008cb6adbd9838b81582ab
34badce4be7e31e3adb4575ae96af679
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589559882088448