Freqüência e fatores relacionados à disfagia orofaríngea após acidente vascular encefálico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Erica Oliveira Almeida
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-8AFM2W
Resumo: A freqüência de disfagia após o AVE é bastante diferente nos diversos estudos realizados. Os fatores de risco para disfagia e a associação entre a localização do AVE e a característica da deglutição também são bastante controversos na literatura. Os objetivos deste estudo são verificar a freqüência de disfagia orofaríngea em pacientes acometidos pelo AVE, relacionar o tipo e o grau da disfagia com os subtipos da doença e sua fisiopatologia e observar a evolução da disfagia durante o período de internação hospitalar. Além disso, comparar pacientes disfágicos e não disfágicos acometidos pelo AVE no que se refere à variáveis sócio-demográficas e clínicas. Foi realizado um estudo descritivo do tipo transversal em que foram avaliados 100 pacientes consecutivos admitidos com o diagnóstico de AVE no Hospital Público Regional de Betim. Os pacientes foram submetidos à avaliação fonoaudiológica sistemática e dados clínicos e sócio-demográficos foram coletados do prontuário e/ou através de entrevista. O AVE foi classificado de acordo com o tipo, a localização e a fisiopatologia. Dados da avaliação clínica da deglutição e da localização e fisiopatologia da lesão foram correlacionados. Para avaliação clínica da deglutição foi utilizada a escala GUSS e para a classificação do AVE, as escalas OCSP e Toast. Na avaliação fonoaudiológica, a freqüência da disfagia foi de 50%, sugerindo uma disfagia oral para as consistências pastosa e sólida e uma disfagia faríngea para a consistência líquida. A maioria dos disfágicos (56%) apresentou alteração grave com alto risco de aspiração. Na avaliação clínica da disfagia realizada no momento da alta hospitalar, observamos freqüência de disfagia de 37,9%, sendo que 58,3% dos disfágicos apresentou alteração moderada com risco de aspiração. Apenas o histórico de AVE mostrou relação com a disfagia (p= 0,022). Não observamos relação entre a localização e a fisiopatologia do AVE e a disfagia. O estudo mostra que a freqüência de disfagia após o AVE é alta e que há mudanças significativas no grau da alteração e no perfil de deglutição para cada consistência e, consequentemente, na possibilidade de alimentação dos pacientes durante o período de internação hospitalar.
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Foi realizado um estudo descritivo do tipo transversal em que foram avaliados 100 pacientes consecutivos admitidos com o diagnóstico de AVE no Hospital Público Regional de Betim. Os pacientes foram submetidos à avaliação fonoaudiológica sistemática e dados clínicos e sócio-demográficos foram coletados do prontuário e/ou através de entrevista. O AVE foi classificado de acordo com o tipo, a localização e a fisiopatologia. Dados da avaliação clínica da deglutição e da localização e fisiopatologia da lesão foram correlacionados. Para avaliação clínica da deglutição foi utilizada a escala GUSS e para a classificação do AVE, as escalas OCSP e Toast. Na avaliação fonoaudiológica, a freqüência da disfagia foi de 50%, sugerindo uma disfagia oral para as consistências pastosa e sólida e uma disfagia faríngea para a consistência líquida. A maioria dos disfágicos (56%) apresentou alteração grave com alto risco de aspiração. Na avaliação clínica da disfagia realizada no momento da alta hospitalar, observamos freqüência de disfagia de 37,9%, sendo que 58,3% dos disfágicos apresentou alteração moderada com risco de aspiração. Apenas o histórico de AVE mostrou relação com a disfagia (p= 0,022). Não observamos relação entre a localização e a fisiopatologia do AVE e a disfagia. O estudo mostra que a freqüência de disfagia após o AVE é alta e que há mudanças significativas no grau da alteração e no perfil de deglutição para cada consistência e, consequentemente, na possibilidade de alimentação dos pacientes durante o período de internação hospitalar.The frequency of dysphagia after stroke is different in various studies. Risk factors for dysphagia and the association between stroke and swallowing are also controversial in the literature. The objectives of the present study are to verify the frequency of oropharyngeal dysphagia in patients affected by stroke, to relate the type and degree of dysphagia with the subtypes of the disease and its pathophysiology and to observe the development of dysphagia during the hospitalization. Also compare non-dysphagic and dysphagic patients affected by stroke in relation to clinical and sociodemographic data. A cross-sectional study was performed including 100 patients who were admitted to the Betim Regional Public Hospital with stroke. The patients underwent clinical evaluation with speech therapy and clinical and sociodemographic data were collected from medical records. The stroke was classified according to type, location, and pathophysiology. Data from clinical evaluation of swallowing and the type, location, and pathophysiology of the lesion were correlated. GUSS scale was used for clinical evaluation of swallowing. OCSP and TOAST scales were used for classification of stroke. In the evaluation of swallowing, the frequency of dysphagia was 50%, suggesting an oral dysphagia for solid and pasty consistencies and pharyngeal dysphagia to liquid consistency. Most dysphagic patients (56%) showed severe dysphagia with high risk of aspiration. In the clinical evaluation performed at hospital discharge, we observed frequency of dysphagia in 37.9% of patients. 58.3% of dysphagic patients showed moderate dysphagia with risk of aspiration. Only a previous history of stroke showed a relationship with dysphagia (p = 0.022). No relationship was observed between the location and pathophysiology of stroke and dysphagia. This study shows high frequency of dysphagia after stroke and there are significant changes in the degree of dysphagia, in the profile of swallowing for each consistency and the possibility of feeding of patients during the hospitalization period.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGNeurociênciasAcidentes vasculares cerebraisFatores de riscoDistúrbios da deglutiçãoDisfagiaFatores de riscoFreqüênciaAcidente vascular encefálicoFreqüência e fatores relacionados à disfagia orofaríngea após acidente vascular encefálicoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_final_2.pdfapplication/pdf149195https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-8AFM2W/1/disserta__o_final_2.pdff7da96568bea050954347679560fbf20MD51disserta__o_final.pdfapplication/pdf778511https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-8AFM2W/2/disserta__o_final.pdf6c9c24382b3e898efdf1cc2986cc8d45MD52TEXTdisserta__o_final_2.pdf.txtdisserta__o_final_2.pdf.txtExtracted texttext/plain13591https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-8AFM2W/3/disserta__o_final_2.pdf.txt1c620fe74951328b8abade8f59a34396MD53disserta__o_final.pdf.txtdisserta__o_final.pdf.txtExtracted texttext/plain94157https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-8AFM2W/4/disserta__o_final.pdf.txtfe5261a60a48ccb123e2c44bf046909dMD541843/BUBD-8AFM2W2020-01-30 14:31:09.93oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-8AFM2WRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2020-01-30T17:31:09Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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