Mobilidade dos trabalhadores na região metropolitana de Belo Horizonte: uma perspectiva de idade, período e dos padrões de seletividade espacial por modo de transporte

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sarah Lima Queiroz
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/39006
Resumo: O estudo da mobilidade urbana tem ganhado cada vez mais importância na Demografia. No grupo dos movimentos que não exigem mudança de residência estão aqueles feitos diariamente pela população por motivos de trabalho, estudo, saúde, compras e lazer. Os padrões desses deslocamentos podem ser influenciados tanto pelo modo de transporte utilizado quanto pelas características dos indivíduos e de seu local de moradia. Esta tese busca entender fundamentalmente em que medida esses padrões podem retratar as vulnerabilidades de determinados grupos populacionais. A mobilidade foi estudada segundo três características: tempo gasto entre a origem e o destino, deslocamento por motivo de trabalho e modo de transporte utilizado. Os efeitos de idade e período no tempo de deslocamento casa-trabalho foram analisados com base nos dados da PNAD entre 1988 e 2015. Os padrões espaciais de fluxo por motivo trabalho na RMBH foram analisados a partir dos dados das Pesquisas OD de 2002 e 2012, que também possibilitaram traçar o retrato do uso dos modos de transporte. Através de um modelo de idade, período e coorte (IPC), observou-se que o tempo de deslocamento na RMBH tem efeito crescente e significativo de idade; o efeito de período apresentou apenas pequenas oscilações e com magnitude próxima de zero. No que tange ao uso dos modos de transporte, observou-se um aumento importante no uso do modo individual motorizado em detrimento do coletivo ao longo do tempo. Nas análises espaciais é possível ver uma descentralização dos movimentos entre 2002 e 2012, em que Belo Horizonte, apesar de ainda ser o principal destino na RM, perde um pouco de sua importância como receptora de mão de obra. Nas análises para categorias populacionais, observam-se inequidades de mobilidade por renda, escolaridade, faixa etária e situação no mercado no trabalho. Os resultados também sugerem inequidades entre os sexos, com a mulher ainda sendo predominantemente vista como cuidadora do lar, com menores tempos e distâncias médias percorridas. Além das mulheres, o trabalho mostra que outros grupos vulneráveis, como trabalhadores informais, indivíduos com baixa escolaridade e renda, bem como jovens e idosos, também seguem este padrão da proximidade entre residência e trabalho. Em suma, o principal diferencial desta tese foi o de aliar os estudos de mobilidade, as questões demográficas e a vulnerabilidade social sob diferentes perspectivas – abordar não somente padrões de mobilidade definidos por origem, destino e fluxo, como também o ponto de vista do modo de transporte e do contexto socioeconômico do indivíduo.
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A mobilidade foi estudada segundo três características: tempo gasto entre a origem e o destino, deslocamento por motivo de trabalho e modo de transporte utilizado. Os efeitos de idade e período no tempo de deslocamento casa-trabalho foram analisados com base nos dados da PNAD entre 1988 e 2015. Os padrões espaciais de fluxo por motivo trabalho na RMBH foram analisados a partir dos dados das Pesquisas OD de 2002 e 2012, que também possibilitaram traçar o retrato do uso dos modos de transporte. Através de um modelo de idade, período e coorte (IPC), observou-se que o tempo de deslocamento na RMBH tem efeito crescente e significativo de idade; o efeito de período apresentou apenas pequenas oscilações e com magnitude próxima de zero. No que tange ao uso dos modos de transporte, observou-se um aumento importante no uso do modo individual motorizado em detrimento do coletivo ao longo do tempo. Nas análises espaciais é possível ver uma descentralização dos movimentos entre 2002 e 2012, em que Belo Horizonte, apesar de ainda ser o principal destino na RM, perde um pouco de sua importância como receptora de mão de obra. Nas análises para categorias populacionais, observam-se inequidades de mobilidade por renda, escolaridade, faixa etária e situação no mercado no trabalho. Os resultados também sugerem inequidades entre os sexos, com a mulher ainda sendo predominantemente vista como cuidadora do lar, com menores tempos e distâncias médias percorridas. Além das mulheres, o trabalho mostra que outros grupos vulneráveis, como trabalhadores informais, indivíduos com baixa escolaridade e renda, bem como jovens e idosos, também seguem este padrão da proximidade entre residência e trabalho. Em suma, o principal diferencial desta tese foi o de aliar os estudos de mobilidade, as questões demográficas e a vulnerabilidade social sob diferentes perspectivas – abordar não somente padrões de mobilidade definidos por origem, destino e fluxo, como também o ponto de vista do modo de transporte e do contexto socioeconômico do indivíduo.The study of urban mobility has gained increasing importance in Demography. In the group of movements that do not require a change of residence are those daily performed by the population for reasons of work, study, health, shopping and leisure. The patterns of these displacements can be influenced by the used mode of transport, as much as the characteristics of individuals and their place of residence. This thesis seeks to fundamentally understand to what extent these patterns can portray the vulnerabilities of certain population groups. Mobility was studied according to three characteristics: time spent between origin and destination, commuting and the mode of transport used. The age and period effects on commuting time were analyzed based on data from the PNAD between 1988 and 2015. The spatial patterns of flow by reason of work in the RMBH were analyzed using data from the 2002 and 2012 OD Surveys, which also made it possible to draw a picture of the use of modes of transport. Through the age, period and cohort model (APC), it was observed that the commuting time in the RMBH has an increasing and significant effect on age; the period effect showed only small oscillations and with a magnitude close to zero. With regard to the use of modes of transport, there was an important increase over time in the use of the individual motorized mode of transport to the detriment of the collective mode. In the spatial analysis it is possible to see a decentralization of work-related displacements between 2002 and 2012, in which Belo Horizonte, despite still being the main destination in the MR, loses some of its importance as a recipient of labor. In the analyzes of population categories, it was observed, mobility inequities by income, education, age, and labor market status. The results also suggest gender inequities, with women still being predominantly seen as caretakers in the household, as a consequence of this, having shorter times and average distances covered. In addition to women, the thesis shows that other vulnerable groups, such as informal workers, individuals with low education and income, as well as young and the elderly people, also follow this pattern of proximity between home and work. In short, the main differential of this thesis is that it combines mobility studies, demographic issues and social vulnerability from different perspectives – addressing not only mobility patterns defined by origin, destination and flow, but also the point of view of mode of transport and the socioeconomic context of the individual.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em DemografiaUFMGBrasilFACE - FACULDADE DE CIENCIAS ECONOMICASTransporte urbanoTransporte - Trânsito de passageirosDemografia socialPolítica de transporte urbanoMobilidade urbanaVulnerabilidadeModelo IPCInfraestrutura de transporteOrigem e destinoMobilidade dos trabalhadores na região metropolitana de Belo Horizonte: uma perspectiva de idade, período e dos padrões de seletividade espacial por modo de transporteinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTese_Sarah_Queiroz.pdfTese_Sarah_Queiroz.pdfapplication/pdf7327285https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/39006/1/Tese_Sarah_Queiroz.pdf84a1af506291289441b7fbaeb197421fMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/39006/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD521843/390062022-01-04 10:54:35.454oai:repositorio.ufmg.br:1843/39006TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-01-04T13:54:35Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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Sarah Lima Queiroz
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