Avaliação do atendimento antirrábico humano pós exposição, associado a acidentes com cães, no município de Belo Horizonte, no período de 2011 e 2012

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Karine Chaves Cabral
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/SMOC-AP8PAF
Resumo: A raiva é uma Zoonose viral com taxa de letalidade de aproximadamente 100%. Em todo atendimento de agressão por animal deve ser feita uma anamnese completa, utilizando-se a Ficha de Atendimento Antirrábico Humano para ter todas as informações sobre o caso e indicar corretamente o tratamento profilático. A classificação do acidente/agressão, leve ou grave, vai depender das características do ferimento, tais como: local do corpo onde ocorreu a agressão, profundidade, extensão e número de lesões. O estudo da profilaxia da raiva humana contribui para uma melhor orientação quanto ao uso de vacinas e soros antirrábicos e possibilita o conhecimento das situações servindo de base para a definição de estratégias de prevenção, controle e avaliação da raiva humana. Objetivou-se avaliar o atendimento antirrábico humano pós-exposição inicial e possíveis incompatibilidades com o protocolo do Ministério da Saúde em agressões por cão no município de Belo Horizonte no período de 2011 e 2012. Utilizou-se a análise exploratória das fichas de atendimento antirrábico humano do Sistema de Informações de Notificação de Agravos (SINAN NET versão 4.0). Foram comparados os tratamentos prescritos pelos serviços de saúde com as Normas de Profilaxia antirrábica do Ministério da Saúde. As características predominantes dos atendimentos ocasionados por cães foram: quanto à exposição, 93,0% foram decorrentes de mordedura e 5,2% de arranhadura; quanto à localização da agressão, 35,5% ocorreram nos membros inferiores e 33,1% em mãos/pés; quanto ao ferimento, 62,0% foram lesões únicas; quanto ao tipo de ferimento, 65,8% foram superficiais; quanto à condição do animal, 85,0% ocorreram por animais sadios; em 83,4% dos casos os animais eram observáveis; quanto ao tratamento, o mais frequente foi observação e vacina (57,3%) e o menos frequente foi dispensa de tratamento (1,4%). O tratamento profilático do primeiro atendimento antirrábico pós-exposição foi inadequado em 32,7% das condutas de profilaxia. O número de tratamentos profiláticos pós-exposição instituídos em seres humanos no período do estudo foi muito elevado, 75,7% das pessoas agredidas. De todos os atendimentos 21,2% das indicações profiláticas foram consideradas excessivas e 11,5% insuficientes. O sistema de vigilância apresenta falhas e existe a necessidade de corrigi-las para que as informações referentes à finalização dos casos sejam conclusivas. Recomenda-se análise e correção da ficha de atendimento antirrábico, padronizada no País e capacitações frequentes para os profissionais de saúde envolvidos no processo.
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As características predominantes dos atendimentos ocasionados por cães foram: quanto à exposição, 93,0% foram decorrentes de mordedura e 5,2% de arranhadura; quanto à localização da agressão, 35,5% ocorreram nos membros inferiores e 33,1% em mãos/pés; quanto ao ferimento, 62,0% foram lesões únicas; quanto ao tipo de ferimento, 65,8% foram superficiais; quanto à condição do animal, 85,0% ocorreram por animais sadios; em 83,4% dos casos os animais eram observáveis; quanto ao tratamento, o mais frequente foi observação e vacina (57,3%) e o menos frequente foi dispensa de tratamento (1,4%). O tratamento profilático do primeiro atendimento antirrábico pós-exposição foi inadequado em 32,7% das condutas de profilaxia. O número de tratamentos profiláticos pós-exposição instituídos em seres humanos no período do estudo foi muito elevado, 75,7% das pessoas agredidas. De todos os atendimentos 21,2% das indicações profiláticas foram consideradas excessivas e 11,5% insuficientes. O sistema de vigilância apresenta falhas e existe a necessidade de corrigi-las para que as informações referentes à finalização dos casos sejam conclusivas. Recomenda-se análise e correção da ficha de atendimento antirrábico, padronizada no País e capacitações frequentes para os profissionais de saúde envolvidos no processo.Rabies is a viral zoonosis with a high death toll, close to 100%. In every treatment of animal attack a full anamnesis must be performed using a Human anti-rabies assistance file to collect every information regarding the case and indicate the proper prophylactic treatment. The classification of de incident/attack, light or severe, will depend on the characteristics of the wound, such as: which part of the body, depth, length and number of lesions. The prophylactic study of human rabies contributes to a better orientation regarding the use of anti-rabies vaccines and saline and enables the understanding of the circumstances as a base for the definition of strategies to prevent, control and evaluate human rabies. The goal was to analyze the anti-rabies human treatment post initial exposure and possible incompatibilities with the health ministry protocol in dog attacks in the district of Belo Horizonte in 2011 e 2012. An exploratory analysis was made in the anti-rabies treatment files of the information system of injury notification (SINAN NET 4.0). The treatments indicated by the health centers with the norms of the health ministry were compared. The frequent characteristics of treatments due to dog attacks were: regarding exposure, 93% were due to bites and 5.2% due to scratches; regarding part of body, 35.5% in lower members and 33.1% in hands/feet; regarding number of wounds, 62% were single wounded; regarding type of wound, 65.8% were superficial; regarding animal conditions, 85% were healthy animals; 83.4% of the animals were observed; regarding treatment, the most frequent was observation and vaccine (57.3%) and less prevailing was treatment dismissal (1.43%). The first anti-rabies prophylactic treatment post exposure was inadequate in 32.71% of the prophylactic conducts. The number of prophylactic treatments performed in human beings was very high, 75.71% of people attacked. In all treatments 21.22% of prophylactic indications were considered excessive and 11.48% insufficient. The surveillance system presents flaws and its necessary to correct them so that information regarding the closing of the cases can be conclusive. An analyses and enhancement of the file of anti-rabies treatment is recommended and standardized country wide and also the constant training of health professionals involved in the process.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGHidrofobiaHidrofobia TratamentoHidrofobia VacinasVigilância epidemiológicaRaivaprofilaxia pós-exposiçãovigilância epidemiológicaAvaliação do atendimento antirrábico humano pós exposição, associado a acidentes com cães, no município de Belo Horizonte, no período de 2011 e 2012info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALkarine_chaves_cabral.pdfapplication/pdf1780336https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/SMOC-AP8PAF/1/karine_chaves_cabral.pdfd03d1bad529510d18db05a6e2ba7bf27MD51TEXTkarine_chaves_cabral.pdf.txtkarine_chaves_cabral.pdf.txtExtracted texttext/plain112580https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/SMOC-AP8PAF/2/karine_chaves_cabral.pdf.txt8c8703a151c92464c23faeea037cbe63MD521843/SMOC-AP8PAF2019-11-14 14:23:10.377oai:repositorio.ufmg.br:1843/SMOC-AP8PAFRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T17:23:10Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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