Perfil sócio-demográfico, clínico e funcional de idosos comunitários com osteoartrite de joelhos e/ou quadris com enfoque na síndrome da fragilidade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rita de Cassia Correa Miguel
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8M4FRS
Resumo: O envelhecimento da população brasileira vem acompanhado de umaalteração no perfil epidemiológico, surgindo um novo paradigma de saúde, no qual as doenças infecto-contagiosas passam a ser substituídas pelas doenças crônico-degenerativas e suas comorbidades. Estudos evidenciam associação de osteoartrite (OA) e fragilidade, duas condições fortemente associadas ao envelhecimento e que, isoladamente, podem interferir na capacidade funcional,na autonomia e, consequentemente, na qualidade de vida dessa população. Até o momento não foram encontrados estudos que caracterizassem o idoso com osteoartrite com base no fenótipo de fragilidade. Assim, o objetivo deste estudo foi caracterizar idosos comunitários com osteoartrite de joelhos e/ou quadris com enfoque na síndrome da fragilidade e comparar as características desses idosos entre os grupos não-frágeis, pré-frágeis e frágeis. Foi conduzidoum estudo transversal que avaliou características sócio-demográficas,comorbidades, uso de medicamentos, depressão, dados antropométricos, avaliação subjetiva da saúde, quedas, dor, rigidez, função e fragilidade em idosos com OA de joelhos e quadris a partir de uma sub-amostra da Rede FIBRA (estudo sobre fragilidade em idosos brasileiros). A amostra final contou com 58 idosos, com média de idade de 74 anos (±5,5). Desses, 17(29,31%) foram classificados como não-frágeis (NF), 28(48,28%) pré-frágeis (PF) e 13 (22,41%) frágeis(F). O número de medicamentos usados foi maior no grupo F (7,00 ± 2,00) do que no NF (4,00 ± 2,00), (p =0,001). O IMC foi menor nos idosos NF (média de 27,00 Kg/m2, ±4,50) quando comparados com os idososPF (média de 30,00 ± 4,00 Kg/m2) e F (média de 34,00 ± 8,00 Kg/m2),(p=0,018). História de depressão foi maior no grupo frágil. Em relação à saúde comparada ao ano anterior houve diferença entre os grupos (p=0,016); a maioria dos idosos PF (64,3%) acredita que sua saúde piorou; 46,2% dos F acreditam que a saúde piorou; entre os frágeis, 52,9% consideram que a saúde está igual. Quanto ao nível de atividade em relação ao ano anterior, PF e F consideram o nível atual pior que no ano anterior (p= 0,010). Quanto à função, os idosos frágeis mostram-se piores que os demais (p=0,023), assim como para auto-eficácia para quedas (p=0,017). Os demais itens avaliados não mostraram diferenças significativas entre os grupos. Idosos com OA e fragilidade usam maior número de medicamentos, são mais obesos, mais deprimidos, têm pior auto-eficácia para quedas e pior função física, além de pior percepção da saúde e do nível de atividade em relação ao ano anterior. Essas características podem ter impacto negativo na qualidade de vida dessesidosos e merecem atenção dos profissionais de saúde.
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Assim, o objetivo deste estudo foi caracterizar idosos comunitários com osteoartrite de joelhos e/ou quadris com enfoque na síndrome da fragilidade e comparar as características desses idosos entre os grupos não-frágeis, pré-frágeis e frágeis. Foi conduzidoum estudo transversal que avaliou características sócio-demográficas,comorbidades, uso de medicamentos, depressão, dados antropométricos, avaliação subjetiva da saúde, quedas, dor, rigidez, função e fragilidade em idosos com OA de joelhos e quadris a partir de uma sub-amostra da Rede FIBRA (estudo sobre fragilidade em idosos brasileiros). A amostra final contou com 58 idosos, com média de idade de 74 anos (±5,5). Desses, 17(29,31%) foram classificados como não-frágeis (NF), 28(48,28%) pré-frágeis (PF) e 13 (22,41%) frágeis(F). O número de medicamentos usados foi maior no grupo F (7,00 ± 2,00) do que no NF (4,00 ± 2,00), (p =0,001). O IMC foi menor nos idosos NF (média de 27,00 Kg/m2, ±4,50) quando comparados com os idososPF (média de 30,00 ± 4,00 Kg/m2) e F (média de 34,00 ± 8,00 Kg/m2),(p=0,018). História de depressão foi maior no grupo frágil. Em relação à saúde comparada ao ano anterior houve diferença entre os grupos (p=0,016); a maioria dos idosos PF (64,3%) acredita que sua saúde piorou; 46,2% dos F acreditam que a saúde piorou; entre os frágeis, 52,9% consideram que a saúde está igual. Quanto ao nível de atividade em relação ao ano anterior, PF e F consideram o nível atual pior que no ano anterior (p= 0,010). Quanto à função, os idosos frágeis mostram-se piores que os demais (p=0,023), assim como para auto-eficácia para quedas (p=0,017). Os demais itens avaliados não mostraram diferenças significativas entre os grupos. Idosos com OA e fragilidade usam maior número de medicamentos, são mais obesos, mais deprimidos, têm pior auto-eficácia para quedas e pior função física, além de pior percepção da saúde e do nível de atividade em relação ao ano anterior. Essas características podem ter impacto negativo na qualidade de vida dessesidosos e merecem atenção dos profissionais de saúde.The aging of the Brazilian population has been accompanied by alterations in its epidemiological profile. This has brought about the appearance of a new health paradigm where chronic degenerative diseases and their comorbidities have replaced infecto-contagious diseases. Studies have shown that there is an association between osteoarthritis and frailty, two conditions that are closelyassociated with aging and which, in isolation, may interfere with functional capacity, autonomy and, consequently, in the quality of life of this population.Until now, no studies have been found which characterize elderly people with osteoarthritis according to frailty phenotype. Thus, the aim of this study was to characterize and compare community-dwelling elderly people with knee and/or hip osteoarthritis according to the presence of frailty syndrome . A transversal study was carried out to evaluate socio-demographic characteristics, co-morbidity, depression, anthropomorphic data, subjective evaluations of health, falls, pain, rigidity, function and frailty in elderly subjects with osteoarthritis of the knee and hip using a subsample from FIBRA Network (a study of frailty in Brazilian elderly people).The final sample consisted of 58 elderly people with an average age of 74 (±5.5). 17 (29.31%) were classified as non-frail (NF) 28 (48.28%) as pre-frail (PF) and 13 (22.41%) as frail(F) . F groupused more drugs (7.00 ± 2.00) than NF group (4.00 ± 2.00), (p =0.001). The BMI (Body Mass Index) was lower for the elderly in NF group (average of 27.00 ±4.50 Kg/m2) compared to PF group (average of 30.00 ± 4.00 Kg/m2) and F group (average of 34.00 ± 8.00 Kg/m2), (p = 0.018). History of depression was more prevalent in frailty group. When comparing the subjects health with the situation one year before, a difference was found between the groups (p = 0.016). The majority of the elderly in PF Group (64.3%) believed that their health had deteriorated compared to 46.2% of F Group and in NF group 52.9% believed that their health was unchanged. When present levels of activity were compared with those one year before, PF and F Groups considered that the present level was worse (p = 0.010). In the case of function, it was found that FGroup was worse than the others (p = 0.023), and the same was found for fallrelated self-efficacy (p=0.017).There were no significant differences between the groups for the remainder of the items analyzed. The elderly persons with osteoarthritis and frailty use more drugs, were more obese, suffered more depression, have less fall-related self-efficacy and worse physical function, as well as a poorer perception of their own health and their level of activity in comparison with the previous year. These characteristics may have a negative impact on their quality of life and demand the attention of health professionals.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGGeriatriaIdososMedicina de reabilitaçãoOsteoartrite do joelhoOsteoartrite do quadrilEnvelhecimentoincapacidadeosteoartrite de joelhos e quadrisIdoso fragilizadoPerfil sócio-demográfico, clínico e funcional de idosos comunitários com osteoartrite de joelhos e/ou quadris com enfoque na síndrome da fragilidadeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_rita_miguel.pdfapplication/pdf2496564https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8M4FRS/1/disserta__o_rita_miguel.pdf1ecf49d49e70331796975b2e1bc5634aMD51TEXTdisserta__o_rita_miguel.pdf.txtdisserta__o_rita_miguel.pdf.txtExtracted texttext/plain166182https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8M4FRS/2/disserta__o_rita_miguel.pdf.txt5564ec7082b7469f032aa506134cf7dcMD521843/BUOS-8M4FRS2019-11-14 08:54:14.439oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-8M4FRSRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T11:54:14Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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