Alterações fisiológicas em juvenis de Pacamã (Lophiosilurus alexandri) submetidos a hipóxia
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/37808 https://orcid.org/0000-0002-1503-1454 |
Resumo: | O objetivo deste estudo foi avaliar as respostas hemogasométricas, hematológicas e bioquímicas de juvenis de L. alexandri submetidos à hipóxia e posterior recuperação à hipóxia. 48 juvenis de pacamã (360 ± 141,6 g e 26,6 ± 3,0 cm) foram distribuídos e aclimatados durante 15 dias em oito tanques de 120 L em sistema de recirculação de água (temperatura 28,9 ± 0,28 °C, oxigênio dissolvido (OD) 5,10 ± 0,56 mg L-1 e amônia total 0,05 ± 0,01 mg L-1). Os peixes foram alimentados à vontade, duas vezes ao dia, com dieta comercial. O grupo controle corresponde aos peixes submetidos à oxigenação contínua durante 96 h (OD – 5,6 ± 0,31 mg L-1) e o grupo em hipóxia aos peixes submetidos à hipóxia (2,12 ± 0,90 mg L-1) durante 48 h e posterior recuperação às condições de oxigenação (5,30 ± 0,47 mg L-1) por mais 48 h, totalizando 96 h. As coletas foram realizadas nos tempos 24 e 48 h de hipóxia e 24 e 48 h de recuperação. Todos os dados foram submetidos à análise estatística ANOVA de duas vias seguido pelo teste de Tukey (P<0,05). Não foi verificada mortalidade durante o período experimental. Com relação aos parâmetros hemogasométricos, maior pH foi encontrado às 24 h de recuperação à hipóxia, quando comparado ao grupo controle (P<0,05). Para o PvCO2 ao longo do tempo, diferenças significativas foram observadas apenas no grupo submetido à hipóxia, com menor valor de PvCO2 às 24 h de recuperação e maior valor às 48 h de recuperação (P<0,05). Em relação à saturação de oxigênio (sO2), diferenças significativas foram observadas apenas às 24 horas de recuperação, nas quais houve um aumento dessa variável no grupo hipóxia quando comparado ao grupo controle (P<0,05). Não foram observadas diferenças significativas para o lactato (cLac) e os eletrólitos K+, Na+, Cl-, Ca2+ e HCO3- (P>0,05). Entretanto, houve aumento do stHCO3- às 24 h de hipóxia, em relação ao controle (P<0,05). O excesso de base (EB) apresentou variações no grupo hipóxia, com maior valor às 24 h de hipóxia e às 48 h de recuperação em comparação ao controle (P<0,05). Para as variáveis hematológicas, houve aumento no hematócrito às 24 h de hipóxia em comparação ao grupo controle (P<0,05). No entanto, os valores foram semelhantes ao controle às 48 h de hipóxia, permanecendo desta forma na recuperação (P>0,05). A menor contagem de eritrócitos foi registrada às 48 h de hipóxia (P<0,05). Em relação à quantidade total de leucócitos às 24 h de recuperação, ocorreu aumento na contagem de leucócitos no grupo hipóxia em comparação ao grupo controle (P<0,05). Os valores de hemoglobina permaneceram constantes em cada grupo ao longo dos tempos de amostragem e também entre os grupos nos diferentes tempos de amostragem (P>0,05). Para as variáveis bioquímicas, houve diminuição dos níveis de glicose às 48 h de hipóxia e às 24 h de recuperação, em comparação ao grupo controle (P<0,05). Os níveis de triglicerídeos variaram ao longo dos tempos de amostragem no grupo controle, com os valores mais baixos às 24 h de hipóxia e 24 h de recuperação (P<0,05). O colesterol e a proteína plasmática não apresentaram diferenças entre os tratamentos nos diferentes tempos de coleta e dentro de cada grupo ao longo do tempo (P>0,05). Os resultados apresentados dos parâmetros hemogasométricos, hematológicos e bioquímicos neste estudo mostram que os juvenis de Lophiosilurus alexandri se adaptam bem às baixas concentrações de oxigênio dissolvido na água durante 48 h, sem apresentar mortalidade, ajustando suas variáveis fisiológicas para sobreviver nessa condição de estresse e retornando às condições normais após 48 horas de recuperação à hipóxia. |
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O grupo controle corresponde aos peixes submetidos à oxigenação contínua durante 96 h (OD – 5,6 ± 0,31 mg L-1) e o grupo em hipóxia aos peixes submetidos à hipóxia (2,12 ± 0,90 mg L-1) durante 48 h e posterior recuperação às condições de oxigenação (5,30 ± 0,47 mg L-1) por mais 48 h, totalizando 96 h. As coletas foram realizadas nos tempos 24 e 48 h de hipóxia e 24 e 48 h de recuperação. Todos os dados foram submetidos à análise estatística ANOVA de duas vias seguido pelo teste de Tukey (P<0,05). Não foi verificada mortalidade durante o período experimental. Com relação aos parâmetros hemogasométricos, maior pH foi encontrado às 24 h de recuperação à hipóxia, quando comparado ao grupo controle (P<0,05). Para o PvCO2 ao longo do tempo, diferenças significativas foram observadas apenas no grupo submetido à hipóxia, com menor valor de PvCO2 às 24 h de recuperação e maior valor às 48 h de recuperação (P<0,05). Em relação à saturação de oxigênio (sO2), diferenças significativas foram observadas apenas às 24 horas de recuperação, nas quais houve um aumento dessa variável no grupo hipóxia quando comparado ao grupo controle (P<0,05). Não foram observadas diferenças significativas para o lactato (cLac) e os eletrólitos K+, Na+, Cl-, Ca2+ e HCO3- (P>0,05). Entretanto, houve aumento do stHCO3- às 24 h de hipóxia, em relação ao controle (P<0,05). O excesso de base (EB) apresentou variações no grupo hipóxia, com maior valor às 24 h de hipóxia e às 48 h de recuperação em comparação ao controle (P<0,05). Para as variáveis hematológicas, houve aumento no hematócrito às 24 h de hipóxia em comparação ao grupo controle (P<0,05). No entanto, os valores foram semelhantes ao controle às 48 h de hipóxia, permanecendo desta forma na recuperação (P>0,05). A menor contagem de eritrócitos foi registrada às 48 h de hipóxia (P<0,05). Em relação à quantidade total de leucócitos às 24 h de recuperação, ocorreu aumento na contagem de leucócitos no grupo hipóxia em comparação ao grupo controle (P<0,05). Os valores de hemoglobina permaneceram constantes em cada grupo ao longo dos tempos de amostragem e também entre os grupos nos diferentes tempos de amostragem (P>0,05). Para as variáveis bioquímicas, houve diminuição dos níveis de glicose às 48 h de hipóxia e às 24 h de recuperação, em comparação ao grupo controle (P<0,05). Os níveis de triglicerídeos variaram ao longo dos tempos de amostragem no grupo controle, com os valores mais baixos às 24 h de hipóxia e 24 h de recuperação (P<0,05). O colesterol e a proteína plasmática não apresentaram diferenças entre os tratamentos nos diferentes tempos de coleta e dentro de cada grupo ao longo do tempo (P>0,05). Os resultados apresentados dos parâmetros hemogasométricos, hematológicos e bioquímicos neste estudo mostram que os juvenis de Lophiosilurus alexandri se adaptam bem às baixas concentrações de oxigênio dissolvido na água durante 48 h, sem apresentar mortalidade, ajustando suas variáveis fisiológicas para sobreviver nessa condição de estresse e retornando às condições normais após 48 horas de recuperação à hipóxia.The aim of this study was to evaluate the blood gasometric, hematological and biochemical responses of juveniles of L. alexandri submitted to hypoxia and subsequent recovery from hypoxia. 48 pacamã juveniles (360 ± 141.6 g and 26.6 ± 3.0 cm) were distributed and acclimated for 15 days in eight 120 L tanks in a water recirculation system (temperature 28.9 ± 0.28 °C, dissolved oxygen (OD) 5.10 ± 0.56 mg L-1 and total ammonia 0.05 ± 0.01 mg L-1). The fish were fed ad libitum, twice a day, with a commercial diet. The control group corresponds to fish subjected to continuous oxygenation for 96 h (OD - 5.6 ± 0.31 mg L-1) and the group in hypoxia to fish subjected to hypoxia (2.12 ± 0.90 mg L-1) for 48 h and later recovery to oxygenation conditions (5.30 ± 0.47 mg L-1) for another 48 h, totaling 96 h. Collections were performed at times of 24 and 48 h of hypoxia and 24 and 48 h of recovery. All data were subjected to two-way ANOVA statistical analysis followed by the Tukey’s test (P<0.05). There was no mortality during the experimental period. With regard to blood gasometric parameters, a higher pH was found at 24 h of recovery from hypoxia, when compared to the control group (P<0.05). For PvCO2 over time, significant differences were observed only in the group submitted to hypoxia, with a lower PvCO2 value at 24 h of recovery and a higher value at 48 h of recovery (P<0.05). Regarding oxygen saturation (sO2), significant differences were observed only at 24 hours of recovery, in which there was an increase in this variable in the hypoxia group when compared to the control group (P<0.05). There were no significant differences for lactate (cLac) and electrolytes K+, Na+, Cl-, Ca2+ and HCO3- (P>0.05). However, there was an increase in stHCO3- at 24 h of hypoxia, compared to the control (P<0.05). Base excess (BE) showed variations in the hypoxia group, with greater value at 24 h of hypoxia and at 48 h of recovery compared to the control (P<0.05). For hematological variables, there was an increase in hematocrit at 24 h of hypoxia compared to the control group (P<0.05). However, the values were similar to the control at 48 h of hypoxia, thus remaining in recovery (P>0.05). The lowest erythrocyte count was recorded at 48 h of hypoxia (P<0.05). Regarding the total number of leukocytes at 24 h of recovery, there was an increase in leukocyte count in the hypoxia group compared to the control group (P<0.05). Hemoglobin values remained constant in each group throughout the sampling times and also between groups at different sampling times (P>0.05). For biochemical variables, there was a decrease in glucose levels at 48 h of hypoxia and at 24 h of recovery, compared to the control group (P<0.05). Triglyceride levels varied over the sampling times in the control group, with the lowest values at 24 h hypoxia and 24 h recovery (P<0.05). Cholesterol and plasma protein did not differ between treatments at different collection times and within each group over time (P>0.05). The results presented for blood gasometric, hematological and biochemical parameters in this study show that juveniles of Lophiosilurus alexandri adapt well to low concentrations of oxygen dissolved in water for 48 h, without present mortality, adjusting their physiological variables to survive in this stress condition and returning normal conditions after 48 h of recovery from hypoxia.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em ZootecniaUFMGBrasilVET - DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIABagre NeotropicaAlimentação e raçoesPacamãAquaculturaAlterações fisiológicas em juvenis de Pacamã (Lophiosilurus alexandri) submetidos a hipóxiainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDissertação repositorio 26-08-21 (1).pdfDissertação repositorio 26-08-21 (1).pdfapplication/pdf1170438https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/37808/13/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20repositorio%2026-08-21%20%281%29.pdf44c4baf547f54af67c769f85311fbed3MD513LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/37808/14/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD514CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8805https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/37808/11/license_rdf00e5e6a57d5512d202d12cb48704dfd6MD5111843/378082021-08-27 09:48:20.599oai:repositorio.ufmg.br:1843/37808TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-08-27T12:48:20Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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O objetivo deste estudo foi avaliar as respostas hemogasométricas, hematológicas e bioquímicas de juvenis de L. alexandri submetidos à hipóxia e posterior recuperação à hipóxia. 48 juvenis de pacamã (360 ± 141,6 g e 26,6 ± 3,0 cm) foram distribuídos e aclimatados durante 15 dias em oito tanques de 120 L em sistema de recirculação de água (temperatura 28,9 ± 0,28 °C, oxigênio dissolvido (OD) 5,10 ± 0,56 mg L-1 e amônia total 0,05 ± 0,01 mg L-1). Os peixes foram alimentados à vontade, duas vezes ao dia, com dieta comercial. O grupo controle corresponde aos peixes submetidos à oxigenação contínua durante 96 h (OD – 5,6 ± 0,31 mg L-1) e o grupo em hipóxia aos peixes submetidos à hipóxia (2,12 ± 0,90 mg L-1) durante 48 h e posterior recuperação às condições de oxigenação (5,30 ± 0,47 mg L-1) por mais 48 h, totalizando 96 h. As coletas foram realizadas nos tempos 24 e 48 h de hipóxia e 24 e 48 h de recuperação. Todos os dados foram submetidos à análise estatística ANOVA de duas vias seguido pelo teste de Tukey (P<0,05). Não foi verificada mortalidade durante o período experimental. Com relação aos parâmetros hemogasométricos, maior pH foi encontrado às 24 h de recuperação à hipóxia, quando comparado ao grupo controle (P<0,05). Para o PvCO2 ao longo do tempo, diferenças significativas foram observadas apenas no grupo submetido à hipóxia, com menor valor de PvCO2 às 24 h de recuperação e maior valor às 48 h de recuperação (P<0,05). Em relação à saturação de oxigênio (sO2), diferenças significativas foram observadas apenas às 24 horas de recuperação, nas quais houve um aumento dessa variável no grupo hipóxia quando comparado ao grupo controle (P<0,05). Não foram observadas diferenças significativas para o lactato (cLac) e os eletrólitos K+, Na+, Cl-, Ca2+ e HCO3- (P>0,05). Entretanto, houve aumento do stHCO3- às 24 h de hipóxia, em relação ao controle (P<0,05). O excesso de base (EB) apresentou variações no grupo hipóxia, com maior valor às 24 h de hipóxia e às 48 h de recuperação em comparação ao controle (P<0,05). Para as variáveis hematológicas, houve aumento no hematócrito às 24 h de hipóxia em comparação ao grupo controle (P<0,05). No entanto, os valores foram semelhantes ao controle às 48 h de hipóxia, permanecendo desta forma na recuperação (P>0,05). A menor contagem de eritrócitos foi registrada às 48 h de hipóxia (P<0,05). Em relação à quantidade total de leucócitos às 24 h de recuperação, ocorreu aumento na contagem de leucócitos no grupo hipóxia em comparação ao grupo controle (P<0,05). Os valores de hemoglobina permaneceram constantes em cada grupo ao longo dos tempos de amostragem e também entre os grupos nos diferentes tempos de amostragem (P>0,05). Para as variáveis bioquímicas, houve diminuição dos níveis de glicose às 48 h de hipóxia e às 24 h de recuperação, em comparação ao grupo controle (P<0,05). Os níveis de triglicerídeos variaram ao longo dos tempos de amostragem no grupo controle, com os valores mais baixos às 24 h de hipóxia e 24 h de recuperação (P<0,05). O colesterol e a proteína plasmática não apresentaram diferenças entre os tratamentos nos diferentes tempos de coleta e dentro de cada grupo ao longo do tempo (P>0,05). Os resultados apresentados dos parâmetros hemogasométricos, hematológicos e bioquímicos neste estudo mostram que os juvenis de Lophiosilurus alexandri se adaptam bem às baixas concentrações de oxigênio dissolvido na água durante 48 h, sem apresentar mortalidade, ajustando suas variáveis fisiológicas para sobreviver nessa condição de estresse e retornando às condições normais após 48 horas de recuperação à hipóxia. |
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