Aspecto fisiopatológicos e imunológicos induzidos pelo veneno e pela proteína dermonecrótica recombinante (rLiDi) da aranha marrom Loxosceles intermedia em coelhos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Paula Batista Fernandes Gaspari
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/UCSD-85RMRP
Resumo: Neste trabalho apresentamos distúrbio locais e sistêmicos induzidos pela administração do veneno total de L. intermedia e da proteína dermonecrótica recombinante (rLiD1) em coelhos e neutralização desses distúrbios pela imunização com a proteína recombinante e com veneno total. A inoculação de ambos causou edema, hemorragia e necrose após 6 horas no grupo veneno total e após 24 horas no grupo rLiD1. Os efeitos sistêmicos significativos após o inoculo de veneno total foram alterações na contagem de leucócitos totais, granulócitos, plaquetas e da concentração das enzimas lactato desidrogenase e CK-MB, isoenzima da creatina fosfocinase, no sangue e no soro desses animais. Esses achados predizem possível infiltração de leucócitos para os tecidos, extravazamento de sangue ou a formação de trombos intravascular e lesões no tecido muscular cardíaco. No grupo rLiD1 os efeitos sistêmicos foram menos expressivos apresentando um aumento dos níveis de LDH e creatina fosfocinase (CK) após 72 horas e CK-MB após sete dias da inoculação, cujo significado clínico também apontam lesão do tecido muscular cardíaco. A rLiD1 mostrou ser muito imunogênica, originando altos títulos de anticorpos anti-rLiD1 no soro dos animais imunizados. Estes foram capazes de neutralizar in vivo 55% do edema, 78% da hemorragia e 87% da necrose resultantes do desafio com rLiD1. A imunização com veneno total gerou altos títulos de anticorpos anti-veneno e também reativos com rLiD1 que foram capazes de neutralizar 20% do edema, 82% da hemorragia e 90% da necrose induzidos pelo desafio com rLiD1. Como conclusão deste trabalho, sugerimos a possibilidade do uso da proteína dermonecrótica recombinante na produção de anti-venenos, visto que, através dos parâmentros analisados, os efeitos sistêmicos causados pela proteína foram menores quando comparados com os efeitos do veneno total.
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