Detalhes bibliográficos
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
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spelling Shirlei Rezende Saleshttp://lattes.cnpq.br/4103701137389818Lívia de Rezende CardosoMárcio CaetanoAnna Paula VencatoFilipe Santos Fernandeshttp://lattes.cnpq.br/0463409625851892Danilo Araujo de Oliveira2021-12-14T01:37:09Z2021-12-14T01:37:09Z2021-11-26http://hdl.handle.net/1843/38849Nesta tese, analiso o funcionamento do currículo bareback na produção de verdades, saberes e posições de sujeito. O bareback é uma prática sexual intencional, própria de homens que têm relações sexuais com outros homens (HSH), de não usar preservativos durante o sexo com parceiros ocasionais e/ou anônimos, constituindo-se como uma prática de premeditação e erotização do sexo anal sem camisinha. Considerando sua difusão imbricada à cibercultura, com base nos trabalhos do campo dos Estudos Culturais, em sua vertente pós-crítica, nomeio um conjunto de ditos heterogêneos sobre a prática localizados no ciberespaço, especificamente em um blog e três perfis no Twitter, como currículo bareback. Currículo, por sua vez, é entendido como discurso, isto é, como práticas produtivas de poder-saber que se dão sob condições de emergência específicas. Como metodologia, a pesquisa articulou elementos e procedimentos da netnografia e da análise discursiva de inspiração foucaultiana. Desenvolvo aqui a tese de que, no funcionamento do currículo bareback, engendra-se um processo de subjetivação e de produção de verdades caracterizado e particularizado, proeminentemente, por contestações e resistências às normas prescritas do uso obrigatório do preservativo nas relações sexuais entre homens que fazem sexo com homens. Compondo essas contestações e resistências, está a disputa sobre o prazer sexual. Assim, afirma-se, nesse currículo, que o ato sexual mais excitante, melhor e mais prazeroso é aquele que pode ser sentido sem preservativo. Tal afirmação que emerge nesse currículo como verdade estabelece relações com o risco, prazer, saúde e gênero que incidem na produção de posições de sujeito particulares e em modos de condução da conduta distintos. Dessa maneira, o currículo bareback atua de modo a produzir diferentes, complementares e conflitantes posições de sujeito: unrubberman, preper, bugchaser e giftgivers. No que se refere ainda ao funcionamento desse currículo, localiza-se a pornografia como uma tecnologia integrada pelas pedagogias da masculinização e do erotismo, as quais operam com técnicas específicas para produzir o bareback como uma prática transgressiva atrelada à masculinidade e à violação da norma do uso obrigatório do preservativo.In this thesis, I analyze the functioning of the bareback curriculum in the production of truths, knowledge and subject positions. Bareback is an intentional sexual practice, typical of men who have sex with other men (MSM), of not using condoms during sex with casual and/or anonymous partners, constituting a practice of premeditation and eroticization of anal sex without condom. Considering its diffusion imbricated with cyberculture, based on works in the field of Cultural Studies, in its post-critical aspect, I name a set of heterogeneous sayings about the practice located in cyberspace, specifically in a blog and three profiles on Twitter, as a bareback curriculum. Curriculum, in turn, is understood as discourse, that is, as productive practices of power-knowledge that take place under specific emergency conditions. As a methodology, the research articulated elements and procedures of netnography and discursive analysis inspired by Foucault. I develop here the thesis that, in the functioning of the bareback curriculum, a process of subjectivation and the production of truths is engendered and prominently characterized by challenges and resistance to the prescribed norms of the mandatory use of condoms in sexual relations between men who do sex with men. Compounding these challenges and resistances is the dispute over sexual pleasure. Thus, it is stated in this curriculum that the most exciting, best and most pleasurable sexual act is the one that can be felt without a condom. This statement that emerges in this curriculum as truth establishes relationships with risk, pleasure, health and gender that affect the production of particular subject positions and different modes of conduction. In this way, the bareback curriculum works to produce different, complementary and conflicting subject positions: unrubberman, preper, bugchaser and giftgivers. With regard to the functioning of this curriculum, pornography is located as a technology integrated by the pedagogies of masculinization and eroticism, which operate with specific techniques to produce bareback as a transgressive practice linked to masculinity and the violation of the norm of mandatory use of condoms.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Educação - Conhecimento e Inclusão SocialUFMGBrasilFAE - FACULDADE DE EDUCAÇÃOSexo -- DiferençasHomens -- Comportamento sexualHomossexualidade masculinaComportamento de riscoMinorias sexuaisCurrículo.Bareback.Sexualidade.Homens que fazem sexo com homens.Gênero.“Cavalgar sem sela”: ensinamentos, demandas e incitações do currículo bareback em oposição às normas do uso do preservativoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/38849/6/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD56ORIGINALVF_Tese_DaniloOliveiraUFMG.pdfVF_Tese_DaniloOliveiraUFMG.pdfapplication/pdf5240290https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/38849/5/VF_Tese_DaniloOliveiraUFMG.pdf03101dd82463cd620c949113a09cf7e7MD551843/388492021-12-13 22:37:10.111oai:repositorio.ufmg.br:1843/38849TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-12-14T01:37:10Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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