O desempenho físico em ambientes temperado e quente é diminuído pela ausência das aferências provenientes dos barorreceptores arteriais
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/KMCM-9DNF39 |
Resumo: | No presente estudo, nós investigamos se o desempenho físico nos ambientes temperado e quente foi dependente dos barorrecptores arteriais. Ratos Wistar foram submetidos à desnervação sino-aórtica (DSA) ou cirurgia fictícia (CON). Após a recuperação, os ratos foram submetidos ao exercício com velocidade constante (18m/min) ou exercício com aumentos progressivos da velocidade (iniciando com uma velocidade de 10 m/min, com incrementos de 1 m/min a cada 2 min até a fadiga) em ambiente temperado (25°C) e quente (35°C). Nesses experimentos, os animais DSA e CON foram submetidos ao implante de cateter na aorta ascendente, e de um sensor de temperatura na cavidade peritoneal. Após dois dias, as respostas termorregulatórias e cardiovasculares foram medidas. Durante o exercício com velocidade constante, a DSA reduziu o tempo de exercício até a fadiga no ambiente temperado (29 ± 3 min vs 66 ± 11 min, P < 0,01; n = 8) e no calor (14 ± 1 min vs 23 ± 2 min, P < 0,001; n = 8). O desempenho de corrida também foi afetado pela DSA durante o exercício progressivo, sendo a velocidade máxima significativamente diminuída (p < 0,01). Ao longo do exercício com velocidade constante, o aumento da pressão arterial foi maior nos ratos desnervados quando comparados aos ratos CON (temperado: 141 ± 3 mmHg vs, 123 ± 2 mmHg P < 0,001, n = 8; calor: 174 ± 13 mmHg vs 134 ± 5 mmHg, P < 0,02, n = 8), entretanto as respostas termorregulatórias não foram diferentes entre os dois grupos. A DSA resultou também em aumento da densidade espectral do componente de muito baixa frequência da pressão arterial sistólica durante o exercício (temperado: 20,3 ± 4,1 mmHg2 vs, 2,7 ± 0,4 mmHg2 P < 0,05, n = 6; calor: 26,9 ± 6,2 mmHg2 vs 5,9 ± 0,8 mmHg2, P < 0,05, n = 6). Além disso, a freqüência cardíaca máxima no final do teste de esforço progressivo foi maior nos ratos DSA (temperado: 593 ± 5 bpm vs, 533 ± 13 bpm P < 0,05, n = 5; calor: 639 ± 6 bpm vs 553 ± 19 bpm, P < 0,05, n=5). Assim, a ausência crônica dos barorreceptores arteriais antecipa a fadiga nos ambientes temperado e quente. Nós sugerimos que o aumento do esforço cardiovascular contribuiu para a antecipação da interrupção do exercício nos ratos DSA. |
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Nilo Resende Viana LimaMarco Antonio Peliky FontesDanusa Dias SoaresLuiz Oswaldo Carneiro RodriguesThales Nicolau Prímola GomesWashington Pires2019-08-13T04:40:53Z2019-08-13T04:40:53Z2012-10-02http://hdl.handle.net/1843/KMCM-9DNF39No presente estudo, nós investigamos se o desempenho físico nos ambientes temperado e quente foi dependente dos barorrecptores arteriais. Ratos Wistar foram submetidos à desnervação sino-aórtica (DSA) ou cirurgia fictícia (CON). Após a recuperação, os ratos foram submetidos ao exercício com velocidade constante (18m/min) ou exercício com aumentos progressivos da velocidade (iniciando com uma velocidade de 10 m/min, com incrementos de 1 m/min a cada 2 min até a fadiga) em ambiente temperado (25°C) e quente (35°C). Nesses experimentos, os animais DSA e CON foram submetidos ao implante de cateter na aorta ascendente, e de um sensor de temperatura na cavidade peritoneal. Após dois dias, as respostas termorregulatórias e cardiovasculares foram medidas. Durante o exercício com velocidade constante, a DSA reduziu o tempo de exercício até a fadiga no ambiente temperado (29 ± 3 min vs 66 ± 11 min, P < 0,01; n = 8) e no calor (14 ± 1 min vs 23 ± 2 min, P < 0,001; n = 8). O desempenho de corrida também foi afetado pela DSA durante o exercício progressivo, sendo a velocidade máxima significativamente diminuída (p < 0,01). Ao longo do exercício com velocidade constante, o aumento da pressão arterial foi maior nos ratos desnervados quando comparados aos ratos CON (temperado: 141 ± 3 mmHg vs, 123 ± 2 mmHg P < 0,001, n = 8; calor: 174 ± 13 mmHg vs 134 ± 5 mmHg, P < 0,02, n = 8), entretanto as respostas termorregulatórias não foram diferentes entre os dois grupos. A DSA resultou também em aumento da densidade espectral do componente de muito baixa frequência da pressão arterial sistólica durante o exercício (temperado: 20,3 ± 4,1 mmHg2 vs, 2,7 ± 0,4 mmHg2 P < 0,05, n = 6; calor: 26,9 ± 6,2 mmHg2 vs 5,9 ± 0,8 mmHg2, P < 0,05, n = 6). Além disso, a freqüência cardíaca máxima no final do teste de esforço progressivo foi maior nos ratos DSA (temperado: 593 ± 5 bpm vs, 533 ± 13 bpm P < 0,05, n = 5; calor: 639 ± 6 bpm vs 553 ± 19 bpm, P < 0,05, n=5). Assim, a ausência crônica dos barorreceptores arteriais antecipa a fadiga nos ambientes temperado e quente. Nós sugerimos que o aumento do esforço cardiovascular contribuiu para a antecipação da interrupção do exercício nos ratos DSA.In the present study, we investigated whether running performance in temperate or warm environments was dependent on intact arterial baroreceptors reflexes. Wistar rats were submitted to either a sinoaortic denervation (SAD) or sham surgery (SHAM) and submitted to both constant intensity (18m/min) and incremental treadmill exercises (starting at a velocity of 10 m/min, with increments of 1 m/min every 2 min until the rats were fatigued) in both temperate (25°C) and hot (35°C) conditions. In these experiments, SAD and SHAM animals had a catheter implanted into the ascending aorta, and a temperature sensor implanted into the peritoneal cavity. Two days following these procedures, cardiovascular and thermoregulatory responses were evaluated. During constant-speed exercise, total exercise time until the rats were fatigued was reduced by SAD in both temperate (29 ± 3 min vs 66 ± 11 min, P<0.01; n=8) and hot condition (14 ± 1 min vs 23 ± 2 min, P<0.001; n = 8). Running performance was also affected by SAD during incremental-speed exercise, with maximal speed being significantly reduced (p<0.01). During constant-speed exercise, denervated rats displayed a higher increase in blood pressure when compared to SHAM rats (temperate: 141 ± 3 mmHg vs, 123 ± 2 mmHg P<0.001, n=8; hot: 174 ± 13 mmHg vs 134 ± 5 mmHg, P<0.02, n=8), but the thermoregulatory responses were not significantly different between the groups. SAD also induced an increase in the spectral power density of the very low oscillations of arterial systolic pressure during exercise (temperate: 20.3 ± 4.1 mmHg2 vs, 2.7 ± 0.4 mmHg2 P < 0.05, n = 6; calor: 26.9 ± 6.2 mmHg2 vs 5.9 ± 0.8 mmHg2, P < 0.05, n = 6). Furthermore, the heart rate values at the end of incremental exercise test were exacerbated by SAD (temperate: 593 ± 5 bpm vs, 533 ± 13 bpm P<0.05, n=5; hot: 639 ± 6 bpm vs 553 ± 19 bpm, P<0.05, n=5) Thus, chronic absence of arterial baroafferents anticipates exercise fatigue in temperate and warm environments. We suggested that an augmented cardiovascular strain has accounted the early interruption of the exercise SAD rats.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGPressão arterialFadigaCorpo TemperaturaCalorFadigaVariabilidade da pressão arterialEsteiraBarorreceptoresTemperaturaDissipação de calor cutâneaO desempenho físico em ambientes temperado e quente é diminuído pela ausência das aferências provenientes dos barorreceptores arteriaisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALtese_doutorado_vers_o_final.pdfapplication/pdf3279690https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/KMCM-9DNF39/1/tese_doutorado_vers_o_final.pdfd8506f6b51fdfb7c8a3062e601782f71MD51TEXTtese_doutorado_vers_o_final.pdf.txttese_doutorado_vers_o_final.pdf.txtExtracted texttext/plain126090https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/KMCM-9DNF39/2/tese_doutorado_vers_o_final.pdf.txt65550f19ff8a406ce50e96b6b075b03dMD521843/KMCM-9DNF392019-11-14 21:14:36.972oai:repositorio.ufmg.br:1843/KMCM-9DNF39Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-15T00:14:36Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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No presente estudo, nós investigamos se o desempenho físico nos ambientes temperado e quente foi dependente dos barorrecptores arteriais. Ratos Wistar foram submetidos à desnervação sino-aórtica (DSA) ou cirurgia fictícia (CON). Após a recuperação, os ratos foram submetidos ao exercício com velocidade constante (18m/min) ou exercício com aumentos progressivos da velocidade (iniciando com uma velocidade de 10 m/min, com incrementos de 1 m/min a cada 2 min até a fadiga) em ambiente temperado (25°C) e quente (35°C). Nesses experimentos, os animais DSA e CON foram submetidos ao implante de cateter na aorta ascendente, e de um sensor de temperatura na cavidade peritoneal. Após dois dias, as respostas termorregulatórias e cardiovasculares foram medidas. Durante o exercício com velocidade constante, a DSA reduziu o tempo de exercício até a fadiga no ambiente temperado (29 ± 3 min vs 66 ± 11 min, P < 0,01; n = 8) e no calor (14 ± 1 min vs 23 ± 2 min, P < 0,001; n = 8). O desempenho de corrida também foi afetado pela DSA durante o exercício progressivo, sendo a velocidade máxima significativamente diminuída (p < 0,01). Ao longo do exercício com velocidade constante, o aumento da pressão arterial foi maior nos ratos desnervados quando comparados aos ratos CON (temperado: 141 ± 3 mmHg vs, 123 ± 2 mmHg P < 0,001, n = 8; calor: 174 ± 13 mmHg vs 134 ± 5 mmHg, P < 0,02, n = 8), entretanto as respostas termorregulatórias não foram diferentes entre os dois grupos. A DSA resultou também em aumento da densidade espectral do componente de muito baixa frequência da pressão arterial sistólica durante o exercício (temperado: 20,3 ± 4,1 mmHg2 vs, 2,7 ± 0,4 mmHg2 P < 0,05, n = 6; calor: 26,9 ± 6,2 mmHg2 vs 5,9 ± 0,8 mmHg2, P < 0,05, n = 6). Além disso, a freqüência cardíaca máxima no final do teste de esforço progressivo foi maior nos ratos DSA (temperado: 593 ± 5 bpm vs, 533 ± 13 bpm P < 0,05, n = 5; calor: 639 ± 6 bpm vs 553 ± 19 bpm, P < 0,05, n=5). Assim, a ausência crônica dos barorreceptores arteriais antecipa a fadiga nos ambientes temperado e quente. Nós sugerimos que o aumento do esforço cardiovascular contribuiu para a antecipação da interrupção do exercício nos ratos DSA. |
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