Influência das intervenções assistenciais sobre a continuidade do sono de pacientes em Centro de Terapia Intensiva

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fernanda Luiza Hamze
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/GCPA-92EGZX
Resumo: O sono é fundamental para o descanso, o bem-estar e para a preservação da homeostase e equilíbrio de diferentes sistemas orgânicos do indivíduo. Pacientes internados em Centro de Tratamento Intensivo podem apresentar alterações nos diferentes sistemas corporais, dentre as quais se destacam as relacionadas ao sono. A obtenção da melhor qualidade possível do sono é importante para a recuperação e promoção da saúde dos indivíduos. A privação do sono, as alterações no ciclo sono-vigília e os despertares frequentes são comuns em pacientes internados no Centro de Tratamento Intensivo e têm sido objeto de pesquisa na área da saúde. O objetivo desteestudo foi identificar as intervenções assistenciais prestadas pela equipe de saúde e sua influência sobre a continuidade do sono dos pacientes internados em Centro de Tratamento Intensivo. Trata-se de estudo descritivo, cuja amostra foi composta por 12 pacientes para os quais o diagnóstico de enfermagem "padrão do sono prejudicado" foi identificado. A coleta de dados foi realizada no período de junho a novembro de 2011, utilizando técnica de filmagem para visualização das intervenções assistenciais realizadas pela equipe de saúde em um período de 24 horas. As interrupções do sono foram mensuradas através dos despertares pelo equipamento actígrafo. Utilizou-seestatística descritiva para análise dos dados. Foram identificadas 529intervenções assistenciais, agrupadas em 28 diferentes tipos de intervenções, média de 44,1 intervenções/paciente/dia. As intervenções assistenciais mais frequentes foram: mensuração de sinais vitais (109-20,6%), avaliação dos pacientes (90-17,0%), administração de medicação (84-15,9%), administração de alimentação oral (72-13,6%) e mensuração de glicemia capilar (41-7,8%). A distribuição das intervenções assistenciais ao longo das 24 horas não seguiu padrão regular e apresentou picos de realização às 10 horas e às 22 horas.Foram realizadas 1,8 intervenções/hora em cada paciente. Em apenas cinco pacientes foram observados intervalos de 120 minutos ininterruptos sem realização de intervenção. Entre as 529 intervenções assistenciais realizadas, 21(4,0%) causaram alterações no sono dos pacientes, sendo as mais frequentes: administração de medicação (4-19,9%), administração de alimentação oral (3-14,3%), avaliação dos pacientes (2-9,4%), banho (2-9,4%), coleta de sangue (2-9,4%) e mensuração de sinais vitais (2-9,4%). Conclui-se que intervenções assistenciais realizadas pela equipe de saúde podem prejudicar o sono de pacientes internados no Centro de Tratamento Intensivo, o que aponta para a necessidade de padronizar os cuidados, diferenciando-os de acordo com o grau de gravidade de cada paciente com uma disposição para a diversificação de horários na sua implementação.
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O objetivo desteestudo foi identificar as intervenções assistenciais prestadas pela equipe de saúde e sua influência sobre a continuidade do sono dos pacientes internados em Centro de Tratamento Intensivo. Trata-se de estudo descritivo, cuja amostra foi composta por 12 pacientes para os quais o diagnóstico de enfermagem "padrão do sono prejudicado" foi identificado. A coleta de dados foi realizada no período de junho a novembro de 2011, utilizando técnica de filmagem para visualização das intervenções assistenciais realizadas pela equipe de saúde em um período de 24 horas. As interrupções do sono foram mensuradas através dos despertares pelo equipamento actígrafo. Utilizou-seestatística descritiva para análise dos dados. Foram identificadas 529intervenções assistenciais, agrupadas em 28 diferentes tipos de intervenções, média de 44,1 intervenções/paciente/dia. As intervenções assistenciais mais frequentes foram: mensuração de sinais vitais (109-20,6%), avaliação dos pacientes (90-17,0%), administração de medicação (84-15,9%), administração de alimentação oral (72-13,6%) e mensuração de glicemia capilar (41-7,8%). A distribuição das intervenções assistenciais ao longo das 24 horas não seguiu padrão regular e apresentou picos de realização às 10 horas e às 22 horas.Foram realizadas 1,8 intervenções/hora em cada paciente. Em apenas cinco pacientes foram observados intervalos de 120 minutos ininterruptos sem realização de intervenção. Entre as 529 intervenções assistenciais realizadas, 21(4,0%) causaram alterações no sono dos pacientes, sendo as mais frequentes: administração de medicação (4-19,9%), administração de alimentação oral (3-14,3%), avaliação dos pacientes (2-9,4%), banho (2-9,4%), coleta de sangue (2-9,4%) e mensuração de sinais vitais (2-9,4%). Conclui-se que intervenções assistenciais realizadas pela equipe de saúde podem prejudicar o sono de pacientes internados no Centro de Tratamento Intensivo, o que aponta para a necessidade de padronizar os cuidados, diferenciando-os de acordo com o grau de gravidade de cada paciente com uma disposição para a diversificação de horários na sua implementação.Sleep is fundamental for rest, wellbeing, and for the preservation ofhomeostasis and equilibrium of different organ systems of the individual.Patients admitted to the Intensive Care Unit may present alterations in different body systems, among which those related to sleep stand out. Obtaining the best possible quality of sleep is important for the recuperation and health promotion of individuals. Sleep deprivation, changes in sleep-wake cycle and frequent awakenings are common in patients hospitalized in the Intensive Care Unit and have been the object of research in the health area. The aim of this study was to identify interventions care provided by the health team and its influence on sleep continuity of patients admitted to the Intensive Care Unit.This was a descriptive study, with a sample consisting of 12 patients for whom thenursing diagnosis "disturbed sleep pattern" was identified. Data collection was conducted from June to November 2011, using a filming technique for visualization of care interventions performed by the health team during a period of 24 hours. The alterations in sleep patterns were measured by awakenings through the means of actigraphy equipment. We used descriptive statistics for data analysis. There were 529 care interventions identified, grouped into 28 different types of interventions, with an average of 44.1 interventions / patient / day. The most frequent interventions were: measurement of vital signs (109 - 20.6%), assessment of patients (90 - 17.0%), medication administration (84 -15.9%), administration of oral feeding (72 - 13.6%) and blood glucosemeasurement (41 - 7.8%). The distribution of care interventions over the 24 hours did not follow a regular pattern and showed peak occurrences at 10:00 and 22:00 hours. There were 1.8 interventions / hour performed for each patient. In only five patients were there intervals of 120 uninterrupted minutes observed without the performance of an intervention. Among the 529 care interventions performed, 21 (4.0%) caused alterations in patients' sleep, the most common being: medication administration (4 - 19.9%), administration of oral feeding (3 - 14.3%), patient assessments (2 - 9.4%), bath (2 - 9.4%), bloodsampling (2 - 9.4%) and measurement of vital signs (2 - 9.4%). It is concluded that care interventions performed by the health team can disrupt the sleep of patients admitted to the Intensive Care Unit, which points to the need to standardize care, differentiating them according to the severity of each patient with a willingness to diversify their implementation schedules.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGEquipe de Assistência ao PacienteDiagnóstico de EnfermagemHumanosEnfermagemTranstornos do Sono/diagnósticoUnidades de Terapia IntensivaUnidade de Terapia IntensivaEnfermagemSonoInfluência das intervenções assistenciais sobre a continuidade do sono de pacientes em Centro de Terapia Intensivainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALfernanda_luiza_hamze.pdfapplication/pdf2270926https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/GCPA-92EGZX/1/fernanda_luiza_hamze.pdf619a1bef8cb6d4cfd9f36b2322fdbf16MD51TEXTfernanda_luiza_hamze.pdf.txtfernanda_luiza_hamze.pdf.txtExtracted texttext/plain164511https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/GCPA-92EGZX/2/fernanda_luiza_hamze.pdf.txt6e4cb51c47b31e67c4152652cd0f1501MD521843/GCPA-92EGZX2019-11-14 04:56:02.747oai:repositorio.ufmg.br:1843/GCPA-92EGZXRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T07:56:02Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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