O impacto da Revolução Russa no movimento anarquista uruguaio (1917-1921)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: George Fellipe Zeidan Vilela Araújo
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-92JGSR
Resumo: Na trajetória do movimento operário internacional, a Revolução Russa de 1917 é um dos momentos de maior relevância, sendo frequentemente apontada como um divisor de águas para asesquerdas em todo o mundo aqui incluído não apenas o socialismo e o comunismo, mas também o anarquismo. Apesar de muito distante geograficamente, os ecos da Revolução Russa se fizeram sentir também na América Latina, região que atravessava igualmente momentos agitados. Em muitos países latino-americanos, como o Uruguai, um ainda incipiente movimento operário-social questionava a ordem que havia sido imposta pelas elites desde o fim do período colonial. A tendência majoritária no movimento operário-social uruguaio era a anarquista e, se bem a Revolução provocou comoção e otimismo, não deixou de suscitar inúmeras questões de ordem ideológica e conceitual. Se, em um primeiro momento, praticamente todos os grupos libertários saudaram-na e manifestaram sua solidariedade, posteriormente, muitos expressaram sua desconfiança e posterior rechaço à Rússia Soviética. Entretanto, alguns grupos, em francacontradição com o ideário anarquista, não só continuaram a defender a Revolução, a ditadura do proletariado e o governo bolchevique, como conduziram uma grande polêmica ideológica com os grupos contrários. Foram delineando-se duas correntes principais: a baseada no periódico La Batalla, e a representada pelo periódico El Hombre. O enfrentamento entre elas seria, em grande medida, responsável pela posterior fratura da Federación Obrera Regional Uruguaya (F.O.R.U.) e declínio do anarquismo uruguaio.
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