Identificação e analíse de viabilidade de ovos de helmintos em um sistema de tratamento de esgotos domésticos constituído de reatores anaeróbicos e rampas de escoamento superficial
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2000 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8DXLTG |
Resumo: | O presente trabalho aborda a identificação e análise de viabilidade de ovos de helmintos em um sistema de aplicação de esgotos domésticos no solo por escoamento superficial, aplicado ao pós-tratamento de efluentes de reatores anaeróbios. Buscou-se, ainda, avaliar a eficiência do sistema em relação à remoção de ovos de helmintos, coliformes totais (CT) e Escherichia coli (E. coli) analisando o enquadramento do efluente final às diretrizes da OMS para reúso de águas residuárias tratadas. O estudo, desenvolvido em duas fases, avaliou unidades implantadas junto à ETE Nova Vista, na cidade de Itabira/MG. Na Fase 1, o sistema foi constituído de um reator UASB (escala real), seguido de três rampas de escoamento superficial no solo (escala de demonstração), operando com vazão constante ao longo do dia. Nessa fase buscou-se avaliar a eficiência do sistema em relação à remoção de ovos de helmintos, e a identificação das espécies prevalentes, utilizando o método de BAILENGER (1979), modificado por AYRES & MARA (1996). Na Fase 2, o sistema foi constituído de um reator anaeróbio compartimentado (escala de demonstração), seguido das mesmas rampas de aplicação superficial no solo, porém operando com vazão variável ao longo do dia. Nessa fase, buscou-se avaliar a eficiência do sistema de tratamento em relação à remoção de ovos de helmintos, CT e E. coli, bem como estimar a fração viável dos ovos. Em geral, o sistema funcionou de forma bastante promissora em relação à remoção de ovos de helmintos, com eficiências médias no reator UASB de 71% e 82%, nas Fases 1 e 2, respectivamente. Em relação às rampas de escoamento superficial, os resultados parasitológicos obtidos na Fase 1 indicaram a ausência de ovos de helmintos no efluente final. Na Fase 2 foi obtida uma média de 0,2 ovo/L, indicando o atendimento às diretrizes da OMS ( 1 ovo de nematóide/L). Nos estudos de viabilidade dos ovos de helmintos, durante a Fase 2, pela técnica da coloração rápida, foram observados tanto ovos viáveis, quanto não-viáveis. Os percentuais médios de ovos viáveis foram de 3,9% no esgoto bruto e 14,9% no efluente do reator anaeróbio. Ressalta-se que tais resultados devem ser vistos com ressalvas, devido às dificuldades de observação inerentes ao método utilizado. Em relação à remoção de CT e E. coli, foram observadas eficiências médias da ordem de 2 unidades logarítmicas no sistema UASB/rampas. Embora a qualidade do efluente final das rampas ( 1 ovo /L) indique a sua potencial utilização para a irrigação irrestrita, as concentrações de E. coli (106 a 108 NMP/100 mL) indicam uma qualidade bacteriana insatisfatória, possibilitando sua utilização apenas para a irrigação restrita (cereais, culturas industriais, forrageiras, pastagens e árvores). |
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