Até onde vai a lama? Impactos do rompimento da barragem Córrego do Feijão e da pandemia COVID-19 na cadeia produtiva de minhocuçu (Rhinodrilus alatus) e outras iscas, em Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lívia Maria Comini de Andrade
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/41399
Resumo: O rompimento da barragem de rejeitos de minério Córrego do Feijão (Minas Gerais, Brasil) contaminou a bacia do rio Paraopeba, afetando sua biodiversidade e as comunidades humanas que utilizam seus diferentes recursos. Os impactos ambientais e socioeconômicos na área atingida pela lama são evidentes. Entretanto, esses impactos geram uma sucessão de efeitos indiretos e pessoas atingidas que não são consideradas pelo processo judicial. Com a interrupção da pesca, toda a cadeia produtiva de minhocuçu (Rhinodrilus alatus) e de outras iscas foi afetada, atingindo a comunidade quilombola de Pontinha, no município de Paraopeba, que tem na extração de minhocuçus sua principal fonte de renda, e um conjunto de pontos de comércio destinados à pesca, às margens da BR 040, no município de Caetanópolis, denominado Shopping da Minhoca. Com o objetivo de diagnosticar os impactos da ruptura da barragem e da pandemia COVID-19 na cadeia produtiva do minhocuçu e outras iscas, e visando contribuir para o estabelecimento de medidas de curto prazo e de políticas públicas que contemplem esses setores, entrevistas semiestruturadas e questionários foram aplicados a três setores da cadeia produtiva do minhocuçu e outras iscas: comerciantes, extratores e pescadores. A partir da triangulação dos dados obtidos e análise de conteúdo dos relatos dos entrevistados, diagnosticamos os impactos do rompimento da barragem Córrego do Feijão e da pandemia COVID-19. Assim, identificamos uma complexa rede de influências e ameaças indiretas na cadeia produtiva de iscas que se convergem em duas ameaças diretas, a ilegalidade de uso do minhocuçu e a atividade pesqueira. Portanto, todos os fatores que afetam a pesca, geram impactos sobre o comércio de iscas e, consequentemente, sobre a extração de minhocuçus. Essas ameaças se intensificaram com o rompimento da barragem de minério, pois o fluxo de pescadores diminuiu inesperadamente, reduzindo as vendas de iscas e impactando diretamente comerciantes e extratores. Os impactos socioambientais do rompimento da barragem nesses grupos foram ainda mais agravados pela pandemia. Os comerciantes e extratores que já se encontravam fragilizados pelo rompimento, foram novamente atingidos pela pandemia e pela crise econômica brasileira que se sucedeu, o que aumentou ainda mais a vulnerabilidade desses atores. Dessa forma, toda a cadeia de iscas foi atingida por esses dois desastres. Neste contexto, este trabalho fornece subsídio para o planejamento estratégico com foco na minimização dos impactos a esses grupos, e para que a extensão dos impactos por rompimentos de barragens possa ser revista.
id UFMG_88b055de0ee950e9b1693efce1e86825
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/41399
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Maria Auxiliadora Drumondhttp://lattes.cnpq.br/8054435761140226Maria Rita Silvério PiresAdriano Pereira Pagliahttp://lattes.cnpq.br/4617514747378305Lívia Maria Comini de Andrade2022-05-05T15:00:45Z2022-05-05T15:00:45Z2021-10-29http://hdl.handle.net/1843/41399O rompimento da barragem de rejeitos de minério Córrego do Feijão (Minas Gerais, Brasil) contaminou a bacia do rio Paraopeba, afetando sua biodiversidade e as comunidades humanas que utilizam seus diferentes recursos. Os impactos ambientais e socioeconômicos na área atingida pela lama são evidentes. Entretanto, esses impactos geram uma sucessão de efeitos indiretos e pessoas atingidas que não são consideradas pelo processo judicial. Com a interrupção da pesca, toda a cadeia produtiva de minhocuçu (Rhinodrilus alatus) e de outras iscas foi afetada, atingindo a comunidade quilombola de Pontinha, no município de Paraopeba, que tem na extração de minhocuçus sua principal fonte de renda, e um conjunto de pontos de comércio destinados à pesca, às margens da BR 040, no município de Caetanópolis, denominado Shopping da Minhoca. Com o objetivo de diagnosticar os impactos da ruptura da barragem e da pandemia COVID-19 na cadeia produtiva do minhocuçu e outras iscas, e visando contribuir para o estabelecimento de medidas de curto prazo e de políticas públicas que contemplem esses setores, entrevistas semiestruturadas e questionários foram aplicados a três setores da cadeia produtiva do minhocuçu e outras iscas: comerciantes, extratores e pescadores. A partir da triangulação dos dados obtidos e análise de conteúdo dos relatos dos entrevistados, diagnosticamos os impactos do rompimento da barragem Córrego do Feijão e da pandemia COVID-19. Assim, identificamos uma complexa rede de influências e ameaças indiretas na cadeia produtiva de iscas que se convergem em duas ameaças diretas, a ilegalidade de uso do minhocuçu e a atividade pesqueira. Portanto, todos os fatores que afetam a pesca, geram impactos sobre o comércio de iscas e, consequentemente, sobre a extração de minhocuçus. Essas ameaças se intensificaram com o rompimento da barragem de minério, pois o fluxo de pescadores diminuiu inesperadamente, reduzindo as vendas de iscas e impactando diretamente comerciantes e extratores. Os impactos socioambientais do rompimento da barragem nesses grupos foram ainda mais agravados pela pandemia. Os comerciantes e extratores que já se encontravam fragilizados pelo rompimento, foram novamente atingidos pela pandemia e pela crise econômica brasileira que se sucedeu, o que aumentou ainda mais a vulnerabilidade desses atores. Dessa forma, toda a cadeia de iscas foi atingida por esses dois desastres. Neste contexto, este trabalho fornece subsídio para o planejamento estratégico com foco na minimização dos impactos a esses grupos, e para que a extensão dos impactos por rompimentos de barragens possa ser revista.The collapse of the Córrego do Feijão ore tailings dam (Minas Gerais, Brazil) contaminated the Paraopeba river basin, affecting its biodiversity and human communities that use its different resources. The environmental, social and economic impacts in the area affected by the mud are evident. However, these impacts generate a succession of indirect effects and affected people that are not considered by the judicial process. With the interruption of fishing, the entire production chain of earthworm (Rhinodrilus alatus) and other baits was affected, reaching the quilombola community of Pontinha, in the municipality of Paraopeba, whose main source of income is the extraction of earthworms, and a group of fishing trade spots by the side of the BR 040 road, in the municipality of Caetanópolis, called “Shopping da Minhoca”. Aiming to diagnose the impacts of the dam failure and of the COVID-19 pandemic on the production chain of minhocuçu and other baits, and to contribute to the determinations of short-term measures and public policies that address these sectors, semi-structured interviews and questionnaires were applied to three sectors of the minhocuçu chain and other baits: traders, extractors and fishermen. From the triangulation of the collected data and content analysis of the interviewees' reports, we diagnosed the impacts of the Córrego do Feijão dam break and of the COVID-19 pandemic. Thereby, we identified a complex network of influences and indirect threats to the bait production chain that converge into two direct ones, the illegal use of minhocuçu and the fishing activity. Therefore, all factors that affect the fishing activity generate impacts on the bait trade and, consequently, on the extraction of earthworms. These threats intensified with the dam break, as the traffic of fishermen slowed unexpectedly, reducing bait sales and the income of traders and extractors. The social and environmental impacts of the dam break to these groups were further aggravated by the pandemic. Traders and extractors who were already weakened by the break were hit once more by the pandemic and the Brazilian economic crisis that followed, further increasing their vulnerability. Thus, the entire chain of baits was hit by these two disasters. In this context, this work provides support for strategic planning with a focus in minimizing negative effects to such groups, and for the revision of the extent of impacts caused by dam failures.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Ecologia, Conservacao e Manejo da Vida SilvestreUFMGBrasilICB - DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA GERALhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessEcologiaDesastresBarragensCOVID-19 (Doença)Políticas PúblicasDesastres ambientaisAtingidos por barragensPolíticas públicasUso de fauna silvestreManejo adaptativoAté onde vai a lama? Impactos do rompimento da barragem Córrego do Feijão e da pandemia COVID-19 na cadeia produtiva de minhocuçu (Rhinodrilus alatus) e outras iscas, em Minas Geraisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALATÉ ONDE VAI A LAMA IMPACTOS DO ROMPIMENTO DA BARRAGEM CÓRREGO DO FEIJÃO E DA PANDEMIA COVID-19 NA CADEIA PRODUTIVA DE MINHOCUÇU (Rhinodrilus alatus) E OUTRAS ISCAS, EM MINAS GERAIS.pdfATÉ ONDE VAI A LAMA IMPACTOS DO ROMPIMENTO DA BARRAGEM CÓRREGO DO FEIJÃO E DA PANDEMIA COVID-19 NA CADEIA PRODUTIVA DE MINHOCUÇU (Rhinodrilus alatus) E OUTRAS ISCAS, EM MINAS GERAIS.pdfapplication/pdf5030115https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/41399/1/AT%c3%89%20ONDE%20VAI%20A%20LAMA%20IMPACTOS%20DO%20ROMPIMENTO%20DA%20BARRAGEM%20C%c3%93RREGO%20DO%20FEIJ%c3%83O%20E%20DA%20PANDEMIA%20COVID-19%20NA%20CADEIA%20PRODUTIVA%20DE%20MINHOCU%c3%87U%20%28Rhinodrilus%20alatus%29%20E%20OUTRAS%20ISCAS%2c%20EM%20MINAS%20GERAIS.pdfd2871709e2ddfcd3dac85cbe25565a47MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/41399/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/41399/3/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD531843/413992022-05-05 12:00:46.208oai:repositorio.ufmg.br:1843/41399TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-05-05T15:00:46Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Até onde vai a lama? Impactos do rompimento da barragem Córrego do Feijão e da pandemia COVID-19 na cadeia produtiva de minhocuçu (Rhinodrilus alatus) e outras iscas, em Minas Gerais
title Até onde vai a lama? Impactos do rompimento da barragem Córrego do Feijão e da pandemia COVID-19 na cadeia produtiva de minhocuçu (Rhinodrilus alatus) e outras iscas, em Minas Gerais
spellingShingle Até onde vai a lama? Impactos do rompimento da barragem Córrego do Feijão e da pandemia COVID-19 na cadeia produtiva de minhocuçu (Rhinodrilus alatus) e outras iscas, em Minas Gerais
Lívia Maria Comini de Andrade
Desastres ambientais
Atingidos por barragens
Políticas públicas
Uso de fauna silvestre
Manejo adaptativo
Ecologia
Desastres
Barragens
COVID-19 (Doença)
Políticas Públicas
title_short Até onde vai a lama? Impactos do rompimento da barragem Córrego do Feijão e da pandemia COVID-19 na cadeia produtiva de minhocuçu (Rhinodrilus alatus) e outras iscas, em Minas Gerais
title_full Até onde vai a lama? Impactos do rompimento da barragem Córrego do Feijão e da pandemia COVID-19 na cadeia produtiva de minhocuçu (Rhinodrilus alatus) e outras iscas, em Minas Gerais
title_fullStr Até onde vai a lama? Impactos do rompimento da barragem Córrego do Feijão e da pandemia COVID-19 na cadeia produtiva de minhocuçu (Rhinodrilus alatus) e outras iscas, em Minas Gerais
title_full_unstemmed Até onde vai a lama? Impactos do rompimento da barragem Córrego do Feijão e da pandemia COVID-19 na cadeia produtiva de minhocuçu (Rhinodrilus alatus) e outras iscas, em Minas Gerais
title_sort Até onde vai a lama? Impactos do rompimento da barragem Córrego do Feijão e da pandemia COVID-19 na cadeia produtiva de minhocuçu (Rhinodrilus alatus) e outras iscas, em Minas Gerais
author Lívia Maria Comini de Andrade
author_facet Lívia Maria Comini de Andrade
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Maria Auxiliadora Drumond
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/8054435761140226
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Maria Rita Silvério Pires
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Adriano Pereira Paglia
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/4617514747378305
dc.contributor.author.fl_str_mv Lívia Maria Comini de Andrade
contributor_str_mv Maria Auxiliadora Drumond
Maria Rita Silvério Pires
Adriano Pereira Paglia
dc.subject.por.fl_str_mv Desastres ambientais
Atingidos por barragens
Políticas públicas
Uso de fauna silvestre
Manejo adaptativo
topic Desastres ambientais
Atingidos por barragens
Políticas públicas
Uso de fauna silvestre
Manejo adaptativo
Ecologia
Desastres
Barragens
COVID-19 (Doença)
Políticas Públicas
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Ecologia
Desastres
Barragens
COVID-19 (Doença)
Políticas Públicas
description O rompimento da barragem de rejeitos de minério Córrego do Feijão (Minas Gerais, Brasil) contaminou a bacia do rio Paraopeba, afetando sua biodiversidade e as comunidades humanas que utilizam seus diferentes recursos. Os impactos ambientais e socioeconômicos na área atingida pela lama são evidentes. Entretanto, esses impactos geram uma sucessão de efeitos indiretos e pessoas atingidas que não são consideradas pelo processo judicial. Com a interrupção da pesca, toda a cadeia produtiva de minhocuçu (Rhinodrilus alatus) e de outras iscas foi afetada, atingindo a comunidade quilombola de Pontinha, no município de Paraopeba, que tem na extração de minhocuçus sua principal fonte de renda, e um conjunto de pontos de comércio destinados à pesca, às margens da BR 040, no município de Caetanópolis, denominado Shopping da Minhoca. Com o objetivo de diagnosticar os impactos da ruptura da barragem e da pandemia COVID-19 na cadeia produtiva do minhocuçu e outras iscas, e visando contribuir para o estabelecimento de medidas de curto prazo e de políticas públicas que contemplem esses setores, entrevistas semiestruturadas e questionários foram aplicados a três setores da cadeia produtiva do minhocuçu e outras iscas: comerciantes, extratores e pescadores. A partir da triangulação dos dados obtidos e análise de conteúdo dos relatos dos entrevistados, diagnosticamos os impactos do rompimento da barragem Córrego do Feijão e da pandemia COVID-19. Assim, identificamos uma complexa rede de influências e ameaças indiretas na cadeia produtiva de iscas que se convergem em duas ameaças diretas, a ilegalidade de uso do minhocuçu e a atividade pesqueira. Portanto, todos os fatores que afetam a pesca, geram impactos sobre o comércio de iscas e, consequentemente, sobre a extração de minhocuçus. Essas ameaças se intensificaram com o rompimento da barragem de minério, pois o fluxo de pescadores diminuiu inesperadamente, reduzindo as vendas de iscas e impactando diretamente comerciantes e extratores. Os impactos socioambientais do rompimento da barragem nesses grupos foram ainda mais agravados pela pandemia. Os comerciantes e extratores que já se encontravam fragilizados pelo rompimento, foram novamente atingidos pela pandemia e pela crise econômica brasileira que se sucedeu, o que aumentou ainda mais a vulnerabilidade desses atores. Dessa forma, toda a cadeia de iscas foi atingida por esses dois desastres. Neste contexto, este trabalho fornece subsídio para o planejamento estratégico com foco na minimização dos impactos a esses grupos, e para que a extensão dos impactos por rompimentos de barragens possa ser revista.
publishDate 2021
dc.date.issued.fl_str_mv 2021-10-29
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2022-05-05T15:00:45Z
dc.date.available.fl_str_mv 2022-05-05T15:00:45Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/41399
url http://hdl.handle.net/1843/41399
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Conservacao e Manejo da Vida Silvestre
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv ICB - DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA GERAL
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/41399/1/AT%c3%89%20ONDE%20VAI%20A%20LAMA%20IMPACTOS%20DO%20ROMPIMENTO%20DA%20BARRAGEM%20C%c3%93RREGO%20DO%20FEIJ%c3%83O%20E%20DA%20PANDEMIA%20COVID-19%20NA%20CADEIA%20PRODUTIVA%20DE%20MINHOCU%c3%87U%20%28Rhinodrilus%20alatus%29%20E%20OUTRAS%20ISCAS%2c%20EM%20MINAS%20GERAIS.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/41399/2/license_rdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/41399/3/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv d2871709e2ddfcd3dac85cbe25565a47
cfd6801dba008cb6adbd9838b81582ab
cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589326673543168