Crescimento econômico, câmbio real, restrição externa e endogeneidade das elasticidades renda
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/AMSA-9FRLP4 |
Resumo: | Considerando a notável relevância dos modelos de crescimento com restrição externa, especialmente o caso particular da Lei de Thirlwall, que define o crescimento sustentável de determinado país sendo determinado por uma equação que equilibra o balanço de pagamentos, esse trabalho se dedicou a investigar as hipóteses de relevância do câmbio real e de endogeneidade das elasticidades renda para esse tipo de modelo. Os esforços foram no sentido de produzir algo que permita avançar no debate sobre a importância do câmbio real para o crescimento econômico, além da possibilidade de as elasticidades renda serem endógenas. A hipótese básica é que a manutenção de um nível de câmbio real competitivo pode gerar efeitos que transcendem o ajuste da demanda agregada no curto prazo, alterando as elasticidades de forma a modificar a relação de longo prazo entre a taxa de crescimento do produto interno e a taxa de crescimento da economia mundial. Por um lado, as motivações desse trabalho surgiram de uma nova literatura de câmbio real e crescimento econômico, notadamente os autores da falácia da composição (entre eles, Blecker e Razmi, 2010; Razmi, 2007; Razin e Collins, 1997) e os autores que encontraram evidências empíricas da relação entre câmbio real e crescimento econômico, entre estes, Rodrik (2007), Eichengreen (2007), Gala (2008), Sampaio e Gala (2008), Silveira (2011), entre outros. Por outro lado, ressurge o debate sobre a endogeneidade das elasticidades renda no modelo de Thirlwall, com destaque para os trabalhos de Ferrari, Freitas e Barbosa-Filho (2010) e Missio e Jayme Jr. (2012). Dessa forma, os objetivos desse trabalho foram investigar tanto da importância do câmbio real para modelos à la Thirlwall quanto da endogeneidade da razão entre as elasticidades renda. Esse trabalho encontra evidências de que a razão das elasticidades é, de fato, exógena, e que o nível do câmbio real é capaz de influenciar o crescimento econômico apenas por meio da determinação da razão das elasticidades, ou seja, o câmbio real é importante para melhorar a competitividade não preço, mas não é significante para determinar o comércio via competição preço. |
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Frederico Gonzaga Jayme JuniorGustavo de Britto RochaMarco Flavio da Cunha ResendeGilberto de Assis LibanioLaura Barbosa de CarvalhoFabricio Jose MissioRenato Silverio Campos2019-08-13T03:24:29Z2019-08-13T03:24:29Z2013-10-31http://hdl.handle.net/1843/AMSA-9FRLP4Considerando a notável relevância dos modelos de crescimento com restrição externa, especialmente o caso particular da Lei de Thirlwall, que define o crescimento sustentável de determinado país sendo determinado por uma equação que equilibra o balanço de pagamentos, esse trabalho se dedicou a investigar as hipóteses de relevância do câmbio real e de endogeneidade das elasticidades renda para esse tipo de modelo. Os esforços foram no sentido de produzir algo que permita avançar no debate sobre a importância do câmbio real para o crescimento econômico, além da possibilidade de as elasticidades renda serem endógenas. A hipótese básica é que a manutenção de um nível de câmbio real competitivo pode gerar efeitos que transcendem o ajuste da demanda agregada no curto prazo, alterando as elasticidades de forma a modificar a relação de longo prazo entre a taxa de crescimento do produto interno e a taxa de crescimento da economia mundial. Por um lado, as motivações desse trabalho surgiram de uma nova literatura de câmbio real e crescimento econômico, notadamente os autores da falácia da composição (entre eles, Blecker e Razmi, 2010; Razmi, 2007; Razin e Collins, 1997) e os autores que encontraram evidências empíricas da relação entre câmbio real e crescimento econômico, entre estes, Rodrik (2007), Eichengreen (2007), Gala (2008), Sampaio e Gala (2008), Silveira (2011), entre outros. Por outro lado, ressurge o debate sobre a endogeneidade das elasticidades renda no modelo de Thirlwall, com destaque para os trabalhos de Ferrari, Freitas e Barbosa-Filho (2010) e Missio e Jayme Jr. (2012). Dessa forma, os objetivos desse trabalho foram investigar tanto da importância do câmbio real para modelos à la Thirlwall quanto da endogeneidade da razão entre as elasticidades renda. Esse trabalho encontra evidências de que a razão das elasticidades é, de fato, exógena, e que o nível do câmbio real é capaz de influenciar o crescimento econômico apenas por meio da determinação da razão das elasticidades, ou seja, o câmbio real é importante para melhorar a competitividade não preço, mas não é significante para determinar o comércio via competição preço.Considering the remarkable durability of the Balance of Payments Constrained Growth Models, especially the particular case of Thirlwall's Law, which defines sustainable growth of a country is determined by an equation that keep the balance of payments in equilibrium, this work is dedicated to investigate the hypothesis of relevance of the real exchange rate and the endogeneity of income elasticities for this type of models. The effort has been made to produce something that improve the debate on the importance of the real exchange rate to economic growth, and the possibility of income elasticities are endogenous. The basic hypothesis is that maintaining a competitive real exchange rate level can have effects that transcend the adjustment of aggregate demand in the short term by changing the elasticities in order to modify the long-term relationship between the rate of growth of domestic product and the rate growth of the world economy. On the one hand, the motivations of this work emerged a "new " literature of real exchange rate and economic growth, where the highlights are the authors of the fallacy of composition (including, Blecker and Razmi, 2010; Razmi, 2007; Razin and Collins, 1997) and the authors have found empirical evidence of the relationship between real exchange rate and economic growth, among these, Rodrik (2007), Eichengreen, (2007), (Gala, 2008), Sampaio and Gala (2008), Silveira (2011), among others. On the other hand, resurge the debate on the endogeneity of income elasticities in Thirlwall's model, highlighting the work of Ferrari, Freitas and Barbosa-Filho (2010) and Missio and Jayme Jr. (2012). Thus, the objectives of this study were to investigate both the importance of the real exchange rate in models à la Thirlwall and the endogeneity of the ratio between the income elasticities. This study finds evidence that the ratio of the elasticities is indeed exogenous, and that the real exchange rate can influence economic growth only by determining the ratio of elasticities, i.e, the real exchange rate is important for improving non-price competitiveness, but is not significant in determining trade via price competition.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGRelações econômicas internacionaisEconomiaDesenvolvimento econômicoCrescimentoRestrição ExternaCâmbio RealEndogeneidadeCrescimento econômico, câmbio real, restrição externa e endogeneidade das elasticidades rendainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALrenato_silverio_campos_31_10_2013.pdfapplication/pdf16315409https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/AMSA-9FRLP4/1/renato_silverio_campos_31_10_2013.pdff4f01d8a9938224bed50c6339d5d3114MD51TEXTrenato_silverio_campos_31_10_2013.pdf.txtrenato_silverio_campos_31_10_2013.pdf.txtExtracted texttext/plain177https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/AMSA-9FRLP4/2/renato_silverio_campos_31_10_2013.pdf.txtd58a7e78ad8b7d58ae5ae0f2ac9f0226MD521843/AMSA-9FRLP42019-11-14 21:00:40.185oai:repositorio.ufmg.br:1843/AMSA-9FRLP4Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-15T00:00:40Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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