Formação, competências e atuação em Biblioteconomia para área de Ciências da Saúde: uma análise sob o olhar dos profissionais da região sudeste do Brasil

• Autor(a) principal: Débora Crystina Reis
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/50973; https://orcid.org/0000-0002-0429-024X
• topic: Informação em Saúde; Biblioteconomia; Competências Profissionais; Ciências da Saúde; Bibliotecários; Ciência da informação; Bibliotecários especializados; Bibliotecários - formação profissional; Qualificações profissionais; Ciências médicas

Bibliotecários podem atuar em diversas áreas, vista a característica interdisciplinar da área de Biblioteconomia e Ciência da Informação e seus objetivos de auxiliar na organização, tratamento, registro, recuperação e disseminação da informação em qualquer suporte e meio. Na área das Ciências da Saúde é preciso que o bibliotecário tenha e adquira determinadas competências e habilidades para atender as demandas características de tal campo. A partir desse contexto, há o questionamento dessa pesquisa, indagando se os conhecimentos adquiridos ao longo da graduação subsidiam a atuação na área de saúde, isto é, qual o impacto do ensino de graduação na atuação na área em saúde, para bibliotecários? Para atender esse questionamento, justifica-se a pesquisa apresentada nesta dissertação. Quanto aos seus objetivos, aponta-se como objetivo geral: identificar, a partir da perspectiva dos bibliotecários que atuam na área de saúde, se os conhecimentos adquiridos por eles, no período de sua graduação oferecem subsídios adequados para sua atuação na área. Como objetivos específicos, busca-se: a) mapear e identificar os profissionais e os principais ambientes informacionais de atuação em Ciências da Saúde na região sudeste do Brasil; b) identificar as competências profissionais essenciais para sua atuação na área apontadas pelos bibliotecários; b.1) identificar as percepções dos bibliotecários estudados sobre sua formação e as contribuições que ela ofereceu para o desempenho da sua atividade profissional; c) identificar, a partir dos relatos dos bibliotecários, as inovações em serviços realizadas por eles na pandemia; e d) propor, a partir da fala dos profissionais, uma agenda conceitual a ser trabalhada nas formações em Biblioteconomia. Quanto à metodologia, a pesquisa pode ser considerada aplicada e caracterizada como quali-quantitativa. A partir de seus objetivos, pode-se classificá-la como uma pesquisa descritiva, que adota como procedimentos metodológicos o levantamento dos dados e pesquisa de campo, utilizou-se da análise de conteúdo para os dados qualitativos. E quanto aos procedimentos técnicos, a pesquisa é bibliográfica, com coleta de dados via formulário eletrônico. Como resultados, identificou-se que os bibliotecários se sentem pouco aptos ou inaptos em diversas atividades. Além disso, reafirmaram o caráter generalista da formação biblioteconômica. Traçou-se um perfil, sendo predominantemente mulheres, brancas, entre 30 e 39 anos, que atuam em instituições formadoras na área da saúde, como universidades públicas ou privadas, hospitais públicos e privados e clínicas. Quanto às competências necessárias para atuação, os respondentes enfatizaram principalmente conhecimentos em vocabulários controlados, pesquisa em bases de dados e metodologia. Em relação à atuação na pandemia, foram identificadas diversas inovações realizadas por bibliotecários como boletins informativos, repositórios e maior atuação digital junto aos usuários. Como perspectivas futuras sugere-se a continuação da pesquisa sobre informação em saúde na formação bibliotecária em relação aos aspectos apontados, em especial, ao ensino de metodologias de pesquisa, vocabulários controlados e gestão de documentos.