Análise integrada do nexo água-energia-emissões e mitigação das externalidades para o estado de Minas Gerais

• Autor(a) principal: Leonardo Barrouin Melo
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/35831
• topic: Mudanças climáticas; Energia elétrica; Matriz energética; Energia hidrelétrica; Emissões; Engenharia nuclear; Mudanças climáticas; Energia elétrica; Energia hidrelétrica

O suprimento energético de um estado ou país é uma preocupação permanente, uma vez que exige planejamento e operação bem estruturados. O crescimento populacional, a expansão territorial por moradia, a competição pelos usos das águas, a finitude das reservas energéticas de origem fóssil e a falta de um planejamento energético consistente e contínuo são alguns dos problemas existentes. Além destes, pesquisas apontam as mudanças climáticas como um dos maiores desafios que a humanidade enfrentará nas próximas décadas neste século, e que também afetarão a produção de energia. Historicamente, a matriz energética do Estado de Minas Gerais tem a peculiaridade de ser predominantemente renovável; 53,7% da demanda total foi atendida por fontes renováveis em 2017. Este percentual possui grande sensibilidade aos eventos climáticos, o que poderá resultar em alterações na matriz energética do Estado. As externalidades associadas dizem respeito à maior exposição a gases tóxicos emitidos em razão do aumento da participação de fontes energéticas mais poluentes. Neste trabalho foi realizada a análise integrada do nexo água-energia-emissões para o Estado de Minas Gerais, bem como a mitigação das externalidades presentes. Para alcançar os objetivos do estudo, dois modelos computacionais combinados em uma abordagem integrada foram utilizados: WEAP – Water Evaluation And Planning e o LEAP – Low Emissions Analysis Platform. O foco da análise se concentrou na matriz elétrica do Estado de Minas Gerais, por meio do modelamento de usinas hidrelétricas. Como principais resultados obtidos, destacam-se a redução da geração hidrelétrica ao final do horizonte de estudo (2019 a 2049) entre -16,8% e -7,8% nos cenários de restrição hídrica. A demanda final de energia elétrica, no cenário de referência, aumentou 40,8% neste período e, nos cenários energéticos, houve aumento entre 63,6% e 89,5%. Houve expressivos aumentos da geração elétrica por termelétricas a combustível fóssil e, em todos os cenários estudados, houve crescimento também expressivo das emissões de CO2eq. O planejamento da expansão do sistema elétrico no Estado deverá envolver o crescimento da capacidade das usinas não hidráulicas como forma de garantir a segurança energética do Estado.