Patrimônio cultural edificado e expografia: perspectivas, críticas e possibilidades em três museus da Praça da Liberdade, Belo Horizonte

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Juliana Prestes Ribeiro de Faria
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/46926
Resumo: As instituições museológicas insurgem no século XIX imbuídas de uma vocação pedagógica orientada pelo crescente nacionalismo europeu, e chegam ao século XXI reconceituadas, a fim de atender aos anseios da sociedade de consumo. A intensificação do processo de musealização de tudo que é tangível e intangível, os distintos modos de exposição e comunicação, que pretendem oferecer maior proximidade e diálogo com o público, e a subordinação da arquitetura histórica à expografia, decorrem dessas transformações. As dimensões expográficas, arquitetônicas e urbanas dos museus com o público, com a cidade e com o edifício que o abriga estão imbricadas de maneira a oferecer sentido e significado. Diante disso, o objetivo desta tese é compreender como a arquitetura e sua espacialidade interferem na experiência dos visitantes nos museus; mais especificamente, se a intervenção arquitetônica e a instalação de cenários expositivos em edifícios históricos podem alterar a apreensão da sua própria historicidade, da sua arte e daquilo que simbolizam para a sociedade. O objeto de pesquisa é a Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, um conjunto monumental de edifícios ecléticos palacianos localizados em um espaço urbano de forte apelo memorial de eventos políticos e sociais, que foram dispensados de suas funções administrativas originárias para dar lugar a uma superestrutura turístico-midiática; o que terminou por atribuir valores imponderáveis à arquitetura histórica da cidade. Nos edifícios das antigas secretarias de Estado da Fazenda, Educação, Defesa Social, museus sem acervo e centros culturais foram ali implantados, a despeito da simbologia e do programa espacial dessas preexistências, esgarçando os valores historiográficos que esses bens tangíveis efetivamente engendram e expressam. Parte-se da hipótese de que as transformações ocasionadas pela adaptação arquitetônica e pelas instalações expográficas, com a inserção de uma grande variedade de meios e recursos tecnológicos, acabaram relegando à arquitetura histórica o papel de mero suporte funcional, apesar de sua eloquência intrínseca. Para cada um desses edifícios, foi realizada uma pesquisa documental em seus respectivos dossiês de tombamento. Também foi empreendida uma análise dos projetos de restauração e de adaptação arquitetônica a fim de que fosse possível identificar as alterações na preexistência. As implicações dessas transformações na autenticidade da experiência daqueles que visitam esses espaços foram abordadas sob a ótica fenomenológica de Gaston Bachelard, tendo como preceito a ideia de que o museu é o lugar da imaginação material. Além disso, foram analisados criticamente os projetos expográficos segundo a tipologia da caixa preta do teatro, do cubo branco e dos cenários hiper-realistas, assim como o discurso imbricado neles, com a prerrogativa de que eles fossem espaços das experiências intersubjetivas. Entretanto, é predominante uma narrativa histórica oficial, sem abertura para a construção coletiva de significado, que prima pela tecnologia, estabelecendo espaços de salas com pouca iluminação, climatizadas e fechadas, que escondem, atrás de paredes, forros e pisos falsos, os elementos artísticos característicos do edifício e parte de sua preexistência histórica, que, na contemporaneidade, não pode ser mais percebida pelos visitantes.
id UFMG_8a541fa43816a8c3aa4b3a7671d6a645
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/46926
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Marco Antônio Penido de Rezendehttp://lattes.cnpq.br/8413549938151614Juliana Harumi SuzukiLetícia JuliãoTito Flávio Rodrigues de AguiarYacy-Ara Froner Gonçalveshttp://lattes.cnpq.br/8101395174948017Juliana Prestes Ribeiro de Faria2022-11-04T16:46:00Z2022-11-04T16:46:00Z2021-08-26http://hdl.handle.net/1843/46926As instituições museológicas insurgem no século XIX imbuídas de uma vocação pedagógica orientada pelo crescente nacionalismo europeu, e chegam ao século XXI reconceituadas, a fim de atender aos anseios da sociedade de consumo. A intensificação do processo de musealização de tudo que é tangível e intangível, os distintos modos de exposição e comunicação, que pretendem oferecer maior proximidade e diálogo com o público, e a subordinação da arquitetura histórica à expografia, decorrem dessas transformações. As dimensões expográficas, arquitetônicas e urbanas dos museus com o público, com a cidade e com o edifício que o abriga estão imbricadas de maneira a oferecer sentido e significado. Diante disso, o objetivo desta tese é compreender como a arquitetura e sua espacialidade interferem na experiência dos visitantes nos museus; mais especificamente, se a intervenção arquitetônica e a instalação de cenários expositivos em edifícios históricos podem alterar a apreensão da sua própria historicidade, da sua arte e daquilo que simbolizam para a sociedade. O objeto de pesquisa é a Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, um conjunto monumental de edifícios ecléticos palacianos localizados em um espaço urbano de forte apelo memorial de eventos políticos e sociais, que foram dispensados de suas funções administrativas originárias para dar lugar a uma superestrutura turístico-midiática; o que terminou por atribuir valores imponderáveis à arquitetura histórica da cidade. Nos edifícios das antigas secretarias de Estado da Fazenda, Educação, Defesa Social, museus sem acervo e centros culturais foram ali implantados, a despeito da simbologia e do programa espacial dessas preexistências, esgarçando os valores historiográficos que esses bens tangíveis efetivamente engendram e expressam. Parte-se da hipótese de que as transformações ocasionadas pela adaptação arquitetônica e pelas instalações expográficas, com a inserção de uma grande variedade de meios e recursos tecnológicos, acabaram relegando à arquitetura histórica o papel de mero suporte funcional, apesar de sua eloquência intrínseca. Para cada um desses edifícios, foi realizada uma pesquisa documental em seus respectivos dossiês de tombamento. Também foi empreendida uma análise dos projetos de restauração e de adaptação arquitetônica a fim de que fosse possível identificar as alterações na preexistência. As implicações dessas transformações na autenticidade da experiência daqueles que visitam esses espaços foram abordadas sob a ótica fenomenológica de Gaston Bachelard, tendo como preceito a ideia de que o museu é o lugar da imaginação material. Além disso, foram analisados criticamente os projetos expográficos segundo a tipologia da caixa preta do teatro, do cubo branco e dos cenários hiper-realistas, assim como o discurso imbricado neles, com a prerrogativa de que eles fossem espaços das experiências intersubjetivas. Entretanto, é predominante uma narrativa histórica oficial, sem abertura para a construção coletiva de significado, que prima pela tecnologia, estabelecendo espaços de salas com pouca iluminação, climatizadas e fechadas, que escondem, atrás de paredes, forros e pisos falsos, os elementos artísticos característicos do edifício e parte de sua preexistência histórica, que, na contemporaneidade, não pode ser mais percebida pelos visitantes.Museological institutions emerge in the 19th century, imbued with a pedagogical vocation guided by the growing European nationalism, and reach the 21st century reconceptualized, in order to meet the needs of the consumer society. The intensification of the musealization process of everything tangible and intangible, the different modes of exhibition and communication, which aim to offer greater proximity and dialogue with the public, and the subordination of historical architecture to expography, result from these transformations. The expographic, architectural and urban dimensions of museums with the public, with the city and with the building that houses it are intertwined in order to offer meaning and meaning. Therefore, the objective of this thesis is to understand how architecture and its spatiality influence the experience of visitors to museums. More specifically, if the architectural intervention and the installation of exhibition scenarios in historic buildings can change the apprehension of their own historicity, of their art and of what they symbolize for society. The object of research is Praça da Liberdade, in Belo Horizonte, a monumental set of eclectic palatial buildings located in an urban space with a strong memorial appeal of political and social events, which were released from their original administrative functions to make way for a superstructure tourist-media; which ended up attributing imponderable values to the city's historic architecture. In the buildings of the former State Departments of Finance, Education, Social Defense, museums without collections and cultural centers were installed there, despite the symbology and space program of these pre-existences, fraying the historiographical values that these tangible goods effectively engender and express. We start from the hypothesis that the transformations brought about by architectural adaptation and exhibition facilities, with the inclusion of a wide variety of means and technological resources, ended up relegating historical architecture to the role of a mere functional support, despite its intrinsic eloquence. For each of these buildings, a documentary research was carried out in their respective registration dossies. An analysis of the restoration and architectural adaptation projects was also undertaken in order to identify the changes in pre-existence. The implications of these transformations in the authenticity of the experience of those who visit these spaces were approached from the phenomenological perspective of Gaston Bachelard, and having as precept the idea that the museum is the place of material imagination. In addition, the expographic projects were critically analyzed according to the typology of the theater's black box, the white cube and hyper-realistic scenarios, as well as the discourse imbricated with them. And having the prerogative that they were spaces of intersubjective experiences. However, an official historical narrative is predominant, with no opening for the collective construction of meaning, which excels in technology and establishes room spaces with low lighting, air conditioned and closed. Hiding behind walls, ceilings and false floors, the characteristic artistic elements of the building and part of its historical pre-existence, which nowadays cannot be noticed by visitors anymore.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Ambiente Construído e Patrimônio SustentávelUFMGBrasilARQ - ESCOLA DE ARQUITETURAhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessPatrimônio culturalExpografiaMuseusArquitetura de museusExpografiaIntervenção arquitetônicaPraça da LiberdadePatrimônio cultural edificado e expografia: perspectivas, críticas e possibilidades em três museus da Praça da Liberdade, Belo HorizonteBuilt cultural heritage and expography: perspectives, critiques and possibilities in three museums in Praça da Liberdade, Belo Horizonteinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALPatrimônio cultural edificado e expografia (2).pdfPatrimônio cultural edificado e expografia (2).pdfapplication/pdf15337319https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/46926/4/Patrim%c3%b4nio%20cultural%20edificado%20e%20expografia%20%282%29.pdf6d88ea6fab518fa149ef12d82c46f6ddMD54CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/46926/5/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD55LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/46926/6/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD561843/469262022-11-04 13:46:01.442oai:repositorio.ufmg.br:1843/46926TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-11-04T16:46:01Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Patrimônio cultural edificado e expografia: perspectivas, críticas e possibilidades em três museus da Praça da Liberdade, Belo Horizonte
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv Built cultural heritage and expography: perspectives, critiques and possibilities in three museums in Praça da Liberdade, Belo Horizonte
title Patrimônio cultural edificado e expografia: perspectivas, críticas e possibilidades em três museus da Praça da Liberdade, Belo Horizonte
spellingShingle Patrimônio cultural edificado e expografia: perspectivas, críticas e possibilidades em três museus da Praça da Liberdade, Belo Horizonte
Juliana Prestes Ribeiro de Faria
Arquitetura de museus
Expografia
Intervenção arquitetônica
Praça da Liberdade
Patrimônio cultural
Expografia
Museus
title_short Patrimônio cultural edificado e expografia: perspectivas, críticas e possibilidades em três museus da Praça da Liberdade, Belo Horizonte
title_full Patrimônio cultural edificado e expografia: perspectivas, críticas e possibilidades em três museus da Praça da Liberdade, Belo Horizonte
title_fullStr Patrimônio cultural edificado e expografia: perspectivas, críticas e possibilidades em três museus da Praça da Liberdade, Belo Horizonte
title_full_unstemmed Patrimônio cultural edificado e expografia: perspectivas, críticas e possibilidades em três museus da Praça da Liberdade, Belo Horizonte
title_sort Patrimônio cultural edificado e expografia: perspectivas, críticas e possibilidades em três museus da Praça da Liberdade, Belo Horizonte
author Juliana Prestes Ribeiro de Faria
author_facet Juliana Prestes Ribeiro de Faria
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Marco Antônio Penido de Rezende
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/8413549938151614
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Juliana Harumi Suzuki
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Letícia Julião
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Tito Flávio Rodrigues de Aguiar
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Yacy-Ara Froner Gonçalves
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/8101395174948017
dc.contributor.author.fl_str_mv Juliana Prestes Ribeiro de Faria
contributor_str_mv Marco Antônio Penido de Rezende
Juliana Harumi Suzuki
Letícia Julião
Tito Flávio Rodrigues de Aguiar
Yacy-Ara Froner Gonçalves
dc.subject.por.fl_str_mv Arquitetura de museus
Expografia
Intervenção arquitetônica
Praça da Liberdade
topic Arquitetura de museus
Expografia
Intervenção arquitetônica
Praça da Liberdade
Patrimônio cultural
Expografia
Museus
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Patrimônio cultural
Expografia
Museus
description As instituições museológicas insurgem no século XIX imbuídas de uma vocação pedagógica orientada pelo crescente nacionalismo europeu, e chegam ao século XXI reconceituadas, a fim de atender aos anseios da sociedade de consumo. A intensificação do processo de musealização de tudo que é tangível e intangível, os distintos modos de exposição e comunicação, que pretendem oferecer maior proximidade e diálogo com o público, e a subordinação da arquitetura histórica à expografia, decorrem dessas transformações. As dimensões expográficas, arquitetônicas e urbanas dos museus com o público, com a cidade e com o edifício que o abriga estão imbricadas de maneira a oferecer sentido e significado. Diante disso, o objetivo desta tese é compreender como a arquitetura e sua espacialidade interferem na experiência dos visitantes nos museus; mais especificamente, se a intervenção arquitetônica e a instalação de cenários expositivos em edifícios históricos podem alterar a apreensão da sua própria historicidade, da sua arte e daquilo que simbolizam para a sociedade. O objeto de pesquisa é a Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, um conjunto monumental de edifícios ecléticos palacianos localizados em um espaço urbano de forte apelo memorial de eventos políticos e sociais, que foram dispensados de suas funções administrativas originárias para dar lugar a uma superestrutura turístico-midiática; o que terminou por atribuir valores imponderáveis à arquitetura histórica da cidade. Nos edifícios das antigas secretarias de Estado da Fazenda, Educação, Defesa Social, museus sem acervo e centros culturais foram ali implantados, a despeito da simbologia e do programa espacial dessas preexistências, esgarçando os valores historiográficos que esses bens tangíveis efetivamente engendram e expressam. Parte-se da hipótese de que as transformações ocasionadas pela adaptação arquitetônica e pelas instalações expográficas, com a inserção de uma grande variedade de meios e recursos tecnológicos, acabaram relegando à arquitetura histórica o papel de mero suporte funcional, apesar de sua eloquência intrínseca. Para cada um desses edifícios, foi realizada uma pesquisa documental em seus respectivos dossiês de tombamento. Também foi empreendida uma análise dos projetos de restauração e de adaptação arquitetônica a fim de que fosse possível identificar as alterações na preexistência. As implicações dessas transformações na autenticidade da experiência daqueles que visitam esses espaços foram abordadas sob a ótica fenomenológica de Gaston Bachelard, tendo como preceito a ideia de que o museu é o lugar da imaginação material. Além disso, foram analisados criticamente os projetos expográficos segundo a tipologia da caixa preta do teatro, do cubo branco e dos cenários hiper-realistas, assim como o discurso imbricado neles, com a prerrogativa de que eles fossem espaços das experiências intersubjetivas. Entretanto, é predominante uma narrativa histórica oficial, sem abertura para a construção coletiva de significado, que prima pela tecnologia, estabelecendo espaços de salas com pouca iluminação, climatizadas e fechadas, que escondem, atrás de paredes, forros e pisos falsos, os elementos artísticos característicos do edifício e parte de sua preexistência histórica, que, na contemporaneidade, não pode ser mais percebida pelos visitantes.
publishDate 2021
dc.date.issued.fl_str_mv 2021-08-26
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2022-11-04T16:46:00Z
dc.date.available.fl_str_mv 2022-11-04T16:46:00Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/46926
url http://hdl.handle.net/1843/46926
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Ambiente Construído e Patrimônio Sustentável
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv ARQ - ESCOLA DE ARQUITETURA
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/46926/4/Patrim%c3%b4nio%20cultural%20edificado%20e%20expografia%20%282%29.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/46926/5/license_rdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/46926/6/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 6d88ea6fab518fa149ef12d82c46f6dd
cfd6801dba008cb6adbd9838b81582ab
cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801676672425000960