Novas estratégias para avaliação de pessoas com deficiências pulmonares crônicas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Liliane Patricia de Souza Mendes
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/EEFF-BAUJZE
Resumo: A Organização Mundial de Saúde recomenda a utilização da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) para avaliar de forma abrangente indivíduos com diferentes condições de saúde. A classificação considera os domínios de saúde e os domínios relacionados à saúde sendo descrita com base na estrutura e função do corpo, na atividade, e na participação. A inclusão dos domínios atividade e participação considera toda a experiência de saúde, ao invés do foco limitado aos aspectos da doença. Assim, uma avaliação de resultados centrada no paciente, deve medir todos os domínios, incluindo deficiências em estrutura e função do corpo, limitações em atividade e restrições em participação, a fim de considerar toda a experiência de saúde do indivíduo. Para melhor avaliação desses indivíduos, boas ferramentas de avaliação devem estar disponíveis, para observar deficiências, detectar limitações em atividade e identificar restrições em participação. Levando isso em consideração, essa tese avalia novas ferramentas para a avaliação de pessoas com deficiências pulmonares crônicas considerando todos os domínios da CIF. Nesse contexto, o Capítulo 1 apresenta uma síntese sobre a importância de uma avaliação abrangente da funcionalidade nas diferentes condições de saúde, principalmente na doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), que é foco dessa tese. Na sequência, o Capítulo 2 apresenta uma revisão de literatura sobre três importantes aspectos que devem ser avaliados em pessoas com disfunções pulmonares crônicas dentro dos domínios da estrutura e função do corpo, da atividade, e da participação: o padrão respiratório, a capacidade funcional e o desempenho funcional, respectivamente. Esse capítulo apresenta ainda métodos de medidas do padrão respiratório, da capacidade funcional e do desempenho funcional. No Capítulo 3, o padrão respiratório de 168 participantes saudáveis com idade entre 21 e 91 anos foi avaliado utilizando a pletismografia optoeletrônica com o objetivo de desenvolver valores de referência, que ainda não foram estabelecidos para esse instrumento. O estudo desenvolveu valores de referência para homens e mulheres para cada década de idade para indivíduos com idade entre 21 e 59 anos e também para aqueles com 60 anos ou mais. Esses valores serão importantes para comparação e melhor entendimento das alterações dessas variáveis em indivíduos com diferentes deficiências respiratórias que podem comprometer a função respiratória. O Capítulo 4 apresenta modificações de um teste utilizado para avaliar a capacidade funcional, o teste AVD-Glittre. Esse teste exige que os participantes realizem uma série de atividades diárias enquanto carregam uma mochila com peso, que pode afetar o seu equilíbrio. Dessa forma, foi realizado um estudo transversal randomizado para avaliação do teste AVD-Glittre com e sem mochila. Não foram observadas diferenças para as respostas fisiológicas e sintomas entre os testes com e sem mochila, exceto para a fadiga de membros superiores que foi reportada pelos homens como significativamente maior para o teste realizado com a mochila. Além disso, o teste de AVD-Glittre realizado sem a mochila foi responsivo a mudança após um programa de reabilitação pulmonar. Outras modificações do teste AVD-Glittre são apresentadas no Capítulo 5. O desfecho do teste é o tempo gasto para completar cinco voltas, no entanto, estudos prévios observaram que o consumo de oxigênio atinge um platô após a terceira volta. Esses achados sugerem que o teste AVD-Glittre pode ser realizado adequadamente em três voltas ao invés de cinco voltas. Por isso, o estudo no Capítulo 5 objetivou comparar as diferenças na execução do teste AVD-Glittre com e sem mochila em três e cinco voltas em pessoas com DPOC. Os principais achados deste estudo foram: os testes AVD-Glittre em três voltas com e sem mochila provocaram os mesmo sintomas e dessaturação de oxigênio que o teste realizado em cinco voltas, exceto para frequência cardíaca que foi significativamente maior para o teste em cinco voltas. Ambos os testes foram responsivos à mudança após um programa de reabilitação pulmonar. No Capítulo 6, um novo teste para avaliação da capacidade de endurance para atividades funcionais foi desenvolvido e avaliado - o teste Glittre Endurance. O desenvolvimento de um teste de endurance se justifica porque testes de endurance, como o Endurance Shuttle Walk Test tem demonstrado ser mais sensível a mudança após intervenções como a reabilitação pulmonar comparado ao Incremental Shuttle Walk Test ou Teste de Caminhada de Seis Minutos. Isso acontece porque pessoas com DPOC após um programa de reabilitação pulmonar normalmente não conseguem melhorar significativamente a velocidade com que eles realizam as atividades, mas podem conseguir realizar as atividades por mais tempo, com menos dispneia e fadiga. Afim de avaliar a capacidade de endurance para atividades diárias, 52 participantes com DPOC foram recrutados para desenvolver e avaliar o teste Glittre Endurance. Os principais achados foram: o teste Glittre Endurance foi desenvolvido e apresentou um efeito aprendizado quando um segundo teste foi realizado, o tempo do teste Glittre Endurance não se correlacionou com os desfechos de qualquer outro teste de campo e o teste Glittre Endurance foi responsivo após um programa de reabilitação pulmonar. O estudo no Capítulo 7 avalia a relação entre a capacidade funcional (medida pelos testes AVD-Glittre com e sem mochila e o teste Glittre Endurance) comparado com atividades físicas diárias medidas por um acelerômetro usado por sete dias. Esse estudo objetivou determinar qual dos testes Glittre melhor representa as atividades físicas diárias em pessoas com DPOC. Os principais achados foram: o tempo de teste do AVD-Glittre correlacionou moderadamente com número de passos e tempo gasto em atividades moderadas, o teste AVD-Glittre realizado sem a mochila correlacionou moderadamente com o número de passos, e o tempo de teste do Glittre Endurance correlacionou moderadamente com o número de passos e tempo gasto em atividades vigorosas. O capítulo 8 integra os principais achados dos estudos da tese e apresenta implicações clínicas dos achados e sugestões de áreas para pesquisas futuras.
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spelling Veronica Franco ParreiraDanielle Soares Rocha VieiraJennifer AlisonAdriana Claudia LunardiFabio de Oliveira PittaDanielle Aparecida Gomes PereiraJosé Roberto JardimLiliane Patricia de Souza Mendes2019-08-10T20:10:50Z2019-08-10T20:10:50Z2019-03-22http://hdl.handle.net/1843/EEFF-BAUJZEA Organização Mundial de Saúde recomenda a utilização da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) para avaliar de forma abrangente indivíduos com diferentes condições de saúde. A classificação considera os domínios de saúde e os domínios relacionados à saúde sendo descrita com base na estrutura e função do corpo, na atividade, e na participação. A inclusão dos domínios atividade e participação considera toda a experiência de saúde, ao invés do foco limitado aos aspectos da doença. 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Na sequência, o Capítulo 2 apresenta uma revisão de literatura sobre três importantes aspectos que devem ser avaliados em pessoas com disfunções pulmonares crônicas dentro dos domínios da estrutura e função do corpo, da atividade, e da participação: o padrão respiratório, a capacidade funcional e o desempenho funcional, respectivamente. Esse capítulo apresenta ainda métodos de medidas do padrão respiratório, da capacidade funcional e do desempenho funcional. No Capítulo 3, o padrão respiratório de 168 participantes saudáveis com idade entre 21 e 91 anos foi avaliado utilizando a pletismografia optoeletrônica com o objetivo de desenvolver valores de referência, que ainda não foram estabelecidos para esse instrumento. O estudo desenvolveu valores de referência para homens e mulheres para cada década de idade para indivíduos com idade entre 21 e 59 anos e também para aqueles com 60 anos ou mais. Esses valores serão importantes para comparação e melhor entendimento das alterações dessas variáveis em indivíduos com diferentes deficiências respiratórias que podem comprometer a função respiratória. O Capítulo 4 apresenta modificações de um teste utilizado para avaliar a capacidade funcional, o teste AVD-Glittre. Esse teste exige que os participantes realizem uma série de atividades diárias enquanto carregam uma mochila com peso, que pode afetar o seu equilíbrio. Dessa forma, foi realizado um estudo transversal randomizado para avaliação do teste AVD-Glittre com e sem mochila. Não foram observadas diferenças para as respostas fisiológicas e sintomas entre os testes com e sem mochila, exceto para a fadiga de membros superiores que foi reportada pelos homens como significativamente maior para o teste realizado com a mochila. Além disso, o teste de AVD-Glittre realizado sem a mochila foi responsivo a mudança após um programa de reabilitação pulmonar. Outras modificações do teste AVD-Glittre são apresentadas no Capítulo 5. O desfecho do teste é o tempo gasto para completar cinco voltas, no entanto, estudos prévios observaram que o consumo de oxigênio atinge um platô após a terceira volta. Esses achados sugerem que o teste AVD-Glittre pode ser realizado adequadamente em três voltas ao invés de cinco voltas. Por isso, o estudo no Capítulo 5 objetivou comparar as diferenças na execução do teste AVD-Glittre com e sem mochila em três e cinco voltas em pessoas com DPOC. Os principais achados deste estudo foram: os testes AVD-Glittre em três voltas com e sem mochila provocaram os mesmo sintomas e dessaturação de oxigênio que o teste realizado em cinco voltas, exceto para frequência cardíaca que foi significativamente maior para o teste em cinco voltas. Ambos os testes foram responsivos à mudança após um programa de reabilitação pulmonar. No Capítulo 6, um novo teste para avaliação da capacidade de endurance para atividades funcionais foi desenvolvido e avaliado - o teste Glittre Endurance. O desenvolvimento de um teste de endurance se justifica porque testes de endurance, como o Endurance Shuttle Walk Test tem demonstrado ser mais sensível a mudança após intervenções como a reabilitação pulmonar comparado ao Incremental Shuttle Walk Test ou Teste de Caminhada de Seis Minutos. Isso acontece porque pessoas com DPOC após um programa de reabilitação pulmonar normalmente não conseguem melhorar significativamente a velocidade com que eles realizam as atividades, mas podem conseguir realizar as atividades por mais tempo, com menos dispneia e fadiga. Afim de avaliar a capacidade de endurance para atividades diárias, 52 participantes com DPOC foram recrutados para desenvolver e avaliar o teste Glittre Endurance. Os principais achados foram: o teste Glittre Endurance foi desenvolvido e apresentou um efeito aprendizado quando um segundo teste foi realizado, o tempo do teste Glittre Endurance não se correlacionou com os desfechos de qualquer outro teste de campo e o teste Glittre Endurance foi responsivo após um programa de reabilitação pulmonar. O estudo no Capítulo 7 avalia a relação entre a capacidade funcional (medida pelos testes AVD-Glittre com e sem mochila e o teste Glittre Endurance) comparado com atividades físicas diárias medidas por um acelerômetro usado por sete dias. Esse estudo objetivou determinar qual dos testes Glittre melhor representa as atividades físicas diárias em pessoas com DPOC. Os principais achados foram: o tempo de teste do AVD-Glittre correlacionou moderadamente com número de passos e tempo gasto em atividades moderadas, o teste AVD-Glittre realizado sem a mochila correlacionou moderadamente com o número de passos, e o tempo de teste do Glittre Endurance correlacionou moderadamente com o número de passos e tempo gasto em atividades vigorosas. O capítulo 8 integra os principais achados dos estudos da tese e apresenta implicações clínicas dos achados e sugestões de áreas para pesquisas futuras.The World Health Organization recommends the use of the International Classification of Functioning, Disability, and Health (ICF) to comprehensively assess individuals with different health conditions. The classification considers health domains and health-related domains and is described on the basis of body functions and structure, activity, and participation. The inclusion of activities and participation considers the whole health experience, rather than a limited focus on aspects of the diseases. A patient-centred outcome assessment thus, should measure all domains including impairments in body functions and structure, limitations to activities and restrictions of participation in order to consider the whole health experience of the individual. Thus good evaluation tools should be available to assess impairments, detect activity limitations and identify participation restrictions. This thesis evaluates new approaches to assess people with chronic pulmonary disabilities in all ICF domains. In this context, Chapter 1 provides a summary of comprehensive assessments of functioning in health conditions, particularly chronic obstructive pulmonary disease (COPD), which is the focus of this thesis. Chapter 2 presents a literature review of three important areas to be assessed in people with chronic pulmonary disabilities, based on the ICF domains of body function and structure, activity, and participation, which are the pattern of breathing, functional capacity, and functional performance, respectively. This chapter also presents methods of measurement of breathing pattern, functional capacity and functional performance. In Chapter 3, the pattern of breathing of 168 healthy participants in age ranges from 21 to 91 years was assessed using optoelectronic plethysmography with the aim of developing reference values, which have not been previously established. The study developed reference values for males and females for each ten-year increment in age for individuals aged from 20 to 59 years, and also a reference value for those aged 60 years and above. These reference values will be important for comparison and better understanding of the alterations of these variables in individuals with different respiratory impairments that may compromise respiratory function. Chapter 4 presents modifications to a test of functional capacity, the Glittre-ADL test. This test requires participants to perform a series of daily activities while wearing a weighted backpack, which may affect balance. The study in this chapter evaluated the Glittre-ADL test with and without a backpack in a randomised crossover study design. There were no differences between the tests with and without the backpack in physiological response and symptoms, except for upper limb fatigue that was reported by males as significantly higher for the test performed with the backpack. In addition, the Glittre-ADL test performed without the backpack was responsive to change following a pulmonary rehabilitation program. Further modifications of the Glittre-ADL test are presented in Chapter 5. The outcome of the test is the time taken to complete five laps of the test, however previous studies have observed that oxygen consumption reached a plateau after the third lap. These findings suggest that the Glittre-ADL test might be adequately performed in three laps instead of five laps. The study in Chapter 5 aimed to compare the differences in performance of the Glittre-ADL test with and without the backpack in three and five laps in people with COPD. The main findings of this study were that the three lap Glittre-ADL test both with and without the backpack provoked the same symptoms and oxygen desaturation as the 5-lap test, except for heart rate that was significantly higher for the 5-lap test, and that the tests were responsive to change following a pulmonary rehabilitation program. In chapter 6, a new test of endurance capacity for functional activities, the Glittre Endurance test, was developed and evaluated. The rationale for developing an endurance test was that endurance tests, such as the endurance shuttle walk test, have been shown to be more sensitive to change after interventions like pulmonary rehabilitation compared to the incremental shuttle walk test or the six-minute walk test. This is because people with COPD after a pulmonary rehabilitation program often cannot significantly improve the speed with which they perform activities, but may be able to perform activities for longer, with less breathlessness and fatigue. In order to evaluate endurance capacity for daily activities, 52 participants with COPD were recruited to develop and evaluate the Glittre Endurance test. The main findings were that a Glittre Endurance test was developed which showed a learning effect when a second Glittre Endurance test was performed; the Glittre Endurance test time did not correlate with the outcomes of any other field tests; and that the Glittre Endurance test was responsive to change following a pulmonary rehabilitation program. The study in Chapter 7 evaluated the relationship between functional capacity (measured by the Glittre-ADL tests with and without the backpack and the Glittre Endurance test) compared with daily physical activity measured by an accelerometer worn for seven days. The study aimed to determine which Glittre tests best represented daily physical activity in people with COPD. The main findings were that Glittre-ADL test time correlated moderately with number of steps and time spent in moderate activities; Glittre-ADL test time performed without the backpack time was moderately correlated with number of steps; Glittre Endurance test time was moderately correlated with number of steps per day and moderately correlated with time spent in vigorous activities. Chapter 8 integrates the main findings of the studies within the thesis and provides clinical implications of the findings and suggestions of areas for future research.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGAparelho respiratorio DoençasPulmões DoençasCapacidade Funcionalteste AVD-Glittrecapacidade funcionalpadrão respiratórioNovas estratégias para avaliação de pessoas com deficiências pulmonares crônicasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALliliane_mendes_phd_thesis.pdfapplication/pdf2345875https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/EEFF-BAUJZE/1/liliane_mendes_phd_thesis.pdfdf79b8ae37d02bd23bebfeb8f84717c8MD51TEXTliliane_mendes_phd_thesis.pdf.txtliliane_mendes_phd_thesis.pdf.txtExtracted texttext/plain321963https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/EEFF-BAUJZE/2/liliane_mendes_phd_thesis.pdf.txt0ed2cee50b6c5bcbda25ae0f051ab27fMD521843/EEFF-BAUJZE2019-11-14 09:20:23.963oai:repositorio.ufmg.br:1843/EEFF-BAUJZERepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T12:20:23Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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Levando isso em consideração, essa tese avalia novas ferramentas para a avaliação de pessoas com deficiências pulmonares crônicas considerando todos os domínios da CIF. Nesse contexto, o Capítulo 1 apresenta uma síntese sobre a importância de uma avaliação abrangente da funcionalidade nas diferentes condições de saúde, principalmente na doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), que é foco dessa tese. Na sequência, o Capítulo 2 apresenta uma revisão de literatura sobre três importantes aspectos que devem ser avaliados em pessoas com disfunções pulmonares crônicas dentro dos domínios da estrutura e função do corpo, da atividade, e da participação: o padrão respiratório, a capacidade funcional e o desempenho funcional, respectivamente. Esse capítulo apresenta ainda métodos de medidas do padrão respiratório, da capacidade funcional e do desempenho funcional. No Capítulo 3, o padrão respiratório de 168 participantes saudáveis com idade entre 21 e 91 anos foi avaliado utilizando a pletismografia optoeletrônica com o objetivo de desenvolver valores de referência, que ainda não foram estabelecidos para esse instrumento. O estudo desenvolveu valores de referência para homens e mulheres para cada década de idade para indivíduos com idade entre 21 e 59 anos e também para aqueles com 60 anos ou mais. Esses valores serão importantes para comparação e melhor entendimento das alterações dessas variáveis em indivíduos com diferentes deficiências respiratórias que podem comprometer a função respiratória. O Capítulo 4 apresenta modificações de um teste utilizado para avaliar a capacidade funcional, o teste AVD-Glittre. Esse teste exige que os participantes realizem uma série de atividades diárias enquanto carregam uma mochila com peso, que pode afetar o seu equilíbrio. Dessa forma, foi realizado um estudo transversal randomizado para avaliação do teste AVD-Glittre com e sem mochila. Não foram observadas diferenças para as respostas fisiológicas e sintomas entre os testes com e sem mochila, exceto para a fadiga de membros superiores que foi reportada pelos homens como significativamente maior para o teste realizado com a mochila. Além disso, o teste de AVD-Glittre realizado sem a mochila foi responsivo a mudança após um programa de reabilitação pulmonar. Outras modificações do teste AVD-Glittre são apresentadas no Capítulo 5. O desfecho do teste é o tempo gasto para completar cinco voltas, no entanto, estudos prévios observaram que o consumo de oxigênio atinge um platô após a terceira volta. Esses achados sugerem que o teste AVD-Glittre pode ser realizado adequadamente em três voltas ao invés de cinco voltas. Por isso, o estudo no Capítulo 5 objetivou comparar as diferenças na execução do teste AVD-Glittre com e sem mochila em três e cinco voltas em pessoas com DPOC. Os principais achados deste estudo foram: os testes AVD-Glittre em três voltas com e sem mochila provocaram os mesmo sintomas e dessaturação de oxigênio que o teste realizado em cinco voltas, exceto para frequência cardíaca que foi significativamente maior para o teste em cinco voltas. Ambos os testes foram responsivos à mudança após um programa de reabilitação pulmonar. No Capítulo 6, um novo teste para avaliação da capacidade de endurance para atividades funcionais foi desenvolvido e avaliado - o teste Glittre Endurance. O desenvolvimento de um teste de endurance se justifica porque testes de endurance, como o Endurance Shuttle Walk Test tem demonstrado ser mais sensível a mudança após intervenções como a reabilitação pulmonar comparado ao Incremental Shuttle Walk Test ou Teste de Caminhada de Seis Minutos. Isso acontece porque pessoas com DPOC após um programa de reabilitação pulmonar normalmente não conseguem melhorar significativamente a velocidade com que eles realizam as atividades, mas podem conseguir realizar as atividades por mais tempo, com menos dispneia e fadiga. Afim de avaliar a capacidade de endurance para atividades diárias, 52 participantes com DPOC foram recrutados para desenvolver e avaliar o teste Glittre Endurance. Os principais achados foram: o teste Glittre Endurance foi desenvolvido e apresentou um efeito aprendizado quando um segundo teste foi realizado, o tempo do teste Glittre Endurance não se correlacionou com os desfechos de qualquer outro teste de campo e o teste Glittre Endurance foi responsivo após um programa de reabilitação pulmonar. O estudo no Capítulo 7 avalia a relação entre a capacidade funcional (medida pelos testes AVD-Glittre com e sem mochila e o teste Glittre Endurance) comparado com atividades físicas diárias medidas por um acelerômetro usado por sete dias. Esse estudo objetivou determinar qual dos testes Glittre melhor representa as atividades físicas diárias em pessoas com DPOC. Os principais achados foram: o tempo de teste do AVD-Glittre correlacionou moderadamente com número de passos e tempo gasto em atividades moderadas, o teste AVD-Glittre realizado sem a mochila correlacionou moderadamente com o número de passos, e o tempo de teste do Glittre Endurance correlacionou moderadamente com o número de passos e tempo gasto em atividades vigorosas. O capítulo 8 integra os principais achados dos estudos da tese e apresenta implicações clínicas dos achados e sugestões de áreas para pesquisas futuras.
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