Associação entre discriminação percebida em serviços de saúde e doenças cardiovasculares autorreferidas em indivíduos brasileiros

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gabriela Freitas Pinheiro
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/37577
Resumo: Introduction: Cardiovascular diseases (CVDs) have a major impact on Brazilian and global public health as they contribute to the significant increase in the number of premature deaths. They have multiple risk factors, such as sociodemographic lifestyle and comorbidities. Recent evidence shows an independent association between the experience of discrimination and CVD. Objective: To estimate the association between perceived discrimination in health services and history of self-reported cardiovascular diseases in Brazilian individuals. Methodology: Cross-sectional study, with data from the 2013 National Health Survey and a nationally representative sample of 59.226 adult individuals (age ≥ 18 years). The perceived discrimination in the health services was evaluated in: discrimination for lack of money; social class; type of disease; sexual preference; race/color; sex; type of occupation; age and others. CVD was considered as: report of infarction, angina, heart failure or other. Multivariate logistic regression models were used to assess the association between the types of perceived discrimination (main exposures) and history of some CVD (outcome), adjusted for sociodemographic variables (gender, age, race/color, and education) and depression. Results: The frequency of CVD was 4,23% and 10,59% of individuals reported having experienced at least one type of discrimination in health services. It was evidenced that the discrimination perceived in all dimensions analyzed almost doubled the chances of CVD compared to individuals who did not report discrimination. The associations remained significant after adjustments for all variables and types of discrimination analyzed, being: Lack of money (OR:1,82; CI95%: 1,38-2,40); Social class (OR:2,16; CI95%: 1,66-2,80); Race/color (OR:2,32; CI95%: 1,30-4,12); Occupation (OR:1,81; CI95%: 1,08-3,04); Disease (OR:2,33; CI95%: 1,48-3,67); Sexual preference (OR:3,65; CI95%: 1,80-7,39); Religion (OR:2,95; CI95%: 1,26-6,90); Sex (OR:3,07; CI95%: 1,13-8,37); Age (OR: 1,60; CI95%: 1,06-2,41); Others (OR:1,88; CI95%: 1,20-2,95). Conclusion: The perceived discrimination in health services was positively associated with a history of self-reported CVD, regardless of sociodemographic factors and depression.
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Methodology: Cross-sectional study, with data from the 2013 National Health Survey and a nationally representative sample of 59.226 adult individuals (age ≥ 18 years). The perceived discrimination in the health services was evaluated in: discrimination for lack of money; social class; type of disease; sexual preference; race/color; sex; type of occupation; age and others. CVD was considered as: report of infarction, angina, heart failure or other. Multivariate logistic regression models were used to assess the association between the types of perceived discrimination (main exposures) and history of some CVD (outcome), adjusted for sociodemographic variables (gender, age, race/color, and education) and depression. Results: The frequency of CVD was 4,23% and 10,59% of individuals reported having experienced at least one type of discrimination in health services. It was evidenced that the discrimination perceived in all dimensions analyzed almost doubled the chances of CVD compared to individuals who did not report discrimination. The associations remained significant after adjustments for all variables and types of discrimination analyzed, being: Lack of money (OR:1,82; CI95%: 1,38-2,40); Social class (OR:2,16; CI95%: 1,66-2,80); Race/color (OR:2,32; CI95%: 1,30-4,12); Occupation (OR:1,81; CI95%: 1,08-3,04); Disease (OR:2,33; CI95%: 1,48-3,67); Sexual preference (OR:3,65; CI95%: 1,80-7,39); Religion (OR:2,95; CI95%: 1,26-6,90); Sex (OR:3,07; CI95%: 1,13-8,37); Age (OR: 1,60; CI95%: 1,06-2,41); Others (OR:1,88; CI95%: 1,20-2,95). Conclusion: The perceived discrimination in health services was positively associated with a history of self-reported CVD, regardless of sociodemographic factors and depression.Introdução: As doenças cardiovasculares (DCV) apresentam grande impacto na saúde pública brasileira e mundial por contribuírem com o aumento significativo no número de mortes prematuras. Apresentam múltiplos fatores de risco, como os sociodemográficos, os hábitos de vida e as comorbidades. Evidências recentes demonstram associação independente entre a experiência de discriminação e as DCV. Objetivo: Estimar a associação entre discriminação percebida em serviços de saúde e história de doenças cardiovasculares autorreferidas em indivíduos brasileiros. Metodologia: Estudo transversal, com dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2013 e amostra nacionalmente representativa de 59.226 indivíduos adultos (idade ≥ 18 anos). A discriminação percebida nos serviços de saúde foi avaliada em: discriminação por falta de dinheiro; classe social; tipo de doença; preferência sexual; raça/cor; sexo; tipo de ocupação; idade e outros. Considerou-se como DCV: relato de infarto, angina, insuficiência cardíaca ou outra. Utilizaram-se modelos de regressão logística multivariada para avaliar a associação entre os tipos de discriminação percebida (exposições principais) e história de alguma DCV (desfecho), ajustados por variáveis sociodemográficas (sexo, idade, raça/cor e escolaridade) e depressão. Resultados: A frequência de DCV foi de 4,23% e 10,59% dos indivíduos relataram já ter sentido pelo menos um tipo de discriminação nos serviços de saúde. Foi evidenciado que as discriminações percebidas em todas as dimensões analisadas quase dobram a chance de DCV em comparação a indivíduos que não relataram discriminação. As associações permaneceram significativas após ajustes por todas as variáveis e tipos de discriminações analisados, sendo: Falta de dinheiro (OR:1,82; IC95%: 1,38-2,40); Classe social (OR:2,16; IC95%: 1,66-2,80); Raça/cor (OR:2,32; IC95%: 1,30-4,12); Ocupação (OR:1,81; IC95%: 1,08-3,04); Doença (OR:2,33; IC95%: 1,48-3,67); Preferência sexual (OR:3,65; IC95%: 1,80-7,39); Religião (OR:2,95; IC95%: 1,26-6,90); Sexo (OR:3,07; IC95%: 1,13-8,37); Idade (OR: 1,60; IC95%: 1,06-2,41); Outros (OR:1,88; IC95%: 1,20-2,95). Conclusão: A discriminação percebida em serviços de saúde foi positivamente associada à história de DCV autorreferida, independentemente de fatores sociodemográficos e depressão.Universidade Federal de Minas GeraisBrasilENFERMAGEM - ESCOLA DE ENFERMAGEMPrograma de Pós-Graduação em EnfermagemUFMGAlexandra Dias Moreirahttp://lattes.cnpq.br/2906728352441430Lidyane do Valle CameloFernanda Penido MatozinhosGabriela Freitas Pinheiro2021-08-18T03:59:01Z2021-08-18T03:59:01Z2021-02-24info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/1843/37577porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMG2021-08-18T03:59:01Zoai:repositorio.ufmg.br:1843/37577Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oairepositorio@ufmg.bropendoar:2021-08-18T03:59:01Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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