Estudo da co-contração muscular durante a fase de contato inicial da marcha em mulheres jovens e idosas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mariana Asmar Alencar
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/MSMR-6XGFG7
Resumo: A co-contração muscular tem sido descrita como uma estratégia adotada pelos idosos para aumentar a estabilidade durante determinadas atividades. Esta estratégia permite que o idoso seja capaz de resistir às perturbações impostas pelas atividades cotidianas, apesar das limitações decorrentes do envelhecimento. Entretanto, pouco tem sido estudado os mecanismos e adaptações relacionadas ao ganho de estabilidade durante a marcha e os fatores que podem estar associados a eles. O objetivo deste estudo foi comparar o nível de co-contração dos músculos do joelho (vasto lateral e bíceps femoral: VL-BF) e tornozelo (tibial anterior e gastrocnêmio: TA-GAS) 200 ms antes e após o contato inicial (CI), durante a marcha, em mulheres jovens e idosas e correlacioná-los com o ângulo do joelho e tornozelo no CI e com o trabalho normalizado pela massa corporal (T/MC). Ainda, comparar, entre mulheres jovens e idosas, as variáveis: velocidade da marcha, ângulo do joelho e tornozelo no CI e o T/MC. Participaram 40 mulheres, sendo 20 jovens (20-27 anos) e 20 idosas (65-79 anos). A co-contração foi avaliada durante a marcha usual, utilizando um eletromiógrafo e os parâmetros cinemáticos através do sistema de análise de movimento. O T/MC foi obtido por meio de contrações concêntricas pelo dinamômetro isocinético. Utilizou-se a ANOVA (teste de Fisher), com posterior comparação das médias amostrais pelo teste t-Student para comparar as variáveis entre os grupos e, o teste de Pearson para avaliar a correlação entre a co-contração e os parâmetros cinemáticos e o T/MC. As idosas co-contraem mais o VL-BF e o TA-GAS que as jovens antes e após o CI (p0,0005). A velocidade da marcha e o T/MC das musculaturas analisadas foram menores nas idosas (p0,0003). Não foi verificada diferença entre os ângulos articulares entre jovens e idosas (p0,493). Correlação moderada foi observada somente entre a co-contração TA-GAS antes do CI e T/MC dorsiflexores (r=0,504; p=0,024) e T/MC flexores plantares (r=0,602; p=0,005) no grupo das jovens. As demais correlações não foram significativas (r0,392; p0,057). Concluiu-se que as idosas utilizam níveis elevados de co-contração no CI durante a marcha, provavelmente para manterem a estabilidade articular e, conseqüentemente, a funcional. Os possíveis fatores associados a este fenômeno ainda não estão completamente elucidados, necessitando que futuros estudos tentem esclarecer esta questão.
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