Detalhes bibliográficos
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
id UFMG_8ca598d9d9e09d0d251bda742a118685
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/33879
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
instacron_str UFMG
institution Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
spelling Cláudia Rocha Carvalhohttp://lattes.cnpq.br/1116551452721977http://lattes.cnpq.br/4338174756592336Thiago Cantaruti Anselmo2020-07-30T20:41:27Z2020-07-30T20:41:27Z2016-10-24http://hdl.handle.net/1843/33879No início do século XX observou-se que cobaias que haviam se alimentado com ração contendo milho reagiam menos imunologicamente às proteínas do milho, como a zeína, quando comparadas com cobaias não alimentadas com milho. Atualmente, sabemos que a absorção de proteínas intactas ou parcialmente digeridas através da mucosa intestinal é uma ocorrência comum após as refeições. Estas proteínas interferem na atividade do sistema imune e um resultado usual destas interferências é a tolerância oral, um fenômeno que consiste na diminuição de respostas imunes para proteínas previamente contactadas por via oral. Desde os primeiros relatos sobre a influência de proteínas da dieta sobre a atividade imunológica várias proteínas vegetais e animais foram utilizadas em estudos sobre a tolerância oral, tais como a ovalbumina de galinha (OVA), a gamablobulina bovina (BGG) e hemocianina de animais marinhos (KLH). Uma vez que estas proteínas animais não fazem parte da dieta usual dos camundongos, elas são introduzidas na ração ou diluídas em água para a indução de tolerância oral. Animais que ingerem OVA antes da imunização com OVA+Al(OH)3 (um adjuvante) formam menos anticorpos para OVA do que os que não ingeriram a mesma; mas a ingestão de OVA não interfere na imunização com outra proteína. Curiosamente, se durante a imunização com esta segunda proteína for realizada também uma imunização com a proteína tolerada, a formação de anticorpos para esta proteína “não-tolerada” é também diminuída. Também, a tentativa de imunização de animais tolerantes com o antígeno tolerado em adjuvante inibe reações inflamatórias, como as desencadeadas por injeção de carragenina no coxim plantar de camundongos. Estes efeitos desencadeados pela injeção do antígeno tolerado são denominados "efeitos indiretos da tolerância oral”. Nosso grupo de pesquisa mostrou que os efeitos indiretos da injeção de OVA em camundongos tolerantes a OVA inibem a inflamação após lesões na pele de camundongos e, como resultado, forma-se uma cicatriz menor. Neste trabalho, mostramos que a injeção i.p. de zeína em adjuvante Al(OH)3 diminui o infiltrado inflamatório, reduz a área do tecido de granulação e reduz a cicatriz em lesões na pele de camundongos saudáveis e diabéticos. Os efeitos indiretos modificaram também a cicatrização em curso, quando a proteína tolerada foi injetada 6 horas após a lesão. Além disso, verificamos que os efeitos indiretos da tolerância oral pela injeção de zeína aumentaram a expressão de TGF- β3 no leito da ferida. Estes resultados indicam que a injeção parenteral de proteínas toleradas pode ser explorada como uma possibilidade de tratar lesões cutâneas em condições onde a cicatrização é mais difícil de ocorrerAt the beginning of the twentieth century it was observed that animals that had been fed with animal chow that contained corn proteins did not react immunologically to zein. Today we know that the absorption of intact or partially digested proteins through intestinal mucosa is a common occurrence after meals. These proteins interfere with the activity of the immune system and a common result of these interferences is oral tolerance. The first reports on the influence of dietary proteins on the immune activity were made with plant and animal proteins but most studies on oral tolerance have been made using animal-derived proteins. Animal proteins, such as ovalbumin (OVA) is not a regular diet component of mice and, for oral tolerance induction, it has to be introduced in their drinking water. Mice that drink a solution containing OVA before immunization with OVA+Al(OH)3 form less antibodies than those animals that do not receive OVA. However the ingestion of OVA does not interfere with immunization to other proteins, except when during the immunization with the second protein the tolerated protein is also given, a phenomenon named "indirect effects of oral tolerance". Indirect effects of oral tolerance to OVA also inhibit inflammatory reactions, such as those triggered by carrageenan and improves skin wound healing in mice. In here we show that, the indirect effects of oral tolerance triggered by intraperitoneal injection of zein minutes before a skin wound in both health and diabetic mice reduce the inflammatory infiltrate and improve the healing of cutaneous wound. Mice that have received i.p. injection of zein+Al(OH)3 before cutaneuos wound had reduced scar. Moreover, we show that indirect effects of oral tolerance can improve the healing of a lesion already in process or in conditions where the healing process is more difficult to occur as in diabeties. The indirect effects of oral tolerance triggered by i.p. injection of zein increased the level of TGF-β3 in the wound bed. These results indicate that parenteral injection of tolerated proteins may be explored as a possibility to treat skin ulcers in cases where cutaneous wound healing is more difficult to occur.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoFAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas GeraisCAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Biologia CelularUFMGBrasilICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAShttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessBiologia CelularCicatrizaçãoInflamaçãoZeínaDiabetes MellitusPele - lesõesTolerância ImunológicaTolerância oralCicatrizaçãoInflamaçãoDiabetesZeínaLesões cutâneasEfeitos indiretos da tolerância oral a zeína melhoram a cicatrização de pele em camundongos diabéticosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALCantaruti Tese versao final.pdfCantaruti Tese versao final.pdfapplication/pdf6775938https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/33879/1/Cantaruti%20Tese%20versao%20final.pdfa2592c6e9733d52323e8b3c55fd0e85aMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/33879/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/33879/3/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD531843/338792020-07-30 17:41:27.389oai:repositorio.ufmg.br:1843/33879TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2020-07-30T20:41:27Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
_version_ 1813547528943042560