Indução de edema de boca em ratos como modelo de detecção de drogas anti-inflamatórias de ação local

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Paula Ladeira Ortolani
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8MRLXT
Resumo: O presente estudo teve como objetivo desenvolver um modelo experimental de inflamação aguda na cavidade oral de ratos, tendo como padrão de comparação o edema da pata de ratos. A avaliação do edema, medido por um paquímetro, foi realizada em paralelo ao extravasamento do azul de Evans, outro indicador de atividade inflamatória nos tecidos, sob as mesmas condições. A inflamação foi induzida em ratos, machos da raça Holtzman, no lábio superior na porção média do músculo masséter (bochecha) do lado direito por uma injeção subcutânea (na boca), externamente ou internamente (via mucosa oral) de 500 g de -carragenina (CG) e do lado contralateral foi injetado uma solução salina 0,9% no mesmo volume. Como controle, as medições do volume de edema foram realizadas antes da administração do agente flogogênico (0 hora) e após nos tempos ½, 1, 2, 3, 4 e 6 horas. Enquanto que a permeabilidade vascular foi avaliada pelo extravasamento do corante azul de Evans para o espaço intersticial da mucosa oral, em dois tempos, sendo um previamente ao efeito máximo da carragenina (15 min), e no outro no momento em que ocorria o pico do edema (1 hora). Para a avaliação da ação de antiinflamatórios, drogas convencionais de diferentes classes foram administradas, 30 minutos antes o estímulo flogogênico, sendo elas: indometacina (2 mg/kg), ibuprofeno (20 mg/kg) celecoxibe (12 e 30 mg/kg) e dexametasona (1 mg/kg). Todas apresentaram uma redução significativa do edema em relação ao grupo controle. A avaliação de possíveis mediadores inflamatórios também foi realizada através da administração do maleato de pirilanina (10 mg/kg, antagonista do receptor H1 da histamina) e maleato ácido de pizotifeno (2 mg/kg, antagonista misto da histamina e serotonina) que por inibir em significativamente a inflamação na primeira hora, confirmaram a ação dos principais mediadores inflamatórios envolvidos no edema de pata traseira e já descritos na literatura. Ao final do trabalho foi possível concluir que o edema de boca responde com a mesma sensibilidade que o edema de pata às drogas antiinflamatórias esteroidais e não-esteroidais, podendo detectar drogas com atividade anti-inflamatória potenciais ainda na primeira hora, sendo dessa forma um modelo mais rápido do que o edema de pata de ratos.
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Como controle, as medições do volume de edema foram realizadas antes da administração do agente flogogênico (0 hora) e após nos tempos ½, 1, 2, 3, 4 e 6 horas. Enquanto que a permeabilidade vascular foi avaliada pelo extravasamento do corante azul de Evans para o espaço intersticial da mucosa oral, em dois tempos, sendo um previamente ao efeito máximo da carragenina (15 min), e no outro no momento em que ocorria o pico do edema (1 hora). Para a avaliação da ação de antiinflamatórios, drogas convencionais de diferentes classes foram administradas, 30 minutos antes o estímulo flogogênico, sendo elas: indometacina (2 mg/kg), ibuprofeno (20 mg/kg) celecoxibe (12 e 30 mg/kg) e dexametasona (1 mg/kg). Todas apresentaram uma redução significativa do edema em relação ao grupo controle. A avaliação de possíveis mediadores inflamatórios também foi realizada através da administração do maleato de pirilanina (10 mg/kg, antagonista do receptor H1 da histamina) e maleato ácido de pizotifeno (2 mg/kg, antagonista misto da histamina e serotonina) que por inibir em significativamente a inflamação na primeira hora, confirmaram a ação dos principais mediadores inflamatórios envolvidos no edema de pata traseira e já descritos na literatura. Ao final do trabalho foi possível concluir que o edema de boca responde com a mesma sensibilidade que o edema de pata às drogas antiinflamatórias esteroidais e não-esteroidais, podendo detectar drogas com atividade anti-inflamatória potenciais ainda na primeira hora, sendo dessa forma um modelo mais rápido do que o edema de pata de ratos.The present study aimed to develop an experimental model of acute inflammation in oral cavity of rats, it has been considered as a standard of comparison the hind paw edema of the rats. The edema rating was performed in parallel to the extravasation of Evans blue, another indicator of inflammatory activity in tissues with the same conditions. The inflammation was induced in rats, Holtzman male, in the upper lip into the middle portion of the masseter muscle (cheek) on the right by a subcutaneous injection of 500 mg of -carrageenan (CG) and the hand side saline solution 0.9% was injected in the same volume. Measurements of the volume of edema was rated before edematogenic agent (0 hour) administration and after in ½, 1, 2, 3, 4 and 6 hours. While vascular permeability was estimated by extravasation of Evans blue onto the interstitial space, occurred on two occasions, with a previously to the maximum effect of carrageenan (15 min), and another occurred at the time of peak edema (1 hour). For the evaluation of anti-inflammatory action, conventional drugs of different types were administered: indomethacin (2 mg / kg), ibuprofen (20 mg / kg), celecoxib (12 and 30 mg / kg) and dexamethasone (1 mg / kg) 30 minutes before stimulation with the CG. All theses drugs showed a significant reduction of edema if it was compared with the control group. The rating of possible inflammatory mediators was also achieved through the administration of maleate pyrilamine (10 mg / kg, the antagonist of histamine H1 receptor) and maleate pizotifen acid (2 mg / kg, mixed antagonist of histamine and serotonin) whose had a significant inhibition of the inflammation in the first hour, confirming the action of the major mediators involved in the inflammatory edema in the hind paw. At the end of the study, it was possible to conclude that the oral edema responds with the same sensitivity of the hind paw edema to inflammatory drugs, non-steroidal and steroidal, and can detect drugs with potential anti-inflammatory activity even in the first hour, so thus a faster model.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGBoca InflamaçãoAgentes antiinflamatóriosInflamaçãoInovação BiofarmacêuticaIndução de edema de boca em ratos como modelo de detecção de drogas anti-inflamatórias de ação localinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o.pdfapplication/pdf1433508https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8MRLXT/1/disserta__o.pdfd54ee0b45029c5dc24fb93ab99daac6fMD51TEXTdisserta__o.pdf.txtdisserta__o.pdf.txtExtracted texttext/plain184080https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8MRLXT/2/disserta__o.pdf.txtf3236e37923876a62b69f212a90c5684MD521843/BUOS-8MRLXT2023-10-10 17:07:13.026oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-8MRLXTRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-10-10T20:07:13Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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