Expressão local e sistêmica da ativina A e folistatina e seus efeitos biológicos in vitro na endometriose

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ana Luiza Lunardi Rocha Baroni
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8PAG7W
Resumo: Objetivos: (1) Avaliar a expressão de folistatina, da subunidade beta-A da ativina/inibina (ativina A) e das proteínas relacionadas à ativina A, durante as fases do ciclo menstrual, no endométrio eutópico de pacientes com e sem endometriose e em lesões endometrióticas; (2) Verificar se as concentrações séricas de ativina A e folistatina diferem entre as várias formas de endometriose e se essas proteínas podem ser utilizadas como marcadores de endometriose; (3) Investigar os efeitos da ativina A e da folistatina sobre a expressão de citocinas pró-inflamatórias e mediadores de angiogênese em cultura in vitro de células derivadas de endométrio de mulheres com e sem endometriose. Material e métodos: Estudo prospectivo desenvolvido nos Hospital das Clínicas da UFMG e na Università di Siena. Pacientes: Mulheres com e sem endometriose. Culturas de células estromais de endométrio eutópico de mulheres com e sem endometriose. Métodos: (1) Quantificação da expressão da ativina A, ativina B, receptor da ativina, nodal, cripto, inibina , e folistatina através da reação em cadeia da polimerase (Real Time-PCR) (96 pacientes); (2) Dosagens de ativina A e folistatina no sangue periférico de mulheres com e sem endometriose através de Kits ELISA (214 pacientes); (3) quantificação da expressão de IL-6, IL-8, VEGF por Real Time-PCR nas células das culturas e dosagens de IL-6, IL-8 e VEGF no meio de cultura de pacientes com e sem endometriose (12 culturas). Resultados: O endométrio eutópico de pacientes com endometriose mostrou (1) expressão maior de ativina A RNAm na fase proliferativa e o não aumento de sua expressão na fase secretora , (2) falha na variação da expressão endometrial do cripto e da inibina relacionadas com o ciclo menstrual, (3) padrão de expressão de folistatina RNAm inverso ao do grupo controle, (4) Endometriomas apresentaram variações semelhantes ao endométrio eutópico na expressão de ativina A e proteínas relacionadas à ativina A durante o ciclo menstrual. Com relção às dosagens séricas, o grupo do endometrioma apresentou níveis séricos de ativina A significativamente mais elevados do que os controles (0,22 ± 0,01 ng / ml vs 0,17 ± 0,01 ng / ml, p<0,01). Nenhum subgrupo de endometriose apresentou níveis séricos de folistatina com diferenças significativas em comparação aos controles, enquanto os níveis encontrados no grupo com endometrioma (2,34 ± 0,32 ng / ml) foram maiores do que no grupo com endometriose profunda (e 1,50 ± 0,17 ng / ml, p <0,05). A área sob a curva ROC de ativina A foi 0,700 (intervalo de confiança 95% 0,605-0,794), enquanto que da folistatina foi 0,620 (0,510-0,730) para o diagnóstico de endometrioma de ovário. A combinação de ambos os marcadores em um índice de marcador duplo não melhorou significativamente a precisão diagnóstica. No estudo com culturas celulares, a secreção basal de IL-6 e IL-8 foram maiores no grupo com endometriose. Ativina A aumentou a secreção de IL-8 e VEGF em culturas de mulheres sem endometriose, mas diminuiu a secreção de IL-6 e IL-8 em células de mulheres com endometriose. Estes resultados foram cancelados pela folistatina. Conclusões: o padrão alterado de expressão endometrial da ativina A, cripto (antagonista do receptor da ativina), e folistatina (proteína ligadora da ativina) sugere uma disfunção ativina e proteínas relacionadas na endometriose. Endometriomas mostraram alterações semelhantes da ativina e proteínas relacionadas durante o ciclo menstrual, o que suporta biologia comum para endométrio eutópico e ectópico na endometriose. O presente estudo demonstrou que os níveis séricos de ativina A e folistatina não mudam significativamente na endometriose peritoneal ou profunda infiltrativa e têm acurácia diagnóstica limitada no diagnóstico de endometrioma. Este estudo mostrou, pela primeira vez, que a ativina A regula a expressão e secreção de citocinas e VEGF de maneira diferente em culturas de células de mulheres sem e com endometriose, sugerindo vários possíveis sítios de ação da ativina na patogênese da endometriose
id UFMG_8dc83f70d82b1cf3f02a71750ee57b2a
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-8PAG7W
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Fernando Marcos dos ReisFelice PetragliaSelmo GeberMarcia Cristina Franca FerreiraMauricio Simões AbrãoPoli Mara SpritzerAna Luiza Lunardi Rocha Baroni2019-08-14T21:44:22Z2019-08-14T21:44:22Z2011-10-06http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8PAG7WObjetivos: (1) Avaliar a expressão de folistatina, da subunidade beta-A da ativina/inibina (ativina A) e das proteínas relacionadas à ativina A, durante as fases do ciclo menstrual, no endométrio eutópico de pacientes com e sem endometriose e em lesões endometrióticas; (2) Verificar se as concentrações séricas de ativina A e folistatina diferem entre as várias formas de endometriose e se essas proteínas podem ser utilizadas como marcadores de endometriose; (3) Investigar os efeitos da ativina A e da folistatina sobre a expressão de citocinas pró-inflamatórias e mediadores de angiogênese em cultura in vitro de células derivadas de endométrio de mulheres com e sem endometriose. Material e métodos: Estudo prospectivo desenvolvido nos Hospital das Clínicas da UFMG e na Università di Siena. Pacientes: Mulheres com e sem endometriose. Culturas de células estromais de endométrio eutópico de mulheres com e sem endometriose. Métodos: (1) Quantificação da expressão da ativina A, ativina B, receptor da ativina, nodal, cripto, inibina , e folistatina através da reação em cadeia da polimerase (Real Time-PCR) (96 pacientes); (2) Dosagens de ativina A e folistatina no sangue periférico de mulheres com e sem endometriose através de Kits ELISA (214 pacientes); (3) quantificação da expressão de IL-6, IL-8, VEGF por Real Time-PCR nas células das culturas e dosagens de IL-6, IL-8 e VEGF no meio de cultura de pacientes com e sem endometriose (12 culturas). Resultados: O endométrio eutópico de pacientes com endometriose mostrou (1) expressão maior de ativina A RNAm na fase proliferativa e o não aumento de sua expressão na fase secretora , (2) falha na variação da expressão endometrial do cripto e da inibina relacionadas com o ciclo menstrual, (3) padrão de expressão de folistatina RNAm inverso ao do grupo controle, (4) Endometriomas apresentaram variações semelhantes ao endométrio eutópico na expressão de ativina A e proteínas relacionadas à ativina A durante o ciclo menstrual. Com relção às dosagens séricas, o grupo do endometrioma apresentou níveis séricos de ativina A significativamente mais elevados do que os controles (0,22 ± 0,01 ng / ml vs 0,17 ± 0,01 ng / ml, p<0,01). Nenhum subgrupo de endometriose apresentou níveis séricos de folistatina com diferenças significativas em comparação aos controles, enquanto os níveis encontrados no grupo com endometrioma (2,34 ± 0,32 ng / ml) foram maiores do que no grupo com endometriose profunda (e 1,50 ± 0,17 ng / ml, p <0,05). A área sob a curva ROC de ativina A foi 0,700 (intervalo de confiança 95% 0,605-0,794), enquanto que da folistatina foi 0,620 (0,510-0,730) para o diagnóstico de endometrioma de ovário. A combinação de ambos os marcadores em um índice de marcador duplo não melhorou significativamente a precisão diagnóstica. No estudo com culturas celulares, a secreção basal de IL-6 e IL-8 foram maiores no grupo com endometriose. Ativina A aumentou a secreção de IL-8 e VEGF em culturas de mulheres sem endometriose, mas diminuiu a secreção de IL-6 e IL-8 em células de mulheres com endometriose. Estes resultados foram cancelados pela folistatina. Conclusões: o padrão alterado de expressão endometrial da ativina A, cripto (antagonista do receptor da ativina), e folistatina (proteína ligadora da ativina) sugere uma disfunção ativina e proteínas relacionadas na endometriose. Endometriomas mostraram alterações semelhantes da ativina e proteínas relacionadas durante o ciclo menstrual, o que suporta biologia comum para endométrio eutópico e ectópico na endometriose. O presente estudo demonstrou que os níveis séricos de ativina A e folistatina não mudam significativamente na endometriose peritoneal ou profunda infiltrativa e têm acurácia diagnóstica limitada no diagnóstico de endometrioma. Este estudo mostrou, pela primeira vez, que a ativina A regula a expressão e secreção de citocinas e VEGF de maneira diferente em culturas de células de mulheres sem e com endometriose, sugerindo vários possíveis sítios de ação da ativina na patogênese da endometrioseObjective: To evaluate the expression pattern of activin A, activin receptors, and activin modulators messenger RNA (mRNA) in the eutopic endometrium of patients with endometriosis at different phases of the menstrual cycle and to evaluate the mRNA expression of the same proteins in endometriomas during the menstrual cycle. Activin A is a growth factor produced by the endometrium, whose actions are modulated by the binding protein follistatin. Both proteins are detectable in peripheral serum, raising the potential for novel serum markers of endometriosis. The study aimed to evaluate the effect of activin A and follistatin on interleukin (IL)-6, IL-8 and vascular endothelial growth factor (VEGF) secretion from cultured human endometrial stromal cells from women with and without endometriosis. Material and Methods: Design: Prospective study. Setting: University hospital. Patient(s): Women with and without endometriosis and Human endometrial stromal cells (HESC) treated with activin A at different doses with/without follistatin. Methods: Quantification of activin A, activin B, activin receptor II, nodal, cripto, inhibin a, and follistatin expression by real-time reverse-transcriptase polymerase chain reaction (RT-PCR). Multicenter controlled study evaluating simultaneously serum activin A and follistatin concentrations in women with and without endometriosis. Quantification of IL-6, IL-8 and VEGF by real time polymerase chain reaction and measurement of these cytokines and VEGF secretion by ELISA. Results: The eutopic endometrium of patients with endometriosis showed (1) higher activin A mRNA expression in the proliferative phase and a lack of late secretory phase peak, (2) a lack of endometrial cycle-related variations of cripto and inhibin a mRNA expression, and (3) an inverse expression pattern of follistatin mRNA. Endometriomas showed similar variations in the expression of activin-related protein mRNA during the menstrual cycle as eutopic endometrium. The ovarian endometrioma group had serum activin A levels significantly higher than healthy controls (0.22 ± 0.01 ng/ml vs. 0.17 ± 0.01 ng/ml, p<0.01). None of the endometriosis groups had serum follistatin levels significantly altered compared to healthy controls, while levels found in the endometrioma group (2.34 ± 0.32 ng/ml) were higher than in the deep endometriosis group (and 1.50 ± 0.17 ng/ml, p<0.05). The area under the ROC curve of activin A was 0.700 (95% confidence interval 0.605-0.794), while that of follistatin was 0.620 (0.510-0.730) for the diagnosis of ovarian endometrioma. The combination of both markers into a duo marker index did not improve significantly their diagnostic accuracy. At baseline, IL-6, IL-8 and PGE2 secretion were higher in endometriosis group. Activin A increased IL-8 and VEGF secretion in HESc from controls but decreased IL-6 and IL-8 secretion in HESC from women with endometriosis. These results were abrogated by follistatin. Conclusions: The disturbed expression of endometrial activin A, cripto (activin receptor antagonist), and follistatin (activin-binding protein) suggests a dysfunction of the activin pathway in endometriosis. Endometriomas showed similar changes of activin-related proteins during the menstrual cycle, which supports a common biology for eutopic and ectopic endometrium in endometriosis. The present study demonstrated that serum activin A and follistatin do not change significantly in peritoneal or deep infiltrating endometriosis and have limited diagnostic accuracy in the diagnosis of ovarian endometrioma. The present study showed for the first time that activin A regulates the expression and secretion of cytokines and VEGF in a different way in cultured endometrial stromal cells from controls and patients with endometriosis, supporting several possible sites of activin action in the pathogenesis of endometriosisUniversidade Federal de Minas GeraisUFMGEndométrioAtivinas/análiseFase folicularEstudos prospectivosReação em cadeia da polimeraseFolistatina/genéticaSaude da MulherExpressão local e sistêmica da ativina A e folistatina e seus efeitos biológicos in vitro na endometrioseinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALtese_1__parte.pdfapplication/pdf111653https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8PAG7W/1/tese_1__parte.pdf62132bb912ed06e4c90daa2f048ace00MD51tese_3__parte.pdfapplication/pdf1328123https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8PAG7W/2/tese_3__parte.pdfbfeb343e4a92df49b7f9a601208087d2MD52tese_2__parte.pdfapplication/pdf178814https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8PAG7W/3/tese_2__parte.pdf171e3a775cbfd699358d4b46c2d4ab4eMD53TEXTtese_1__parte.pdf.txttese_1__parte.pdf.txtExtracted texttext/plain5317https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8PAG7W/4/tese_1__parte.pdf.txtd99fcb576caaf7c21765fa5151837ed9MD54tese_3__parte.pdf.txttese_3__parte.pdf.txtExtracted texttext/plain106430https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8PAG7W/5/tese_3__parte.pdf.txt1664096951fd1f0d1a5f596bf16b5ff5MD55tese_2__parte.pdf.txttese_2__parte.pdf.txtExtracted texttext/plain13798https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8PAG7W/6/tese_2__parte.pdf.txteb21fde8d5ebf9e20c2c5950da8d8cc2MD561843/BUOS-8PAG7W2019-11-14 16:29:49.991oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-8PAG7WRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T19:29:49Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Expressão local e sistêmica da ativina A e folistatina e seus efeitos biológicos in vitro na endometriose
title Expressão local e sistêmica da ativina A e folistatina e seus efeitos biológicos in vitro na endometriose
spellingShingle Expressão local e sistêmica da ativina A e folistatina e seus efeitos biológicos in vitro na endometriose
Ana Luiza Lunardi Rocha Baroni
Saude da Mulher
Endométrio
Ativinas/análise
Fase folicular
Estudos prospectivos
Reação em cadeia da polimerase
Folistatina/genética
title_short Expressão local e sistêmica da ativina A e folistatina e seus efeitos biológicos in vitro na endometriose
title_full Expressão local e sistêmica da ativina A e folistatina e seus efeitos biológicos in vitro na endometriose
title_fullStr Expressão local e sistêmica da ativina A e folistatina e seus efeitos biológicos in vitro na endometriose
title_full_unstemmed Expressão local e sistêmica da ativina A e folistatina e seus efeitos biológicos in vitro na endometriose
title_sort Expressão local e sistêmica da ativina A e folistatina e seus efeitos biológicos in vitro na endometriose
author Ana Luiza Lunardi Rocha Baroni
author_facet Ana Luiza Lunardi Rocha Baroni
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Fernando Marcos dos Reis
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Felice Petraglia
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Selmo Geber
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Marcia Cristina Franca Ferreira
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Mauricio Simões Abrão
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Poli Mara Spritzer
dc.contributor.author.fl_str_mv Ana Luiza Lunardi Rocha Baroni
contributor_str_mv Fernando Marcos dos Reis
Felice Petraglia
Selmo Geber
Marcia Cristina Franca Ferreira
Mauricio Simões Abrão
Poli Mara Spritzer
dc.subject.por.fl_str_mv Saude da Mulher
topic Saude da Mulher
Endométrio
Ativinas/análise
Fase folicular
Estudos prospectivos
Reação em cadeia da polimerase
Folistatina/genética
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Endométrio
Ativinas/análise
Fase folicular
Estudos prospectivos
Reação em cadeia da polimerase
Folistatina/genética
description Objetivos: (1) Avaliar a expressão de folistatina, da subunidade beta-A da ativina/inibina (ativina A) e das proteínas relacionadas à ativina A, durante as fases do ciclo menstrual, no endométrio eutópico de pacientes com e sem endometriose e em lesões endometrióticas; (2) Verificar se as concentrações séricas de ativina A e folistatina diferem entre as várias formas de endometriose e se essas proteínas podem ser utilizadas como marcadores de endometriose; (3) Investigar os efeitos da ativina A e da folistatina sobre a expressão de citocinas pró-inflamatórias e mediadores de angiogênese em cultura in vitro de células derivadas de endométrio de mulheres com e sem endometriose. Material e métodos: Estudo prospectivo desenvolvido nos Hospital das Clínicas da UFMG e na Università di Siena. Pacientes: Mulheres com e sem endometriose. Culturas de células estromais de endométrio eutópico de mulheres com e sem endometriose. Métodos: (1) Quantificação da expressão da ativina A, ativina B, receptor da ativina, nodal, cripto, inibina , e folistatina através da reação em cadeia da polimerase (Real Time-PCR) (96 pacientes); (2) Dosagens de ativina A e folistatina no sangue periférico de mulheres com e sem endometriose através de Kits ELISA (214 pacientes); (3) quantificação da expressão de IL-6, IL-8, VEGF por Real Time-PCR nas células das culturas e dosagens de IL-6, IL-8 e VEGF no meio de cultura de pacientes com e sem endometriose (12 culturas). Resultados: O endométrio eutópico de pacientes com endometriose mostrou (1) expressão maior de ativina A RNAm na fase proliferativa e o não aumento de sua expressão na fase secretora , (2) falha na variação da expressão endometrial do cripto e da inibina relacionadas com o ciclo menstrual, (3) padrão de expressão de folistatina RNAm inverso ao do grupo controle, (4) Endometriomas apresentaram variações semelhantes ao endométrio eutópico na expressão de ativina A e proteínas relacionadas à ativina A durante o ciclo menstrual. Com relção às dosagens séricas, o grupo do endometrioma apresentou níveis séricos de ativina A significativamente mais elevados do que os controles (0,22 ± 0,01 ng / ml vs 0,17 ± 0,01 ng / ml, p<0,01). Nenhum subgrupo de endometriose apresentou níveis séricos de folistatina com diferenças significativas em comparação aos controles, enquanto os níveis encontrados no grupo com endometrioma (2,34 ± 0,32 ng / ml) foram maiores do que no grupo com endometriose profunda (e 1,50 ± 0,17 ng / ml, p <0,05). A área sob a curva ROC de ativina A foi 0,700 (intervalo de confiança 95% 0,605-0,794), enquanto que da folistatina foi 0,620 (0,510-0,730) para o diagnóstico de endometrioma de ovário. A combinação de ambos os marcadores em um índice de marcador duplo não melhorou significativamente a precisão diagnóstica. No estudo com culturas celulares, a secreção basal de IL-6 e IL-8 foram maiores no grupo com endometriose. Ativina A aumentou a secreção de IL-8 e VEGF em culturas de mulheres sem endometriose, mas diminuiu a secreção de IL-6 e IL-8 em células de mulheres com endometriose. Estes resultados foram cancelados pela folistatina. Conclusões: o padrão alterado de expressão endometrial da ativina A, cripto (antagonista do receptor da ativina), e folistatina (proteína ligadora da ativina) sugere uma disfunção ativina e proteínas relacionadas na endometriose. Endometriomas mostraram alterações semelhantes da ativina e proteínas relacionadas durante o ciclo menstrual, o que suporta biologia comum para endométrio eutópico e ectópico na endometriose. O presente estudo demonstrou que os níveis séricos de ativina A e folistatina não mudam significativamente na endometriose peritoneal ou profunda infiltrativa e têm acurácia diagnóstica limitada no diagnóstico de endometrioma. Este estudo mostrou, pela primeira vez, que a ativina A regula a expressão e secreção de citocinas e VEGF de maneira diferente em culturas de células de mulheres sem e com endometriose, sugerindo vários possíveis sítios de ação da ativina na patogênese da endometriose
publishDate 2011
dc.date.issued.fl_str_mv 2011-10-06
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-08-14T21:44:22Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-08-14T21:44:22Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8PAG7W
url http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8PAG7W
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8PAG7W/1/tese_1__parte.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8PAG7W/2/tese_3__parte.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8PAG7W/3/tese_2__parte.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8PAG7W/4/tese_1__parte.pdf.txt
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8PAG7W/5/tese_3__parte.pdf.txt
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8PAG7W/6/tese_2__parte.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 62132bb912ed06e4c90daa2f048ace00
bfeb343e4a92df49b7f9a601208087d2
171e3a775cbfd699358d4b46c2d4ab4e
d99fcb576caaf7c21765fa5151837ed9
1664096951fd1f0d1a5f596bf16b5ff5
eb21fde8d5ebf9e20c2c5950da8d8cc2
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589423378464768